Friday, July 31, 2009
O Burrico de Balaão
O Luiz Renato do blog que dá nome ao post disse que as últimas leituras do meu site o fizeram lembrar das seguintes passagens do livro "A imitação de Cristo" de Tomás de Kempis: "Nas Sagradas Escrituras devemos buscar a verdade, e não a eloquência. Todo livro sagrado deve ser lido com o mesmo espírito que o ditou. Nas Escrituras devemos antes buscar nosso proveito que a sutileza da linguagem. Tão grata nos deve ser a leitura dos livros simples e piedosos, como a dos sublimes e profundos. Não te mova a autoridade do escritor, se é ou não de grandes conhecimentos literários; ao contrário, lê com puro amor a verdade. Não procures saber quem o disse; mas considera o que se diz." Tirando o fato de que não considero livro nenhum "sagrado", não tenho discordância com o que vai acima. "Os homens passam, mas a verdade do Senhor permanece eternamente (Sl 116,2). De vários modos nos fala Deus, sem acepção de pessoa. A nossa curiosidade nos embaraça, muitas vezes, na leitura das Escrituras; porque queremos compreender e discutir o que se devia passar singelamente. Se queres tirar proveito, lê com humildade, simplicidade e fé, sem cuidar jamais do renome de letrado. Pergunta de boa vontade e ouve calado as palavras dos santos; nem te desagradem as sentenças dos velhos, porque eles não falam sem razão." Aqui a coisa pega mais. Qual é a "verdade" do Senhor? A passagem também questiona o fato de que, ao ler um texto, nós "queremos compreender e discutir o que se devia passar singelamente." Como assim? A leitura não serve justamente pra isso, pra se compreender e discutir a realidade? No final, diz-se que se as sentenças são proferidas pelos velhos, eu não posso me desagradar, "porque eles não falam sem razão." Isso não seria um argumento de autoridade? (http://oburricodebalaao.wordpress.com/2009/07/30/capitulo-5-da-leitura-das-sagradas-escrituras/)
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