Tuesday, July 07, 2009

Arte conceitual e comercial 2

A Anita lá de Milão acha que o Indiana Jones só disse aquilo porque já está estabelecido, mas na mesma entrevista ele fala que gramou uns 15 anos antes de começar a fazer suce$$o. O êxito é relativo, mas o dinheiro compra coisas bem palpáveis. Aí o cara se esforça pra alcançar o sucesso comercial e, muitas vezes, percebe que isso não é sinônimo de felicidade e satisfação. O Kurt Cobain era um, todo mundo dizendo como ele era brilhante e tal, mas vivia com dores misteriosas no estômago, resultado provavelmente de uma úlcera nervosa que ele tentava amansar com heroína. Nunca gostou dos holofotes e suspeito que toda aquela dinheirama serviu mesmo pra atrair uma multidão de abutres. E o Michael Jackson que morreu aos 50 anos como alguém que parecia nem ter sangue? Não bastava ser o "Rei do Pop", faltava alguma coisa. "Faltava Deus!" Mas o homem acreditava em Deus, consta inclusive que havia se convertido ao Islã (que significa "submissão", by the way). Mas isso tudo também não transforma a pobreza numa categoria moral superior. Há pulhas em todas as classes sociais, o que, por si só, já desqualifica a impostura marxista da "luta de classes". A necessidade de expressão deve ser anterior à repercussão exterior, mas a repercussão exterior acaba influenciando a própria necessidade de expressão, queira o artista manter a sua "pureza criativa" ou não.

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