Monday, July 30, 2007

O Liberalismo em poucas palavras


por João Luiz Mauad em 03 de dezembro de 2004
Com alguma freqüência, amigos insistem para que eu defina, de forma resumida, o que vem a ser o "Liberalismo". Normalmente respondo que esta é uma tarefa muito difícil, já que se trata de um conjunto bastante abrangente de idéias, nascidas ainda na antiguidade com Aristóteles, passando por autores como Santo Tomás de Aquino, John Locke, Adam Smith, Frèderic Bastiat, Joseph Shumpeter, os pensadores da Escola Austríaca de Economia, com destaque para Von Mises e Hayek, além de, mais recentemente, Milton Friedman e James Buchanan, dentre outros. O que mais dificulta essa tarefa, entretanto, é que o liberalismo não é uma obra filosófica fechada ou uma doutrina pronta e acabada, mas encontra-se em permanente processo de evolução.
Todavia, deparei recentemente na internet com uma palestra do professor e escritor cubano Carlos Alberto Montaner - co-autor, dentre outros excelentes livros, do impagável "Manual do Perfeito Idiota Latino Americano" - proferida em Miami a 14 de setembro de 2000 (disponível em espanhol no site http://www.liberalismo.org/articulo/84/), na qual ele, com rara precisão e objetividade, traçou, em linhas gerais, o desenho do que costumamos chamar de "Liberalismo". Dessa conferência, pincei os seguintes trechos, os quais, espero, possam representar um resumo fidedigno das suas idéias essenciais.
"O liberalismo é um conjunto de crenças básicas, de valores e atitudes organizadas em torno da convicção de que quanto maiores forem as cotas de liberdade individual, maiores serão os índices de prosperidade e felicidade coletivas. Como conseqüência lógica da valorização da liberdade, os liberais pregam a responsabilidade individual irrestrita, já que não pode haver liberdade sem responsabilidade. Os indivíduos devem ser responsáveis pelos seus atos, vale dizer, devem ter em conta as conseqüências das suas decisões e os direitos dos demais. Os liberais lutam por uma sociedade regida por leis neutras, que não beneficiem pessoas, partidos ou grupo algum e que evitem, energicamente, os privilégios. Os liberais defendem, ainda, que a sociedade deve controlar de forma estreita as atividades dos governos e o funcionamento das instituições do Estado.
Para os liberais, o Estado foi concebido para o benefício do indivíduo e não o inverso. Valorizam o exercício da liberdade individual como algo intrinsecamente bom e como uma condição insubstituível para alcançar maiores níveis de progresso. Não aceitam, portanto, que para atingir o desenvolvimento tenha-se que sacrificar as liberdades, dentre as quais destaca-se a liberdade de possuir bens - direito de propriedade - já que sem ela o indivíduo estará sempre à mercê do Estado.
A essência desse modo de entender a política e a economia está em não determinar previamente para onde queremos que marche a sociedade, mas em construir as instituições adequadas e liberar as forças criativas dos grupos e dos indivíduos para que estes decidam, espontaneamente, o curso da história. Os liberais não têm qualquer plano ou desenho para o destino das sociedades. Ademais, lhes parece muito perigoso que outros tenham tais planos e arroguem-se no direito de decidir o caminho que todos devemos seguir, como é próprio das ideologias marxistas.
No terreno econômico, a idéia de maior calado é a que defende o livre mercado, em contraposição à planificação estatal. Para Ludwig Von Mises, "o mercado - a livre concorrência e a interação nas atividades econômicas de milhões de pessoas que tomam constantemente milhões de decisões, orientadas para a satisfação de suas necessidades - gera uma ordem natural espontânea, infinitamente mais harmônica e criadora de riqueza que qualquer ordenamento artificial que pretenda planificar e dirigir a atividade econômica". Dessas reflexões e da experiência prática se deriva que os liberais, em linhas gerais, não crêem em controles de preços e salários nem em subsídios que privilegiem uma atividade em detrimento das demais. Pelo contrário, as pessoas, atuando dentro das regras do jogo e buscando seu próprio bem estar tendem a beneficiar todo o conjunto.
Adam Smith e, posteriormente, Joseph Schumpeter demonstraram que não há estímulo mais enérgico para a economia do que a atividade incessante de empresários que seguem o impulso de suas próprias urgências. Os benefícios coletivos que se derivam da ambição pessoal dos empreendedores são muito superiores ao fato, também inegável, de que este modelo produz diferenças no grau de acumulação de riquezas entre os diferentes membros de uma comunidade. Quem, entretanto, talvez melhor tenha resumido esta verdade insofismável foi um dos líderes chineses da era pós maoista, quando reconheceu, melancolicamente, que "para evitar que uns quantos chineses andassem de Rolls Royce, condenamos centenas de milhões a utilizar, para sempre, a bicicleta."
Na essência, as tarefas fundamentais do Estado devem ser a manutenção da ordem e a garantia do cumprimento das leis, bem como o suporte aos mais necessitados para que estejam em condições reais de competir. Daí que a educação e a saúde coletivas, especialmente para os membros mais jovens da comunidade - uma forma de incrementar o capital humano - devem ser também preocupações básicas do Estado liberal. Em outras palavras, a igualdade que buscam os liberais não é a de que todos obtenham os mesmos resultados, mas que todos tenham as mesmas possibilidades de lutar para obter melhores resultados. Nesse sentido, uma boa educação e uma boa saúde devem ser os pontos de partida para que se possa ascender a uma vida melhor.
Politicamente, os liberais são, inequivocamente, democratas e acreditam no governo das maiorias, desde que dentro de um arcabouço jurídico que respeite os direitos das minorias. Isto quer dizer que há direitos naturais que não podem ser alienados por decisões das maiorias, dentre os quais destacam-se, principalmente mas não somente, o direito à vida, à liberdade e à propriedade.
Os liberais crêem que o governo deve ser reduzido (mínimo), porque a experiência os ensinou que as burocracias estatais tendem a crescer de forma parasitária, fomentam o clientelismo político, na maioria das vezes abusam dos poderes que lhe foram concedidos e malversam os recursos da sociedade. A história demonstra que quanto maior é o Estado, maior será a corrupção e o desperdício. Porém, o fato de que um governo seja reduzido, não quer dizer que seja fraco. Pelo contrário, deve ser forte para fazer cumprir a lei, para manter a paz e a concórdia entre os cidadãos, para proteger a nação de ameaças exteriores e para garantir que todos os indivíduos aptos disponham de um mínimo de recursos que lhes permitam competir na sociedade.
Os liberais pensam que, na prática, os governos, real e desgraçadamente, ao invés de representar os interesses de toda a sociedade, tendem a privilegiar os grupos que os levaram ao poder ou determinadas entidades de classe mais bem organizadas. Os liberais, de certa forma, suspeitam das intenções dos políticos e não têm quaisquer ilusões com relação à eficiência dos governos. Daí estarem permanentemente questionando as funções dos servidores públicos, além de não poderem evitar ver com certo ceticismo essas tarefas re-distribuidoras da renda, redentoras de injustiças ou propulsoras da economia a que alguns se arvoram.
O liberalismo, por conseguinte, coloca a busca da liberdade individual no topo dos seus objetivos e valores, enquanto rechaça as supostas vantagens do estado empresário, além de sustentar que a volúpia fiscal, destinada à re-distribuição da riqueza, geralmente empobrece o conjunto da sociedade, na medida em que entorpece a formação de capital."

