Monday, November 29, 2010
Olinda
Thursday, November 25, 2010
O que é o capitalismo? (2)
Não sei se foi Marx quem inventou esse termo, mas foi ele quem certamente o popularizou. Falo em "capitalismo", mas poderia falar em liberalismo, livre-mercadismo, laissez-faire ou libertarianismo, que não são exatamente sinônimos, mas representam mais ou menos a mesma idéia. Segundo Marx, a história do capitalismo se desenvolve através da "luta de classes" entre opressores (burgueses) e oprimidos (proletários), com os burgueses "explorando" os proletários através da "mais-valia" (lucro). Esse esquema mental é muito popular, sendo adotado por aí de maneira consciente ou não, mas não resiste a uma análise lógica simples, por exemplo: uma diarista, dizem os marxistas, é "explorada" pelos seus patrões, que contratam os seus serviços por X reais por dia. Ela concorda em ser "explorada" por esse valor, faz o serviço e recebe então o dinheiro resultado dessa "exploração". Com ele, ela decide comprar mantimentos na quitanda do seu bairro depois de ter feito as unhas numa manicure. Pergunta aos marxistas: a diarista também "explorou" o dono da quitanda e a manicure ao contratar os seus serviços? Não, ninguém "explorou" ninguém no processo, as pessoas trocaram bens e serviços de maneira voluntária baseadas em seus próprios interesses e necessidades. A dona da casa onde a diarista trabalha não tem poder algum sobre ela a não ser nos termos acordados. A diarista presta um serviço e em troca recebe um valor. Não há coerção entre as partes, há uma troca. Quando compra pão, requeijão e refrigerante na quitanda, ela não está "oprimindo" o quitandeiro, eles estão realizando uma troca voluntária em que ambos saem satisfeitos, caso contrário não a realizariam. Não há conflito entre ela e a manicure, há cooperação. Não respondi exatamente o que é o capitalismo, mas esse último raciocínio dá uma boa pista a respeito.
Wednesday, November 24, 2010
Capitalismo: o ideal desconhecido (1)
Uma pessoa fala uma coisa, a outra entende outra e um monte de diferenças de percepção e preconceitos interditam a discussão. Ok, vamos celebrar as diferenças, mas se a nossa diferença envolver o uso da força de um sobre o outro, vai acontecer um impasse que tenta-se resolver através da política, do jogo de poder que determina como se deve e quem deve exercer esse uso da força. A paz não se impõe com uma arma, mas a paz impõe o uso da arma em legítima defesa. Ou seja, você não pode iniciar agressão, essa é a lei. Caso inicie, uma agressão proporcional contra você é justificada. Há um intenso debate sobre as culpas disso ou daquilo, a origem da propriedade de X ou Y, a escravidão, as capitanias hereditárias, a guerra contra as drogas, a legitimidade do estado e etc. Beleza. O que estou dizendo é que há uma lei acima das ações e papéis dos governos de todas as épocas e lugares que pode-se chamar de "natural", que estabelece que você não pode matar, roubar ou enganar o outro. "Natural" porque não se pode fazer com os outros o que não se quer que façam com você. Ou você quer ser morto, roubado ou enganado? As particularidades e circunstâncias podem justificar algum positivismo nas regras, mas a essência da lei deve seguir esse princípio de não agressão, que "é um princípio ético e jurídico, paralelo ao da propriedade de si mesmo, que sustenta que deve ser legal para qualquer indivíduo fazer o que deseje, sempre que não inicie (nem ameace) violência contra a pessoa ou a propriedade de outro indivíduo. Afirma que a coação - definida como o início de força física, a ameaça de tal, ou a fraude às pessoas ou seus bens pacificamente adquiridos - é intrinsecamente ilegítima e deve ser recusada. O princípio não se opõe à defesa contra a agressão, ao invés, a respalda e legitima." Ou seja, a liberdade de um termina quando começa a do outro. Pretendo demonstrar nos próximos posts, usando como gancho os capítulos do livro da Ayn Rand, que o capitalismo - corretamente compreendido - é o único sistema compatível com o princípio de não agressão.
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