Tuesday, July 28, 2009
30 idéias para mudar o mundo
Era a capa do Megazine do O Globo de hoje. Salvar o planeta entrando pro Greenpeace (yeah, right...), doando uma prancha, um violão, fazendo todo tipo de trabalho voluntário ("acrescenta muito ao currículo"), dando uma força na favela e outras ações consagradas pelo politicamente correto. O ambientalismo, como se vê, substituiu a utopia vermelha pela verde. Outro dia vi o Dado Dolabella nos alertando que se "alguém não fizer alguma coisa, a água vai acabar!" É esse tipo de ignorância que se espalha por aí. A água é constante, ela não vai acabar. Mas não se diz isso em lugar nenhum, é mais jogo difundir a histeria pra concentrar bastante poder nos iluminados de Brasília e da ONU. Aí você lê o Jabor e fica com a impressão de que, já que o socialismo não funcionou, não há nada a fazer além de contemplar a sujeira do jogo político. Ou seja, já que a piração dele não deu certo, só nos resta votar na esquerda menos radical (PSDB). Ainda no Segundo Caderno, aparecem as figuras de sempre com um abaixo-assinado reclamando de mais participação do estado na "política cultural". "Mas não é dirigismo!", diz uma das signatárias, como um freqüentador de uma sauna gay ao ser flagrado em pleno ato: "Eu não sou gay, eu não sou gay!" Tipo, quero o estado bancando a arte (a minha e a dos meus amigos, é claro), mas finjo que defendo a liberdade de escolha. Enfim, dão mil voltas em torno do próprio eixo pra não contemplarem a única maneira de se aprimorar o sistema: separando gradualmente o estado da economia, indo em direção ao liberalismo. Dessa idéia, ninguém fala.
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6 comments:
Olá Sol, tudo bem?
Só para avisar que usei seu texto na postagem do exemplar que vc comentou.
http://www.kotonette.com/2009/07/megazine-o-globo-28072009.html
Não é spam, caso vc encontre, não achar ruim. abraços!!!
Não entendi bem, mas beleza.
Só não pode acabar a cerveja.
Estado e economia devem se separar mesmo. Então, estado não deve financiar a falsa economia - parcerias público privado. Estas parcerias nada mais são que o estatismo de compadres. Mas o estado tem que ser o olho da sociedade. Não interferir, nem regular, mas fiscalizar. Não deixar que a simples vontade de lucro perpetue crueldades. O mercado é auto-regulável, mas a ética nem sempre é. Se não há o olhar, vence quem ganha mais, não quem produz melhor. Não é assim? Vale deixar que a Hellmans diga que tem apenas 40 calorias, que é saudável?
Sim, o estado serve justamente pra isso, proteger a vida, liberdade e propriedade.
A Hellman's e outros produtos podem ser fiscalizados por agências privadas. É o que aconteceria se o estado saísse da frente. E o controle ficaria melhor e mais barato.
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