Wednesday, November 25, 2009

O uso da força e o desejo mimético

Inspirado por séculos de catolicismo e por alguns posts inspiradores do Pedro Sette Câmara (http://oindividuo.com/) inspirados no desejo mimético de René Girard, me inspirei a tangenciar o assunto. O Pedro fala algo como "é preciso perder a alma pra poder ganhar uma alma". O que ele quer dizer com isso? Imagino que seja o seguinte: se você se considera um cara batuta, o centro do universo de uma originalidade ímpar e vai se isolar a ponto de não dar nada de valor aos outros, você também não vai receber - como conseqüência disso - nada de valor em troca. Você só se justifica ao sair um pouco de si e se concentra em fazer bem o bem aos outros. Isso é bonito e virtuoso, porque há uma ideia de que a independência é fazer o que se quer sem se importar com o que os outros vão achar. Ok, você só faz o que dá na sua telha, seu radical emplumado, mas não reclame depois quando os outros não enxergarem a sua genialidade. Não vou me aprofundar nisso até porque não estudei tanto o tema pra sair por aí dando pitacos sobre a inveja e o mecanismo do bode expiatório em Girard. Mas sempre me interessei pela forma como é exercido o poder e se a pessoa tem como modelo o Fulano de Tal, isso não vai me afetar tanto quanto a pressão que ela e os admiradores do Fulano de Tal fazem pra que o estado o promova - junto com as idéias que ele representa - como um modelo de conduta pra todos. Eu sei que ficou meio confuso, os links podem ajudar a entender o que estou apenas tateando. (http://oindividuo.com/1998/05/29/girard-a-revolucao/) (http://en.wikipedia.org/wiki/Ren%C3%A9_Girard)

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