Cortes de gastos: onde você cortaria?


Imaginem o desafio que seria privatizar a Petrobras, que tem na sua folha de pagamento metade da classe artística brasileira, com a outra metade batalhando na esperança de entrar nos patrocínios?
Isso num ambiente que reinvindica a cada dia mais e mais subsídios. É só ler os cadernos culturais.
Tudo do estado, para o estado e pelo estado.
As privatizações vão demorar. A maioria das pessoas ainda não entendeu que o estado não deve ser empresário, mesmo com toda essa crise aérea.
Até mesmo pessoas veementemente contra o PT não conseguem enxergar os benefícios das privatizações.
Invariavelmente quando me aventuro a discutir esse assunto, ouço a seguinte explanação: "Mas Sol, vai deixar os gringos controlarem um recurso estratégico? O estado tem mesmo que fomentar o desenvolvimento. Esse seu liberalismo é muito radical!"
É isso o tempo todo. As resistências são enormes às reformas que realmente mudariam alguma coisa por aqui.
Chega a desanimar, mas a luta continua. rs
Vitor Euzinho, ninguém nem falou em cortar os benefícios sociais. A não ser que você considere "benefícios sociais" os milhares de cargos comissionados...
Você que deveria mudar o seu disco: entra aqui, diz que os liberais são "limitados", mas não argumenta nada. Fica só nessas petições de princípio de comunista advogado da engenharia social.
Assim fica difícil.
Rodrigo, concordo contigo, mas acho que um discurso liberal mais realista deveria focar em saúde, educação básica e segurança, além de uma renda mínima.
Esse é um discurso liberal com chances políticas. Falar de estado só cuidando da segurança é lógico e tem o meu apoio, mas é suicídio eleitoral.
FCM, aprenda a se expressar e tente depois estabelecer um debate.
Sim Cristiano, falo de realpolitik.
Pessoalmente, concordo com o discurso libertário.
Vamos lá FCM, qual a sua proposta?
"Sol, é simples. Defendo o dialogo, mas pra mim vc e o Constantino são propagandistas liberais e reacionários e eu amo pessoas como vcs tendeu??? Resumindo: paredão!!!!! Aproveita enquanto o capitalismo te permite zombar do povo, vc nunca deve ter ido a um bairro periférico. Por lá tem muita gente esperando vc passar com o seu carro importado pra te dar um tiro na testa."

