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Discriminação e preconceito
"Não ao preconceito", dizem as campanhas politicamente corretas, mas ser contra o preconceito em si me parece uma impossibilidade, a mente está sempre fazendo suposições e não é uma eterna página em branco esperando ser preenchida por uma experiência que vai ser logo depois apagada pra que a pessoa não caia na tentação de formar um conceito prévio. O que se pode e se deve discutir é o conteúdo do preconceito, se ele corresponde ou não à verdade, se ele é ou não justo. "Não à discriminação" é um outro mantra PC, mas ser contra a discriminação em si também me parece uma impossibilidade, porque discriminar é diferenciar, é escolher, e - a não ser que você esteja numa cruzada, voluntária ou involuntária, contra a liberdade de escolha - todo mundo discrimina de acordo com a própria escala de valores. O que se pode e se deve discutir é o conteúdo desses valores, se a discriminação é ou não justa. Essas campanhas acabam associando esses processos mentais inerentes a todos automaticamente a racismos, homofobias e outras mazelas do pensamento que se quer combater, tentando desqualificar a priori o julgamento. Se a pessoa tem que dizer "não" ao preconceito e à discriminação, quem é que vai formar conceitos e fazer escolhas por ela?
4 comments:
"Se a pessoa tem que dizer "não" ao preconceito e à discriminação, quem é que vai formar conceitos e fazer escolhas por ela?"
Excelente pergunta!
O preconceito, usando suas palavras, seria uma espécie de saco de gatos contendo racismos, homofobias e outras mazelas do pensamento, não perfeitamente "julgadas" ou identificadas.Os racismos, até mesmo pelo amor a Deus já estão exaustivamente criminalizados. Entretanto, os mesmos que agora criminalizam os racismos defendem a descriminização da homofobia, inclusive com forte representação pública, e as outras mazelas do pensamento humano deveriam ser devidamente catalogadas, até mesmo em função dos males que acarretam. E a discriminação seria decorrente do preconceito. Você tem razão,o politicamente correto é muito complicado.
Em Barretos a gente chamava o preto de preto, o japones de japones, o aleijado de deixa-que-eu-chuto, o carioca de carioca, o viado de viado, o corno de corno e na história da humanidade tem sido assim, como se pode ver na Maria Louca de Portugal, mãe de D. João, o papa-frango, etc. Sempre características físicas serviram para diferenciar uma pessoa da outra, ou uma ação como o Anhanguera, o diabo velho. Na minha opinião o politicamente correto é uma das piores coisas que surgiram, servindo apenas para eufemizar o mundo, e isso os políticos já fazem melhor do que ninguém, vide o caixa 2.
É isso aí. Acho preconceito uma das grandes conquistas da raça humana, conquistas não, características.
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