Friday, July 10, 2009
Discutindo futebol
Taí um dos grandes equalizadores da sociedade brasileira. É como conversar sobre o clima, se o calor fosse adversário do frio. "É claro que o calor é melhor, conta com a maior torcida do Brasil!" Mesmo sem muita influência no que rola, o torcedor vira um grande advogado daquela camisa que ele escolheu, ou escolheram por ele, pra torcer. Sim, porque ser Flamengo ou Vasco ou católico ou evangélico, na maioria das vezes, não é bem uma escolha fria e racional. Se a sua família é predominantemente flamenguista ou vascaína ou católica ou evangélica, você vai seguir pela mesma seara se não quiser criar atritos. Alguns espíritos mais rebeldes não levam a herança familiar tanto em consideração, mas essa é uma minoria. Então você escolhe uma camisa e, como realmente gosta de futebol, está comprometido com o que acontece com aquele time até o fim dos seus dias. A não ser que, no meio do caminho, você vire a casaca, o que rende as piadinhas e desqualificações de praxe. "Hei de torcer, torcer, torcer, hei de torcer até morrer, morrer, morrer..." O coisa é séria, tá pensando o quê? Mas o seu time não ganha mais nada e assistir a alegria dos outros às suas custas não é agradável. A paixão é cega, ótima frase pra justificar qualquer maluquice. "Pô, eu dei porrada nesse cara porque ele tava usando a camisa do outro time..." "Sim, eu destruí o ônibus porque o meu time perdeu, não lhe parece razão suficiente?" "Claro que o juíz é FDP, ele não marcou aquele pênalti." "Óbvio que eu sou melhor do que você, meu time ganhou mais brasileiros." E por aí vai.
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