Wednesday, July 25, 2007

Oscar Niemeyer


"Quando chego perto de Brasília, parece um milagre. Fico pensando que seria quase impossível Juscelino ter feito aquela obra toda em três anos e meio. Hoje, para fazer uns dez edifícios, levam-se três anos. Em Brasília, era preciso fazer tudo: uma cidade inteira. Aquilo foi uma cruzada que mostrou que nós, brasileiros, podemos fazer alguma coisa. Brasília foi um momento importante para o povo brasileiro".

De fato, foi uma obra importantíssima pra afastar os políticos e burocratas da pressão da opinião pública e enriquecer empreiteiros. E qual o grande mérito em construir uma cidade se endividando e inflacionando a moeda? É só imprimir "dinheiro" e jogar a dívida pras próximas gerações. Com esse modus operandi, a dívida pública atinge hoje mais de 1 trilhão de reais e Brasília é a palhaçada que se vê. Não é esse tipo de "milagre" que o país precisa.

"Sempre digo: o importante é o homem sentir como é insignificante, é o homem olhar para o céu e ver como somos pequeninos. Jean Paul Sarte era pessimista: dizia que toda existência é um fracasso. Mas ele gostava da vida. Apoiou todos os movimentos populares e progressistas de libertação. O que acho – sempre - é que o homem tem de viver dentro da verdade, saber que não é importante".

Quer dizer que o homem não é importante? Não me admira o arquiteto ser um comunista. É a própria essência do coletivismo: o indivíduo não tem valor em si mesmo e é um meio sacrificável ao fim coletivo. E Jean Paul Sartre foi aquele mesmo que defendia Mao Tsé Tung, gente boa, e lutava contra a divulgação dos crimes stalinistas, "pra não macular os ideais socialistas da esquerda francesa". Eis aí o pensamento de dois verdadeiros "humanistas".

Não. Nunca passou por minha cabeça a idéia de que o que houve na União Soviética tenha sido uma coisa definitiva. Aquilo foi um acidente de percurso muito natural. Foram setenta anos de luta e glória. Os soviéticos viajaram para o espaço. Marx inventou uma história fantástica, criou uma esperança nos homens. Por que pensar que tudo acabou?”

O homem insiste! Deve sentir uma ponta de esperança quando vê o Chávez levando o seu país à miséria e à opressão. Não vou nem entrar nos números macabros da experiência soviética, que podem ser encontrados no "Livro Negro do Comunismo", mas o fato é que O SOCIALISMO NUNCA VAI DAR CERTO. Primeiro, e esse é o motivo mais importante, porque trata o ser humano como gado, escravos de um comitê central que decide o que se vai comer, falar, publicar e pensar. Como tal controle é IMPOSSÍVEL, só resta a força e o terror pra se tentar implantar as taras autoritárias dos planejadores. Segundo, porque sem o mecanismo de mercado, da oferta e da procura, o cálculo econômico fica às cegas. Isso foi demonstrado já em 1922 pelo austríaco Mises, mas para os crentes totalitários a lógica não passa de um "mero detalhe" que a realidade contrapõe ao sonho.

Um "sonho" que matou mais de 100 milhões de pessoas e levou todos os países que o adotaram à miséria e à escravidão, mas que ainda goza de prestígio entre a elite "pensante" desse país. Desmoralizar essa farsa é uma tarefa inadiável pra todos aqueles que tenham respeito pela verdade e apreço pela liberdade.

A filosofia da liberdade

http://www.youtube.com/watch?v=B7DVlC3kXrM

Tuesday, July 24, 2007

Duas perguntas aos Liberais


A situação do negro isso, a situação do negro aquilo... Esses esquemas mentais que pretendem circunscrever indivíduos "da mesma cor" em uma mesma categoria são um equívoco.
Ainda mais num país MESTIÇO como o Brasil. Muitas vezes o "negro" (na maioria das vezes mulato) é tão descendente de africanos quanto de europeus ou de índios. Essa mestiçagem, um fato da realidade que poderia servir de exemplo pra outros países, é ignorada quando se deseja recrudescer o conflito, a mesma tática de sempre do vitimismo e coitadismo que separa e destrói ao invés de unir e construir.
Essa "luta de raças" ACIRRA o racismo.
Sobre as universidades, elas deveriam ser privatizadas, com o governo se concentrando na educação básica e concedendo bolsas aos alunos carentes com maior potencial. Isso me parece mais justo que o critério de "raça" ou "cor da pele".
Glauco, você com essa pose de libertador zapatista não passa de um autoritário, que imagina que o mundo deva ser regido pela sua escala de valores.
O racismo deve ser combatido no campo moral, e não através de regras que atentem contra a propriedade privada, impostas de cima pra baixo. Se o demente desse taxista não gosta de negros, problema dele, que vai se prejudicar diretamente com essa discriminação estúpida.
Ou você acha justo o governo legislar sobre quem pode ou não entrar na propriedade alheia?
Brilhante! Acaba-se com a propriedade privada e pronto, o paraíso na Terra toma forma!
Sem propriedade privada, Glauco, o indivíduo fica à mercê do estado, indefeso, escravizado. Propriedade privada é a decorrência natural da posse do próprio corpo, sem a qual nenhum outro direito é possível.
E, por falar nisso, quem estaria no poder nesse país imaginário sem propriedade privada? Imagino que alguém com a "clarividência" de um Glauco, ou mesmo de um Euzinho.
Estamos feitos. rs

