Wednesday, June 10, 2009

A caverna é o limite

Leio que a "França adota corroças contra o aquecimento global". Faz sentido. Depois de tanto bradarem contra o progresso, os ambientalistas estão conseguindo fazer o mundo regredir. Eles poderiam ir para as suas cabanas no campo, andar no lombo de um cavalo, plantar a sua agricultura de subsistência e deixar o resto da humanidade em paz. Mas não, desprezam tanto a civilização que querem levar todo mundo junto. Então o homem (esse detalhe incômodo), engajado há pouco mais de 2 séculos na atividade industrial, virou o grande vilão do "aquecimento global". Não sabem dizer se vai chover amanhã, mas são capazes de projetar um futuro catastrófico caso não se concentre muito poder na ONU pra impedir que a Terra seja "explorada". Se não explorarmos a Terra, vamos "explorar" quem? Marte? Descobri outro dia que 76% do território brasileiro é protegido por lei. Não se pode plantar, criar gado ou fazer qualquer atividade econômica nessas terras. Não é uma maravilha? Daonde essa gente acha que vem a comida e os bens que consomem? Sem contar que as áreas mais desmatadas são justamente aquelas controladas pelo governo; o que é de todo mundo não é de ninguém, vivo repetindo. Sim, a solução pro "desenvolvimento sustentável" da Amazônia não é tinta sobre o papel e bom mocismo politicamente correto, é a sua privatização. Só assim se produzirão mais alimentos (aumentando a oferta e diminuindo o preço) e os responsáveis terão os incentivos necessários (lucro e prejuízo) pra cuidar da terra. Quem faz exploração predatória é quem não pagou pela área explorada. Quem pagou, tem todo o interesse em preservá-la. Mas do que adianta lógica pra essas pessoas? Estão convencidas de que o "capetalismo selvagem" vai acabar com a humanidade e nem percebem que foi justamente a propriedade privada que não só trouxe níveis de conforto e qualidade de vida nunca antes alcançados como racionaliza melhor do que qualquer outro sistema o uso dos recursos naturais. (http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/12/071207_cavalosfranca_df.shtml).

2 comments:

Baronete do Leblon said...

Excelente post, Sol. Já, mais de uma vez, ouvi "primitivistas" querendo voltar a viver em "harmonia com a natureza", como os índios. O problema é que a natureza não é tão harmônica assim com a gente. Se depender dela, a vida é brutal, dura e curta. Morrer antes dos 5 anos é o que aconteceria a metade das crianças e fome e doença provavelmente seria o destino do resto.
Eu proponho uma vaquinha para comprar uma terrinha em algum recanto isolado do amazonas e colocar todos esses eco-chatos proto-civilizacionais lá; vamos ver como eles se viram!

sol_moras_segabinaze said...

É aquela coisa, romantizam um passado que não viveram pra condenar um presente que não compreendem. E então cospem no prato que comem (desculpe a imagem deselegante), sem se darem conta de que, se o capitalismo é "selvagem", a natureza (aquela da selva, longe da civilização) é muito mais.