Monday, June 29, 2009
A lógica da vida 4
"Para que uma troca voluntária se realize é condição necessária que as partes envolvidas obtenham, com a troca, um aumento de satisfação. Se assim não for, a troca simplesmente não se realiza e as coisas continuam inalteradas. Existem, entretanto, circunstâncias em que somos levados a efetuar trocas que acarretam, pelo menos a uma das partes envolvidas, uma diminuição de satisfação; trocas que, não fora a existência das referidas circunstâncias, certamente não seriam realizadas. Ao realizá-las temos consciência de estar trocando 10 por 9 ou pensamos estar assim agindo por estarmos mal informados. O primeiro caso ocorre quando nos vemos diante de uma situação de coerção, hipótese em que ao nosso ganho somos forçados a acrescentar o benefício de não sofrer a violência decorrente da coerção, seja ela legal ou ilegal. No segundo caso embora pensando estar trocando 10 por 9, estamos sendo levados a agir contra o nosso interesse, contra, portanto, o nosso aumento de satisfação, por fraude ou por ignorância. No caso da coerção somos levados a fazer uma troca que nos é insatisfatória, e só aceitamos fazê-la para evitar uma possível represália, em virtude da existência de um poder de coerção. Diante da arma de fogo de um assaltante, que nos obriga a escolher entre “a bolsa ou a vida”, a grande maioria dos indivíduos preferirá entregar a carteira para poder permanecer vivo. Se nos abstrairmos dos aspectos éticos e psicológicos de uma situação como essa, podemos dizer que a troca assim efetuada representou, em termos estritamente econômicos, um jogo de soma zero: o que um tinha na carteira passou a pertencer a outro." Donald Stewart Jr..
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