Monday, July 23, 2007

Concentração de poder


Excelente discussão. É realmente crucial descentralizar o poder e colocá-lo mais ao alcance dos eleitores. Mas aqui no Brasil aconteceu o contrário: transferiu-se a capital federal, que concentra os recursos e deixa estados e municípios com o pires na mão, pro meio do nada, longe da pressão da opinião pública.
Aí virou uma festa: políticos, burocratas, lobistas e grupos de pressão trocando favores numa cidade de proveta.
Discutir a democracia não é o mesmo que aboli-la. Deixar a maioria decidir os mínimos detalhes da vida cotidiana é perigoso e dá margem pra castração das liberdades individuais e perenização da demagogia. O processo político brasileiro, aliás, me parece ser um retrato do que acontece quando a ignorância encontra a demagogia.
Por isso que é importante limitar o poder político às suas funções básicas. Democracia sim, ditadura da maioria não.

Sunday, July 22, 2007

Sérgio Cabral


Melhor que os governadores anteriores, a maioria cria do brizolismo, uma tragédia que se abateu sobre o Rio de Janeiro. Tem um discurso correto de combate ao crime, ao mesmo tempo em que defende a descriminalização das drogas, num posicionamento claramente liberal.
Me parece realista e pragmático ao se aliar ao governo federal. Tem carisma e, de fora, me parece ser do bem. Voto nele sim contra candidatos à presidência do PSDB ou do PT.
Estou tentando ser realista, Guilherme. Não é o candidato dos sonhos libertários, mas levando-se em conta a realpolitik, é melhor (menos estatista) do que Serra ou qualquer um do PT.
Não tem nenhum papo de "salvador"... Um liberal não tem ilusões em relação ao estado.
Bruno, criancinha, não sou fake.
Artur, apenas dei o meu posicionamento sobre o tópico. Que tal você, pra variar, dar o seu parecer sobre o tema sem se esconder atrás dos seus "autores reconhecidos"?
Vamos lá, Artur, nos brinde com a sua análise sobre o Sérgio Cabral, por favor.
E aí Artur, o que as suas leituras "isentas" te dizem sobre o Sérgio Cabral? Ou, como de praxe, você vai desviar sem assumir nenhuma posição objetiva sobre o assunto?
Trechos da entrevista:
"A ordem pública não é um 'papo careta', um contraponto aos direitos humanos. É civilidade"
"Aqui, as pessoas se habituaram a ver bandidos dando tiros nas ruas. Temos de descontaminar o Rio. Não é normal e nós não podemos nos acostumar com isso."
"Os Estados Unidos proibiram o álcool, o que levou o país a um altíssimo nível de corrupção e a um grau de degradação moral sem precedentes. O que a gente tem de avaliar é a relação custo-benefício da proibição. Quantas pessoas estão morrendo direta ou indiretamente por força do comércio ilegal das drogas? Será que não é mais fácil legalizar e criar políticas públicas na área da saúde, para a conscientização, para o controle?"
Artur, diga pra nós o que exatamente significa "dualismo estrutural", por favor.
E quanto ressentimento com o Harry Potter, hein? Na certa você deve ter alguns filmes latino-americanos, pagos pelos contribuintes a fundo perdido, que retratam a "colonização imperialista" pra indicar aos não-udenistas, não? rs
Essa esquerda hidrófoba ODEIA o sucesso.
Sobre a "mão invisível", não importa o nome que se dê ao fenômeno, mas o fato é que a soma dos esforços dos indivíduos correndo atrás dos seus próprios interesses, trocando produtos e serviços de forma voluntária, é o que possibilitou o desenvolvimento e a prosperidade da humanidade.
Isso mata os planejadores autoritários como o Artur de raiva, mas é a realidade.
Isso é uma inferência sua, Matheus. Muita coisa pode acontecer até 2010. E o discurso pelo controle dos gastos públicos não é tão "marginal" assim. O lance é ter coragem pra enfrentar os grupos de pressão que não querem largar o osso.
Piada. O cara é um pterodátilo ideológico, um comunista, e vem falar que o liberalismo é que é religião...
O Requião é maluco, mas a maior ameaça já está no poder: o PT, com seus ideólogos marxistas do tipo Tarso Genro e Marco Aurélio Garcia, seus terroristas "por um mundo melhor" do tipo Dilma Rousseff, com a sua massa de manobra dos sindicatos e "movimentos sociais"...
Muita gente com o rabo preso com o poder que ora nos governa. Inclusive empresários e banqueiros. E o núcleo desse poder ainda acredita e trabalha diuturnamente com a intenção de nos aproximar cada vez mais da tragédia que é o modelo socialista.
Se esses gramscianos vão conseguir o seu intento, se as nossas instituições são sólidas o suficiente pra resistir ao patrimonialismo que avança, isso é o que veremos.
O estrago dessa hegemonia populista-estatista-esquerdista já foi enorme, mas bola pra frente, atentos aos políticos - eles existem! - que defendem uma plataforma em prol da autonomia individual.

