Wednesday, March 03, 2010
A questão do Irã
Tento compartilhar do princípio da não-agressão, que afirma que a força só deve ser usada como reação a uma agressão prévia, mas alguns eventos me fazem relativizar esse princípio. Por exemplo, quando o presidente da teocracia iraniana diz que pretende "varrer Israel do mapa" e inicia o enriquecimento de urânio, fico com uma pulga atrás da orelha. Será que Israel e os EUA devem esperar o Irã construir e usar a bomba pra - aí sim - tomarem uma providência? Será que a ameaça em si já não configura uma agressão? Claro que a partir do momento que o Ahmadinejad cumprir o prometido e realmente "varrer Israel no mapa", a reação de países com um potencial nuclear muito superior poderia também "varrer o Irã do mapa", mas aí milhões de pessoas já teriam morrido em Israel e outras tantas morreriam no Irã. Resta torcer, por enquanto, por uma saída diplomática, mas como confiar numa saída diplomática envolvendo uma teocracia islâmica que patrocina o terrorismo?
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2 comments:
"Será que Israel e os EUA devem esperar o Irã construir e usar a bomba pra - aí sim - tomarem uma providência?"
Sim, mas bem de leve. Senão, é reação desproporcional. Na dúvida, os direitos humanos mandam, após a bomba, chamar o celso amorim para "negociar" com o Ahmadinejad e concluir que "não é bom colocar o Irã na parede".
O presidente falou que não se põe um país como o Irã contra a parede.
Mas o Irã botar o mundo inteiro contra a parede, menas o Brasil, isso pode. Mas a gente quer o que?
Coerência? E ainda vamos ter saudades do Lula, podem escrever.
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