Monday, August 10, 2009

"O povo careta não entende o povo do rock"

O João Gordo falou no programa da Galisteu. A frase surgiu quando o Gordo tentava explicar pra sua colega careta o motivo das suas pisadas na jaca. O povo do rock quer testar os limites do corpo com as substâncias que estão aí numa espécie de Olimpíadas da Estragação. Um dos assuntos favoritos de quem vive nesse meio é a ressaca que o estilo de vida provoca. "Putz, fiquei ontem o dia inteiro que nem um vegetal..." Então o camarada começa bebendo. O álcool desinibe, combustível social. Mas, depois de um tempo, ele não é o suficiente e outras coisas vêm a reboque. Você vive num ambiente onde as tentações estão ali disponíveis e, como um expedicionário das sensações, é difícil resistir. Como uma coisa leva a outra e a carne é fraca, periga você, que antes enaltecia a liberdade, virar um escravo. Quem não está livre de contradições? Mas pregar uma coisa e viver outra tem consequências que - se não forem, ao menos, compreendidas - causam uma confusão mental que fragiliza o cidadão, dando ainda mais margem pro domínio interno de algo externo. Ou seria o contrário?

5 comments:

Anonymous said...

João Gordo tinha um programa de rádio no Rio. Falava com os ouvintes. Um deles pediu uma música do Renato Russo. João disse que não tocava música de viado. O ouvinte pediu respeito: o cara tá morto, joão. O Gordo respondeu: não toco música de viado morto aqui não. Ou seja, o post está coberto de razão.

Anonymous said...

Já ouvi falar dessa história, pensava que fosse lenda urbana. Você conhece quem ouviu?

Anonymous said...

Rolou isso mesmo?

Anonymous said...

Há uma incompatibilidade não só comportamental como também de percepção da realidade e objetivos de vida. O que é para um não é para outro. Valores frequentemente
dissonantes. E outras coisas muito,
muito chatas que vcs não vão querer ouvir. Belmonte

Anonymous said...

A recíproca é verdadeira.