Preconceito contra policiais?


Os policiais são um reflexo do estado de coisas.
Estão aí pra acomodar o statu quo, a servir os governantes da ocasião e seus interesses. Aliás, curioso notar como todos os secretários de segurança do Rio se tornaram políticos. Eleitos.
A simbiose entre marginais e policiais acontece, principalmente nos crimes sem vítimas, e esse pacto não escrito é quebrado quando os governantes sentem que precisam "dar uma satisfação à sociedade". Aí acontecem operações espetaculosas que não se sustentam a longo prazo.
Isso tudo, aliado à impunidade e à desmoralização sistemática promovida pelos "intelectuais orgânicos", resulta na situação atual.
Juliano, é óbvio que são generalizações. Ninguém disse que não existem policiais honestos. É lógico que existem.
Mas imagine um policial carioca no meio dessa guerra contra as drogas ou envolvido com a repressão ao jogo...
Você sabe, essas coisas não deixam de existir só por causa de uma lei. Nessa zona cinza é onde acontecem os esquemas.
Pelo menos é o que me parece.
Não é interesse nenhum dos liberais que as forças de segurança estejam desmoralizadas, mas essa é a realidade. Ou você discorda?
"Como um liberal, que é exatamente quem defende os direitos naturais dos individuos, pode não nutrir desprezo por policiais? Como?"
Peraí Fernando. Os policiais existem justamente pra defender a vida, a liberdade e a propriedade e garantir a aplicação da lei.
O problema é essa legislação paternalista que pretende proteger o cidadão dele mesmo e acaba criando essas zonas cinzas.
Não é tendo "desprezo" pelo estado ou pelos policiais que vamos melhorar alguma coisa. Temos que usar antes a razão do que a emoção.
Seria realmente mais produtivo mirar essa energia na mudança das leis autoritárias que restringem a liberdade individual - como a proibição do jogo e das drogas.
Os policiais são apenas um sintoma de algo mais amplo.

Publicar em Papel? Pra quê?


Júlio, há uma confusão aí. É claro que todos fazemos juízos de valor, a todo momento. Mas você há de convir que as preferências são subjetivas. Não existe um juiz universal arbitrando o que é bom ou ruim. Ainda bem.
Sem falar que ninguém obriga ninguém a gostar disso ou daquilo.
Por isso que desqualificar o mercado por si só é um erro. O mercado é um processo, não é um ente autocrático que determina o que vai ou não vai vender. Quem determina o sucesso comercial de algo são os consumidores, que julgaram que aquele produto valia mais do que o seu suado dinheirinho.
Lembre-se também que as demandas são infinitas, mas os recursos são escassos.
A propaganda pode criar um desejo, mas este não cria uma necessidade, que por sua vez não gera um direito. Deu pra entender?
Além disso, não se pode dissociar o consumo do próprio ambiente que o circunda. Se o que vende é "baixa literatura", isso é conseqüência de um estado de coisas maior. Mas repare que mesmo na Europa e nos EUA, o que mais vende normalmente não é o que mais agrada à crítica especializada. Isso me parece um fenômeno universal.
Sem contar que muito do que hoje é considerado "alta literatura" não vendeu nada em sua época - e o tempo tratou de dar valor. Então me parece natural que as "massas" busquem uma leitura mais "fácil". Isso não obriga crítico nenhum a gostar da Bruna Surfistinha.
"A discussão sobre a função social da arte é antiga. Tão antiga! desde que o capitalismo tomou posse da vida da gente, estabeleceu valores, criou o que a gente chama hoje de classe média. Então artistas (incluindo aqui todas as formas de arte) ficaram meio que sem saber se entravam na dança do valor capital ou se escondiam na torre de marfim."

Não tenho nenhum reparo ao texto da Paula, exceto essa parte, que considero fundamental. O capitalismo não foi algo que surgiu do nada e arbitrariamente "estabeleceu valores". O capitalismo é um sistema natural e espontâneo, que reflete as preferências e necessidades dos indivíduos. Esse processo vem se aprimorando desde o escambo, escorado nas trocas voluntárias, no dar e receber.

E qual a razão de me concentrar nisso?

Porque o perigo dessa discussão do que é "bom" ou "ruim" é algum ente "superior", o estado, se arrogar o direito de decidir o que deve ou não ser publicado, o que deve ou não ser consumido, o que deve ou não receber alguma espécie de subsídio - isso sempre às custas dos demais.

O estado deve se manter fora dessa equação tanto na literatura como na arte em geral. A espontaneidade da criação não deve ser submetida a critérios políticos, ao sabor da autoridade da ocasião com acesso aos recursos públicos e aos mecanismos de coerção. Não vi ninguém aqui falando disso, mas pra mim esse é um aspecto crucial da discussão.

