Wednesday, March 24, 2010
O ponto Gererê do poder
Ontem rolou no GNT um documentário sobre as "doenças" que são criadas pra alimentar a indústria farmacêutica. Mais especificamente, a "disfunção sexual feminina". Ou seja, uma mulher não gozar num ato sexual com o seu parceiro(a) já seria o suficiente pra caracterizar uma patologia. Não vou entrar no mérito da fisiologia feminina, mas me parece óbvio que nem todo sexo sem orgasmo seja um caso médico, meu ponto é outro. Meu ponto diz respeito à atuação do FDA (o órgão, sem trocadilho, que regulamenta os alimentos e remédios nos EUA) e o perigo que é deixar o governo com esse poder sobre as pessoas. O que se viu no documentário foi o lobby das empresas que prometem orgasmos femininos junto à burocracia estatal pra que ela desse o seu selo de aprovação: sim, certificamos que a "disfunção sexual feminina" é uma patologia, podem vender os seus remédios. Então, do dia pra noite, a falta de orgasmo vira uma indústria de muitas promessas e poucos resultados, como o documentário evidenciou. Deixar um órgão, sem trocadilho, com tanto poder monopolístico é: 1 - paternalizar e infantilizar as pessoas que passam a não responder mais pelas suas escolhas ("o FDA disse que era doença e aprovou os remédios, pô!") e 2 - dar muita margem pra corrupção desses agentes públicos. Órgãos privados competindo, sem trocadilho, fariam esse papel de certificação com vantagem, o estado só broxa com o processo de descoberta e inovação, turbinando as picas bem conectadas politicamente e travando a eficiência dos movimentos pélvicos do mercado. (http://www.fdareview.org/incentives.shtml)
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