Os movimentos civis e Martin Luther King. O feminismo. A contracultura, os beats, o psicodelismo, Timothy Leary, Abbie Hoffman, Woodstock e os hippies. Hollywood e os filmes marginais exploitation. Stan Brakhage, John Cassavetes e Woody Allen. South Park e Os Simpsons. Literatura gonzo e o New Journalism. A Revolução Americana e todos aqueles libertários maravilhosos, os "pais fundadores". Os abolicionistas, os transcendentalistas e as sufragistas. Frederick Douglas, Thoreau, Emerson e tantos outros que não vou me lembrar agora. O jazz, o soul, o funk, a disco, o hip hop e o rock. Claro que é uma generalização, uma generalização tão grande quanto a do ressentido que enxerga a grandeza alheia como imperialista e exploradora. Ora, não consumimos essas coisas nos achando a última jujuba do pacote? Que país reacionário é esse que nos deu a internet? Reagem porque a circulação de idéias (ainda) é livre, o debate (ainda) faz diferença e o indivíduo (ainda) não é um meio sacrificável ao coletivo. Estão tentando mudar isso. Quando a "Caros Amigos" dá uma capa simpática ao presidente "estadunidense", é porque a coisa tá feia. Ao ver um "progressista" brasileiro dizendo uma coisa, faça e pense o oposto. É potato.
5 comments:
Bianchni
said...
Indivíduo e coletivo sempre têm que ser equilibrados, aqui como lá. Sem sacrifício do indivíduo perante o coletivo, país nenhum entra numa guerra (achemos ela justa ou não), só pra ficar no exemplo mais óbvio.
Isso dá uma reflexão boa, Bianchini. Claro que existem guerras justificáveis moralmente. Se um ditador maluco pretende conquistar o mundo e submeter os países conquistados às suas regras autoritárias, é justificável que as pessoas se juntem voluntariamente e defendam o seu país, o seu território. Na verdade, estão protegendo as suas próprias propriedades, ao invés dos conceitos abstratos como Pátria e Nação usados pelos governos como chantagem emocional pra recrutar gente pros seus planos de expansão de poder.
Um estado que proteja a vida, liberdade e propriedade das pessoas.
Ou seja, que o estado deixe de meter o bedelho na economia favorecendo uns em detrimento de outros e se mantenha na função que os Founding Fathers imaginaram mais de 2 séculos atrás.
Não me oponho a isso, mas estamos bem longe disso, como vc deve saber.
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Indivíduo e coletivo sempre têm que ser equilibrados, aqui como lá. Sem sacrifício do indivíduo perante o coletivo, país nenhum entra numa guerra (achemos ela justa ou não), só pra ficar no exemplo mais óbvio.
Pois é, olha vc aí dando um argumento excelente, mesmo que involuntariamente, contra a submissão do indivíduo ao coletivo.
Isso dá uma reflexão boa, Bianchini. Claro que existem guerras justificáveis moralmente. Se um ditador maluco pretende conquistar o mundo e submeter os países conquistados às suas regras autoritárias, é justificável que as pessoas se juntem voluntariamente e defendam o seu país, o seu território. Na verdade, estão protegendo as suas próprias propriedades, ao invés dos conceitos abstratos como Pátria e Nação usados pelos governos como chantagem emocional pra recrutar gente pros seus planos de expansão de poder.
Perfeito. Então, por extensão, temos proteger o coletivo é proteger os indivíduos que o compõem? OK, não em todo caso, mas pelo menos por definição?
Um estado que proteja a vida, liberdade e propriedade das pessoas.
Ou seja, que o estado deixe de meter o bedelho na economia favorecendo uns em detrimento de outros e se mantenha na função que os Founding Fathers imaginaram mais de 2 séculos atrás.
Não me oponho a isso, mas estamos bem longe disso, como vc deve saber.
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