Thursday, July 19, 2007

EDITORIAL DO JORNAL O GLOBO

Excelente. Os editoriais do "O Globo" vão normalmente nessa linha, tangenciando o liberalismo, ao contrário da parte cultural, que mergulha feliz nos porões do esquerdismo "politicamente correto" e faz campanha aberta pelos subsídios estatais.

Outro jornal com bons editoriais é o "JB", apesar da comunistada que domina também a parte cultural.

Uma possível conclusão é que os ideais libertários não serão absorvidos verdadeiramente enquanto a cultura estiver dominada pela noção do "estado-benevolente-venha-nos-salvar-do-capitalismo-selvagem".

Pelo menos é o que me parece.

Malachai, não é função do estado proteger o indivíduo dele mesmo. O livre-arbítrio está aí e a liberdade não existe sem a correspondente responsabilidade.

Malachai, em qualquer ângulo que você enxergue a questão das drogas, a intervenção do estado é nefasta. Além do fato desse paternalismo ser próprio de sistemas coletivistas, que sacrificam as liberdades individuais em nome de um "projeto comum" definido sabe-se lá por quem, a criminalização alimenta o banditismo com o mercado negro de algo demandado pelas pessoas.

Não vai ser uma lei que vai mudar esse fato, as drogas existem e continuarão a existir.

Essa é uma questão de princípios muito séria, que um partido libertário digno desse nome não deve capitular.

De qual "mudança" você está falando?

Exemplifique, por favor.

Não existe uma "solução" pronta no caso das drogas. Elas estão aí, cada um vai lidar com elas à sua maneira.

Uns vão consumir, outros não. Uns vão usá-las de forma recreativa, outros podem se prejudicar com um consumo irresponsável.

O importante é que as informações a respeito dos seus respectivos efeitos estejam disponíveis e que o estado lance mão de tutelar o indivíduo. Cada um responde por seus atos.

A criminalização não é um problema específico brasileiro, mas a pressão pela revisão dessa legislação autoritária deve começar desde já.

De qual maneira o MV Bill ajuda na questão das drogas?

Na única vez que o vi discorrendo sobre o assunto, ele dizia que elas poderiam até ser legalizadas, "desde que a comunidade tivesse o controle sobre a comercialização".

Absurdo.

Malachai, não vejo o MV Bill "ajudando" o povo da comunidade. O que eu vejo é ele insuflando "luta de classes" e "luta de raças" com o apoio da intelectualidade esquerdista chic, que adora dar voz e palanque aos "oprimidos" da ocasião.

Aliás, o que não falta é ONG (organizações paraestatais) dando recursos públicos pra esse tipo de proselitismo.

Não é glorificando a miséria e a favela que as coisas vão melhorar por aqui.

André, os usuários e os traficantes estão interconectados sim. Não é questão de simplesmente combater os traficantes e pronto, problema resolvido.

A legislação está errada, é imoral e tem que mudar.

A partir do momento que a pessoa drogada viola os direitos do outro, aí sim o estado deve intervir e punir quem cometeu a violência.

Liberdade negativa, ausência de coerção.

Saturday, July 14, 2007

Rand, facista [sic] e lésbica?


