Thursday, October 25, 2007

Meu corpo me pertence


Pode ser cristão, achar que a venda fere a "dignidade humana", pode usar um blá blá blá emocional com belas palavras contra a "mercantilização do corpo", MAS...

Nada disso muda o fato de que o corpo pertence ao próprio indivíduo e que ele, mesmo que as leis digam o contrário, pode dispô-lo da maneira que quiser.

Pessoas que pretendem legislar sobre o corpo alheio podem fazer isso lotadas de boas intenções, mas isso não passa de autoritarismo.

Conde, seu carola histérico, o Constantino não tem o monopólio do discurso libertário, rapaz.

Desça dessas suas tamancas e pare de sofismar.

Se o indivíduo quiser ser "escravizado", quiser se matar num ritual satânico, quiser vender o seu rim, nem você e nem o estado têm o direito de impedir.

Pode vir você, pode vir o Olavo de Carvalho, pode vir o deus reencarnado em pessoa e falar em "dignidade humana", citar esse ou aquele filósofo, nada disso muda o fato de que o corpo pertence ao indivíduo e de que ele pode dispô-lo da maneira que achar melhor.

Se você considera isso moralmente questionável, beleza, mas não venha impor as suas opiniões através da lei.

A venda de rins regulariza a oferta, acaba com o mercado negro e aumenta as chances das pessoas receberem um rim, inclusive as mais humildes.

Sua religião parece estar nublando a sua razão.

Conde boca suja, se o seu vizinho se deixou "escravizar" VOLUNTARIAMENTE, seja por alguma tara ou o motivo que for, você e nem ninguém têm o direito de usar a força do estado pra impedir essa situação.

Esse é o ponto.

Se você considera tal prática degradante, vá até lá, converse com essa pessoa, mostre toda a sua "humanidade" e "dignidade" e tente demovê-la dessa idéia.

Usar o estado pra barrar as trocas voluntárias e as liberdades individuais te transforma apenas em um autoritário, com alguma criatividade na hora de xingar os outros. rs

Conde, se alguém está escravizado contra a sua vontade, o estado deve sim intervir.

O exemplo que dei foi outro, mas você prefere distorcer o que eu disse na sua ânsia neurótica de "vencer" o debate.

O indivíduo é ou não senhor de seu próprio corpo, Conde? Ele pode ou não pode fazer o que quiser com ele?

Ou ele é senhor somente até um certo ponto, dependendo da avaliação de carolas histéricas e autoritárias como você?

Repetindo pro boca suja: se eu quiser dispor do meu corpo, seja "escravizando-o", seja cortando-o em pedaços no fatiador da padaria, seja vendendo um dos meus rins, seja me matando - VOCÊ E NEM NINGUÉM TEM O DIREITO DE IMPEDIR.

Me aconselhe, tente me demover da idéia, MAS NÃO USE O ESTADO PRA IMPOR A SUA OPINIÃO.

Conde, você tem problemas mentais.

Daonde você tirou que eu tenho AIDS e que gosto que "enfiem o braço" no meu cu? rs

E, se essas coisas fossem verdadeiras, no que isso te diz respeito ou ao debate?

Esse coitado é um ditador em potencial.

"A humanidade ganha mais tolerando que cada um viva conforme o que lhe parece bom, do que compelindo cada um a viver conforme pareça bom ao restante." (John Stuart Mill)

Mill matou a pau. Eis a diferença entre os que enxergam o indivíduo como um fim em si mesmo e os que o vêem como um meio sacrificável a um fim determinado por algum planejador ou pela "maioria".

Em suma, a diferença entre liberais e autoritários.

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