Friday, July 17, 2009

A Copa de 94

Eu já era maior de idade e lembro bem: Taffarel, Jorginho, Aldair, Márcio Santos e Leonardo (depois Branco); Mauro Silva, Dunga, Zinho e Raí (depois Zinho); Bebeto e Romário. Um ataque extraordinário, um meio de campo que marcava bem e uma defesa consistente. A retaguarda não deixava o adversário fazer gol e o Romário e o Bebeto decidiam. O jogo com a Holanda foi o mais complicado, porque os caras sabiam jogar e empataram uma partida que parecia decidida. O Branco, que sempre foi bom e durante uns anos foi um dos principais jogadores da seleção, acertou aquele chute e o Brasil avançou. O Raí decepcionou, parecia desconectado com a bola e foi substituído pelo Mazinho. O Zinho me parecia burocrático perto do início da carreira dele no Flamengo, mas tinha lá a sua função. O Bebeto sempre jogou bem e o Romário foi o craque daquela Copa, sem dúvida alguma. A birra com aquela seleção foi obra de alguns jornalistas saudosistas, românticos que provavelmente nunca jogaram bola e acham que a coisa se decide na base do lirismo, viúvas do Garrincha. Lembro dos comentaristas que nunca engoliram o Zagallo. "O Pepe era melhor!" Outros tão até hoje por aí desancando quem não se encaixa na sua visão do que deve ser o "verdadeiro futebol brasileiro, o futebol arte". Falar é fácil. Futebol não é arte, é competição, mesmo na mais bisonha das peladas. Mesmo a arte não é só arte, é competição também.

1 comment:

Anonymous said...

haha! eu lembro!
Foi massa demais! (Tinha 08 anos mais ou menos).
E concordo contigo também, mas sem pormenorizar nos detalhes.