Monday, January 25, 2010

O que acontece com os presidentes do Fed?

O Alan Greenspan era da turma da Ayn Rand, citava Mises e defendia o padrão-ouro, mas quando virou presidente do Fed esqueceu tudo o que professou e se tornou um keynesiano de coração. "Sim, vou zerar a taxa de juros e provocar abundância instantânea com pleno emprego." Keynesianismo é prestidigitação econômica, trapaça intelectual que interessa ao governo porque assim ele tem uma desculpa teórica pra gastar por conta e adiar a recessão até a próxima eleição. O lance é que o dinheiro artificialmente barato da doutrina que coloca o consumo antes da produção tá levando o dólar e os EUA ladeira abaixo. Não é exagero não, eles tão com uma dívida enorme que alguns imaginam impagável, sem falar no risco de inflação. Se o Greenspan era o que era e fez o que fez, por que esperar algo diferente do atual comandante do Banco Central americano? Em 2002, quando já trabalhava no Fed, Ben Bernanke disse o seguinte: "the U.S. government has a technology, called a printing press (or, today, its electronic equivalent), that allows it to produce as many U.S. dollars as it wishes at essentially no cost. By increasing the number of U.S. dollars in circulation, or even by credibly threatening to do so, the U.S. government can also reduce the value of a dollar in terms of goods and services, which is equivalent to raising the prices in dollars of those goods and services. We conclude that, under a paper-money system, a determined government can always generate higher spending and hence positive inflation." (http://mises.org/daily/4059). Ou seja, a sua fala em 2002 não seria diferente da minha própria hoje. Aí o cara assume e imediatamente liga a impressora na velocidade da luz. Não quero colocar a boa fé dessas pessoas em dúvida, mas seria legal perguntá-las sobre o que realmente aconteceu entre esses dois momentos.

1 comment:

João said...

"Queria entender, aliás, por que essa reunião da insensatez organizada recebe uma cobertura tão generosa da grande imprensa que a insensatez organizada fecharia na primeira oportunidade que tivesse"

Eu também