Euzinho, explique aonde que Ayn Rand era "facista", por favor.
Ayn Rand: razão e liberdade
por João Luiz Mauad em 02 de setembro de 2005
(...) Somente numa sociedade onde todas as relações são voluntárias, se reconhecem e protegem os direitos fundamentais do homem à vida, à liberdade e à propriedade, sem os quais nenhum outro pode ser exercido, haverá prosperidade. Para Rand, esse é o único sistema baseado no reconhecimento dos direitos individuais, que longe de ser um mero sistema econômico, é um sistema de organização social e moral, onde o governo tem participação importante, porém restrita, para evitar o uso da força física de uns contra os outros e para dirimir questões oriundas das relações entre os indivíduos.
(...) Em toda a sua obra, Ayn Rand deu grande ênfase ao eterno dualismo platônico do altruísmo e do egoísmo, procurando mostrar quão deletéria pode ser a noção de que o egoísmo é nocivo, enquanto o altruísmo seria, necessariamente, benéfico. Nathaniel Branden, um dos seus mais brilhantes discípulos, cuja extensa relação conta ainda com nomes do porte de Milton Friedman e Alan Greenspan, tratou de forma contundente e inequívoca desta polêmica:
“Um dos grandes problemas que enfrenta a sociedade livre é a dissonância entre os valores que realmente contribuem para melhorar o bem-estar das pessoas e aquilo que se convencionou chamar de “nobre” ou “moral”. Enquanto persistir tal incongruência, a batalha pela liberdade não poderá ser definitivamente vencida. No Século XX sofremos rebeliões virulentas contra os valores da razão, da objetividade, da ciência, da verdade e da lógica por parte de filosofias como o pós-modernismo, pós-estruturalismo, desconstrutivismo e determinismo histórico. Não é mero acidente que todas essas correntes de pensamento sejam estatólatras, pois onde não impera a razão, o que sobra é somente a coerção.”
E aí Euzinho, cadê o "facismo"? E ela não era lésbica, se é que isso faz alguma diferença nos seus argumentos.
Netto, importante é discutir idéias e não pessoas. Se Hoppe deu alguma declaração racista ou homofóbica, ele está errado.
Não sei do que se trata essa tal de "Qualidade populacional", Desonetto. Dá pra você me explicar sem que a baba corra pela sua boca? Com links, se possível.
Que cretino... rs
E como o cupim Netto chegou pra desvirtuar o tópico, relembro ao Euzinho a minha pergunta:
Aonde está o "facismo" de Ayn Rand?
Os cupins retardados continuam sem mostrar o "fascismo" de Rand. "Xingue-os do que vc é, acuse-os do que vc faz". Lênin fez escola.
Aliás, Euzinho, que bela declaração de intenções e princípios que você dá com esse novo avatar... Esclarece bem o que você defende.
Cupim Netto, acompanhe o meu raciocínio dessa vez, porque a minha paciência com desonestos histéricos tem limite:
Rand era uma INDIVIDUALISTA, alguém que colocava o indivíduo como um fim em si mesmo, de forma alguma sacrificável em prol de qualquer projeto coletivista, seja ele fascista, socialista ou nazista.
Rothbard, que fundou o Partido Libertário americano inspirado em muitas das idéias de Rand, pode ter notado uma certa aura de culto em torno da figura realmente carismática de Rand, mas isso não invalida as IDÉIAS dela. Entendeu ou tá difícil?
Essas contradições, Netto, são das pessoas que, por ventura, possam ter confundido uma escritora com alguma espécie de divindade. As idéias dela preconizam independência intelectual e autonomia individual.
Mas é mesmo um obstinado da desonestidade esse tal de Netto!!
Você, mais uma vez, cola trechos de pessoas alegando coisas estranhas sobre Rand. Dessa vez, o trecho diz que para ela fumar era "uma obrigação moral". Realmente, soa como um absurdo.
Tente então, ao invés de se apoiar em possíveis desafetos de Rand (MUITOS!), descobrir você mesmo algum trecho onde ela defenda a "obrigação moral" de se fumar cigarro. Não fujo de fakes covardes inimigos da liberdade, Desonetto, mas paciência tem limite.
Eita indiano... Que chutaço, hein? rs
Aliás, é enorme o contingente de indianos nas comunidades sobre a Ayn Rand aqui no orkut.
Um dos lemas do positivismo era "Viver para outrem". NADA A VER com o individualismo racional randiano. Aproveito então pra citar o Barão de Itararé, um dos grandes pensadores desse nosso país:
"Espírito positivo, como pensador, o Barão de Itararé revela-se superior a Augusto Comte, o chefe do positivismo. Senão, vejamos alguns pensamentos do filósofo de Montpelier e os conceitos de Itararé sobre o mesmo tema: 'Os vivos são sempre e cada vez mais governados pelos mortos', dizia Comte. Itararé não se conforma e responde: 'Os vivos são sempre e cada vez mais governados pelos mais vivos'. 'Viver para outrem' - aconselha, de forma genérica, o fundador da Religião da Humanidade. 'Viver para o trem' - é o que recomenda Itararé, numa mensagem dirigida especialmente aos ferroviários."
Ei indiano, coloque aqui ARGUMENTOS, se é que os têm, contra as IDÉIAS centrais de Ayn Rand.
Os caras ficam aí falando bobagens tentando desqualificá-la, mas nem tangenciam o pensamento dela.
Rand, Mises, Hayek... Todos esses LIBERAIS têm muito a nos dizer nesse momento em que estamos soterrados de coletivismo e cercados de projetos de ditadores por todos os lados. O cabra pode até achar o discurso randiano radical demais, mas a gente precisa equilibrar esse pêndulo ideológico atual, onde só o discurso de esquerda parece ser permitido.
Por que o Bad não pega as idéias de Rand e tenta mostrar o erro?
Ora Bad, Rand era humana, não era santa, perfeita ou imune aos sentimentos. O que a filosofia dela tenta fazer é valorizar o indivíduo, colocando-o em primeiro lugar na escala de valores. Ela também reconhece a existência de uma "realidade objetiva", que independe de nossas opiniões ou subjetividades. Cadê o erro desses princípios?
Indiano, estou começando a achar que você é cretino como uns e outros aqui nesta comunidade. Demonstre o "fascismo" dela ou pare de lançar suposições sem nenhuma base.
Não há nenhuma pretensão de "perfeição", Bad.
Esse é o mesmo argumento dos que condenam o capitalismo, "por ele não ser 'perfeito'".
Ora, quem aqui é "perfeito"?!
Não é que "tudo aquilo que vc não consegue racionalizar é inválido". Aquilo que você não consegue racionalizar fica ali, no terreno do desconhecido. E quanta coisa ignoramos ainda, não? Mas não é porque ignoramos diversas coisas que não devemos correr atrás do conhecimento assentados na razão.
Você é mestre em montar espantalhos.
"Mas ao pobre, não se concede humanidade".
Que sensacionalismo! Os pobres têm tanto potencial de usar a razão quanto qualquer um de nós, Bad. O que o estado pode fazer pra ajudar é melhorar as OPORTUNIDADES, com um sistema de educação básica eficiente. Mas não é o que acontece: 70% da verba da educação vai pro ensino superior fazer proselitismo anticapitalista.
"O que Ayn rand faz é absolutizar e mistificar o indivíduo, ao ponto de considerar o egoísmo como um valor moral absoluto."
Como assim?! O que ela faz é colocar o indivíduo como protagonista de suas ações, não devendo nada a nenhuma instância superior, sendo livre pra ser egoísta, altruísta ou ambos, desde que não viole os direitos dos demais.
Aliás, curioso notar como a nação dita mais "egoísta" do mundo, a americana, ser também a que faz mais doações e atos de solidariedade.
Pra quem quiser ler uma crítica HONESTA do objetivismo, escrita por um dos mais próximos e famosos colaboradores de Ayn Rand, segue o link:
"For eighteen years I was a close associate of novelist-philosopher Ayn Rand whose books, notably The Fountainhead and Atlas Shrugged, inspired a philosophical movement known as objectivism. This philosophy places its central emphasis on reason, individualism, enlightened self-interest, political freedom—and a heroic vision of life’s possibilities. Following an explosive parting of the ways with Ayn Rand in 1968, I have been asked many times about the nature of our differences. This article is my first public answer to that question. Although agreeing with many of the values of the objectivist philosophy and vision, I discuss the consequences of the absence of an adequate psychology to support this intellectual structure—focusing in particular on the destructive moralism of Rand and many of her followers, a moralism that subtly encourages repression, self-alienation, and guilt. I offer an explanation of the immense appeal of Ayn Rand’s philosophy, particularly to the young, and suggest some cautionary observations concerning its adaptation to one’s own life."
Nathaniel Branden até hoje nutre profunda ADMIRAÇÃO por Ayn Rand, mas isso não significa que ela seja isenta de críticas. Ninguém é.

