Sunday, June 14, 2009
Sob a maconha
UMA TARDE NUM CANTO DE BOTAFOGO E O JORNAL Cara, você percebe um monte de coisa. Que não é por acaso que as pessoas gostam de beber. "Escapismo!" Porra, o que não é "escapismo"? O que é religião senão escapismo? A gente vai morrer, mesmo. Beber dá um energize. É uma tendência. Se deixar, a maioria fica chapando o dia inteiro, comendo, bebendo e isso mesmo. Então você fica bebendo num bar num canto de Botafogo, observando o movimento e lendo o jornal. É, fica se fazendo de inteligente em público, analisando os outros como se fizesse parte de uma espécie diferente. Yeah, right! As substâncias te estimulam ou deprimem, o que de qualquer maneira deixa um monte de coisa diferente acontecendo na tua cabeça. Aí você, crente de que tem algo a dizer, tem mais uma idéia incrível: um aparelho que registre automaticamente no word os seus pensamentos. Claro, o meu raciocínio merece ser registrado para toda a humanidade por toda a eternidade. Devia ter editais para projetos dessa natureza. Então você olha pro jornal e lê um artista islandês pintando o mesmo modelo por um ano inteiro e percebe que os pombos são animais perfeitamente adaptados. Viadagem essa fixação com a Islândia. E com os pombos. No Prosa e Verso, o milésimo especial sobre as "Alternativas ao Capitalismo" traz muitos filósofos e muita impostura intelectual. Fico lendo essas coisas e praguejando que nem um maluco. Podia ficar aqui rebatendo cada um desses mestres da confusão mental, mas a caipirinha de lima tá acabando.
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