Imagino que este seja um daqueles assuntos onde não há e nunca haverá um consenso. Sim, um feto é um ser humano em formação e abortá-lo não é a mesma coisa que tomar um analgésico contra a dor de cabeça. É algo sério que não pode ser banalizado. Ao mesmo tempo, esse feto está no corpo da mulher que, independentemente do que a lei diz, pode simplesmente interromper a gravidez sem deixar nenhum rastro, a não ser talvez em sua consciência.
Então é aquela questão entre o ideal e o real. O ideal seria que toda gravidez estivesse de acordo com o conceito da liberdade (de engravidar) com a responsabilidade (de criar a criança). Mas a realidade nem sempre é assim. Pessoas são impulsivas e fazem coisas que depois se arrependem. Quando tem sexo no meio então, a chance de acontecer algo "imprevisto" é grande.
"Pensasse melhor antes de transar. Abortar ou não é uma escolha moral".
Verdade. A não ser em casos onde o sexo foi forçado e não houve então "escolha". Ou quando a gravidez representa um risco à vida da gestante.
O aborto é uma violência, mesmo no início da gestação, mas forçar a mulher a ter um filho indesejado - pelo motivo que for - também não me soa bem. Uma saída possível, mesmo que não resolva a situação, é dar informação e estimular o sexo responsável, pra que algo prazeroso não se transforme num dilema de vida ou morte.
Wednesday, May 28, 2008
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