Tuesday, March 24, 2009
A dinâmica na platéia de um show de rock
Você quer ver o show, mas não está sozinho. Milhares de pessoas estão a sua volta, num curto espaço, cada uma com personalidades e interesses diferentes dos seus. Vai dar conflito, obviamente. Os muito fãs não vão se satisfazer em ver o show de longe, então enfrentam a multidão. Alguns nem são fãs, mas encaram a muvuca mesmo assim - seja pra acompanhar a namorada ou pelo motivo que for - mas chega uma hora em que o fanático histérico ao lado vai começar a incomodar a pessoa que está ali apenas cumprindo tabela e vice-versa. Há também problemas entre os fanáticos. O camarada que não pára de falar, que exagera na histeria, que puxa palmas fora do tempo ou canta músicas sussuradas pelo vocalista a plenos pulmões desafinados, muita coisa conspira contra. Mas como cercear esse descontrole de emoções? Estamos num show de rock, caramba! E a batalha por espaços? Você, lá na frente, guarda posição como se estivesse num forte reagindo à invasão inimiga. Alguém tenta ultrapassar a sua barreira inexpugnável forçando uma barra e você resiste: "Aqui não, violão!" Mas a pessoa é insistente e, nessa hora, ou você cede ou o bicho pode pegar. Um dilema e tanto. Mas há compensações também. Em São Paulo, por exemplo, a platéia puxou espontaneamente um coro, afinado e no tempo, de "Paranoid Android" que pegou a banda de surpresa, fazendo o grupo acompanhar a cantoria visivelmente emocionado. Um momento, entre outros, que compensou os inevitáveis contratempos que acontecem no meio de uma multidão.
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6 comments:
"aqui não, violão" oidfhfioh
e as palmas em EXIT MUSIC? vai repudiar nao?
Ah tá, justamente nessa música que um cara do meu lado levou dois foras. Primeiro que a música no início é bem sussurrada e o malandro cantava alto e mal pra dedéu. Ouviu então "shhs" e apupos. Meio envergonhado, tentou então puxar palmas, fora do ritmo também. Tadinho, falhou miseravelmente.
exit music enterrou a minha tia, cara. q esses entediados morram tds empalados
Isso me lembra o longínquo ano de 1996, quando um metalbanger - que provavelmente queria ver White Zombie - começou a cantar Alright, do Supergrass com voz gutural do meu lado,. Passei a pogar, para atingí-lo. Só que o cara era forte pra cralho e se amarrou - e eu levei a pior. Não funcionou e eu parei. Que falta faz uma peça nessas horas...
No dia seguinte, um cara vira para mim, no emio do show dos Blck Cowes e pergunta se e sou viado.
"Não"
"Ah, porque eu preferia que você fosse viado, já que você tá sarrando ela" (e aponta a namorada)
"Bicho... (mostro o público). Olha o aperto... Eu também tô sarrando ele (aponto meu amigo). Não gostaria, mas não tem outro jeito"
E, em um raro momento dae vitória da razão sobre a estupidez, ele concordou e mandou um "mal aí".
Mas, por via das dúvidas, passei pro outro lado do meu amigo, para infelicidade minha - e maior ainda dele.
hehe
É bicho, nessas horas o melhor é sair de perto e não gastar energia preciosa com bobagem.
Uma marca no meu meu nariz "contraída" num show do caetano no circo por um pitman que não gostou de eu ter, acidentalmente, ficado na frente dele, sempre me lmebra disso, por mais que eu tente esquecer...
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