Monday, December 17, 2007

Quem fiscaliza os fiscais?


Pois é, o estado, esse ente "benevolente", determina que fulano não pode trabalhar se não forem dadas pelo empregador essas e aquelas condições.

Essas condições são determinadas arbitrariamente por políticos e burocratas no conforto de seus ar-condicionados e de suas estabilidades, tudo, claro, na melhor das intenções.

Pra obrigar todos os empregadores a cumprirem essas regras, que o papel aceita sem problema mas que a realidade teima em contrariar, precisa-se de fiscais, muitos fiscais, que custam dinheiro, não sei se os intervencionistas reparam nesse detalhe: os custos.

Pra pagar esses fiscais, verdadeiros baluartes da dignidade no trabalho, o governo então cobra impostos, que saem dos bolsos de quem produz e vão pros bolsos do poder político, que só produz mesmo regras e propaganda.

Os empregadores então são obrigados pela coerção estatal a seguir essas exigências - e falo aqui do Roberto Justus ao Manoel da padaria - e muitos percebem que as boas intenções dos políticos não encontram eco na realidade de seus empreendimentos, e decidem então ignorar ou burlar essas regras.

Os valentes fiscais (quem fiscaliza os fiscais?) então descobrem lugares onde as mil regrinhas que o governo impõe não estão sendo respeitadas, e partem lá eles com seus crachás pra autuar o empregador explorador. Isso quando a coisa não se resolve com a mão do nobre agente público sendo molhada.

Fiscais corruptos? Imagina.

Aí o lugar fecha, os socialistas vibram ("o capitalismo é malvado!") e os empregados ficam então sem nenhum emprego.

O resultado é esse aí: mais da metade da mão de obra na informalidade, desemprego alto, produtividade baixa e uma multidão de gente - ninguém é bobo de ignorar os incentivos - tentando entrar pro serviço público, a verdadeira nobreza contemporânea.

E os intervencionistas, cegos pros fatos, ainda clamam: queremos mais regras e mais fiscais! O papel e as minhas boas intenções resolverão o problema!

Não rola.

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