Wednesday, April 14, 2010

Pequenas amostras do marxismo jornalístico

Claro que um jornalão como O Globo não é uma massa uniforme de opiniões homogêneas ditadas pelo dono ou pela mentalidade hegemônica dos cursos de jornalismo. Há opiniões conflitantes que se contradizem no virar de uma página. Não posso deixar de notar, porém, algumas tendências. Os editoriais seguem uma linha liberal moderada no que o jornal, lá vai um juízo de valor, faz muito bem. As opiniões oficiais são contrabalançadas por colunistas como o Ancelmo Gois, um ex-militante do PCB que não renega o passado e não esconde a sua adoração por medidas que atentem contra as liberdades individuais. Hoje ele fez pouco caso da reclamação de uma associação que pedia a revogação da proibição de cigarro em estabelecimentos comerciais. Coloca um "eu apóio" em qualquer medida que relativize a propriedade privada em nome da saúde ou da "consciência social" (socialismo). É o baluarte do politicamente correto e, por isso mesmo, adorado pela esquerda-caviar. E, falando nisso, hoje um crítico de cinema do jornal teceu loas ao filme que o Michael Moore diz ser sobre o capitalismo, com o bonequinho aplaudindo sentado a nova propaganda de desinformação que o crítico chamou de "equilibradamente marxista", lamentando ser "uma pena que, (o festival irônico) É Tudo Verdade à parte, Marx não tenha sido bem-vindo às salas de cinema do Brasil". Vade retro.

2 comments:

Unknown said...

ah não foi bem-vindo? e o que exatamente é o modelo de ´incentivo´ a esta indústria, no país. É ou não é igual ao que se fazia na polônia, república tcheca, etc, etc... ??!?! todo ´filho do brasil´ que vejo, lembro dos comunas... aquelas logos todas de empresas e agências governamentais me avisa disso! : )

João Pequeno said...

Bacana deve ser o filme sobre o festival de 67 amanhã. Porém, melhor seria o de 68, com o profeta Caetano, muito além de Maomé e Mãe Diná: "se vocês forem em política como são em estética, estamos &*&%&¨¨*!". São piores.