Monday, September 13, 2010

Tapa na cara 2

Tava passeando pelo twitter e avisaram que um blogueiro progressista muito progressista tava respondendo umas perguntas no seu Formspring. [o boneco se arruma todo empertigado pra naitchi] Sou curioso, não tem jeito, e fui lá ver o que ele pensava da vida. [o boneco pode ser meio afrescalhado, mas gosta de bonecas] Uma pessoa então perguntou como o blogueiro se definia filosoficamente e lá pelas tantas ele respondeu que a política determinava a moral. ["vou pegar várias com a minha mão meio Playmobil"] Ou seja, pra esse comunista, quem quer que se aposse do poder tem o direito de impor a moral a ser seguida (menos quando são os adversários, aí essa receita perde a legitimidade, coisas da dialética). ["não sei se você notou, mas sou uma evolução mais realista dos Playmobis", ele esclarece] Não acreditam em princípios universais válidos pra todos, por isso usam de dois pesos e duas medidas, condicionando tudo ao jogo de poder. ["vários filés plastificados na área hein...", o boneco constata satisfeito ao chegar na buatchi] Levando isso ao extremo, se 50% + 1 dos eleitores decidirem que é moral (e nesse caso, legal) mulheres louras darem tapas, do nada, em homens com cabelo lilás, voilá, está justificada a agressão. [avistou então uma boneca loura de vestido rosa, ficou excitado e foi lá passar um lero] É a mentalidade do uso da força em ação, se a gangue X tiver o controle do aparato de coerção, os outros que aguentem, a política determina a moral (e nesse caso, a lei). ["minha deusa, o que você acha da gente se unir num só coração?"] Porque a moral pode ser um conjunto de princípios abstratos, mas é ela que, em última instância, deve orientar a lei e não o contrário. ["antigamente tinha mais mistério e romance, vou te contar...", a boneca lamenta, tentando afastar o boneco inconveniente] Se uma lei não encontra correspondência com a moral correta, ela vai ser constantemente desrespeitada, gerando um ciclo de culpa e corrupção. ["pára com esse doce que eu sei que você quer também...", o boneco insiste] A moral - como as relações - tem que ser voluntária, se for forçada não é mais moral, mas apenas uma simulação covarde e sem convicção. ["boneca, você acha que me engana com esse vestidinho rosa de piranhona? Romance, sei... Vem cá me dar um pouquinho desse mel..."]

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