Friday, July 13, 2007

Uma comunidade de filosofia e de péssima filosofia


Homo Cordialis, as discussões aqui, ou em qualquer fórum sobre política e economia, acabam invariavelmente sendo polarizadas entre liberais e intervencionistas, e isso é normal. A economia não é um campo à parte, independente das idéias políticas, ideológicas ou filosóficas que dão sustentação à prática.

Dito isso, e considerando a nossa conjuntura altamente burocratizada e estatizada, é natural que o discurso liberal assuma ares de radicalismo, uma vez que vai contra o statu quo e ameaça os privilégios de quem está satisfeito no poder.

Te digo também que é contraproducente pro desenvolvimento do Brasil se colocar o socialismo e o liberalismo num mesmo saco. Veja a definição de liberalismo:

O liberalismo clássico é uma ideologia ou corrente do pensamento político que defende a maximização da liberdade individual mediante o exercício dos direitos e da lei. O liberalismo defende uma sociedade caracterizada pela livre iniciativa integrada num contexto definido. Tal contexto geralmente inclui um sistema de governo democrático, o primado da lei, a liberdade de expressão e a livre concorrência econômica.

O liberalismo rejeita diversos axiomas fundamentais que dominaram vários sistemas anteriores de governo político, tais como o direito divino dos reis, a hereditariedade e o sistema de religião oficial. Os principios fundamentais do liberalismo incluem a transparência, os direitos individuais e civis, especialmente o direito à vida, à liberdade, à propriedade, um governo baseado no livre consentimento dos governados e estabelecido com base em eleições livres; igualdade da lei e de direitos para todos os cidadãos.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Liberalismo_cl%C3%A1ssico

Homo, vc tem algum reparo ou é contra esses princípios? O liberalismo não foi algo inventado ontem pelo Constantino como o coitado fake deu a entender, ele tem uma base teórica e prática de séculos.

Essa visão de mundo claramente se choca com a visão socialista, e o conflito é inevitável.

Sim Rafael, vamos discutir a questão dos incentivos. Quais são os incentivos gerados pela atual estrutura estatal?

Vamos ver pra que lado essa balança pende...

Sim Djalma, concordo com vc. Esse é o ponto, o estado não estimula a livre-iniciativa, ao contrário, os incentivos estão no poder político, nos lobbies e grupos de pressão.

Antes de haver recompensa pelo mérito e esforço individuais num contexto de trocas voluntárias, se premia os "amigos do Rei" e as guildas barulhentas.

E pode anotar: quanto maior a intervenção estatal, maior a corrupção.

Por isso que a luta libertária deve ser pela desburocratização e diminuição do aparato estatal, que do jeito que está configurado desperdiça recursos escassos e destrói os incentivos à produção.