Tuesday, April 28, 2009

Pela privatização da Amazônia

"Se permitirmos a privatização dos parques e reservas nacionais, como se pode garantir que eles continuarão a existir ou que eles sequer estarão disponíveis? No mercado (ou, da mesma maneira, sob domínio governamental), não existe nada garantido. Em uma economia de mercado, há a tendência de se igualar a oferta à demanda. Empresários descobrem desejos não atendidos, fornecem-nos e lucram com essa discrepância. A única "garantia" de que haverá maçãs no longo prazo é que as pessoas ainda estarão demandando maçãs. À medida que os desejos forem mudando, empresários irão descobrir outras oportunidades e maneiras de satisfazer esses novos desejos. Para aqueles que dizem que o mercado não pode garantir nada, o mesmo se aplica ao estado. Nesse caso, não há quaisquer garantias também. Pelo menos no livre mercado sabemos que se as pessoas valorizam suficientemente os parques, as reservas e as florestas, a busca por lucro por parte dos proprietários e empreendedores será direcionada à satisfação dessa meta. E como é que isso pode ser "garantido" pelo estado? Esperando que os ecologistas estejam no poder? Se fosse assim, teríamos que ter carpinteiros no poder se quiséssemos ter cadeiras; e para que tivéssemos computadores, analistas de sistemas e programadores teriam que chefiar o estado também. Como se vê, essa linha de raciocínio é ilógica. Ademais, nunca devemos sucumbir ao desafio socialista de "como X funcionará sob um livre mercado?" É tentador tentar responder a essa pergunta. E parte do problema é que, se não há um mercado, então ninguém realmente foi capaz de tentar. Além disso, na ausência do socialismo, haveria competição para satisfazer as demandas não atendidas. Existiria uma multidão de pessoas para resolver problemas. As coisas passariam a ser reais, ao invés de simples teorizações acadêmicas. Se a produção de sapatos fosse feita nos moldes socialistas, estaríamos curiosos para saber como eles seriam produzidos, quem iria produzi-los e como eles seriam distribuídos. Quanto eles iriam custar? Quais as cores e tamanhos que seriam feitos? A proteção da natureza não é um serviço diferente. Ao invés de perguntar quem iria fazer tal serviço (no futuro), a pergunta correta é: por que é o estado que deve fazer isso (agora)?" Manuel Lora (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=89).

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