Wednesday, April 01, 2009
O mito da educação cidadã
Há uma grande distância entre a educação formal, obrigatória e controlada pelos MECs da vida e aquela que surge espontaneamente através da vivência, da internet e da família. Convenhamos, as escolas, como são hoje, são mamutes ineficientes, trambolhos autoritários que sobrevivem apenas por causa das leis que obrigam o camarada a passar por toda essa via-crucis desde o primário até as fábricas de diploma que o habilitam a fazer parte de alguma guilda. Acabe com a obrigatoriedade do comparecimento e do diploma e esse sistema cai por terra como a implosão bem-sucedida de um prédio. Mas mesmo com todos os instrumentos disponíveis, isso não vai acontecer tão cedo. Primeiro que desmontar essa rede estabelecida não acontece de uma hora pra outra e contraria muitos interesses. Depois que o governo não vai abrir mão de ter o controle do currículo, onde ele incute nos alunos o conformismo com o estado e a ojeriza ao mercado. São tantas formas de doutrinação - embaladas sempre em belos discursos altruístas - que é impossível fugir de uma generalização. Então as pessoas são proibidas de aprender em casa, sozinhas ou com um tutor. Ou você estuda num estabelecimento reconhecido pelo MEC ou nada feito. Ou você se submete ao currículo do MEC ou nada feito, vai ser um excluído. Não aquele excluído de almanaque que rende votos na demagogia populista, mas um excluído dos privilégios que o governo oferece a quem aturou anos de lavagem cerebral travestida de direito obrigatório do cidadão.
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