Thursday, July 08, 2010
Marxismo cultural e a desqualificação da razão
É fascinante (ou interessante) perceber certas coisas com alguma clareza depois de passar anos meio bolado com esses assuntos. Por exemplo, filosofia e teoria do conhecimento. Frequentei 5 anos uma faculdade sem entender what the hell os professores tavam falando. Quer dizer, até entendia, mas as discussões pareciam tão vazias de significado e sentido que eu simplesmente me desinteressava e ia pra biblioteca ler coisas que tinham alguma relação com a realidade ao invés das herméticas e arrastadas explanações de discursos e autores que basicamente - era a minha impressão - colocavam em dúvida o livre-arbítrio e a razão. Só que eu pensava, caramba, esses caras não tão questionando a razão usando a razão e não tão fazendo isso usando o livre-arbítrio? Ao invés de estimularem a capacidade de julgamento individual, os professores a condicionavam à sua classe, raça, gênero ou sei lá mais o quê. Ou seja, os mestres ensinavam que não existe um conhecimento objetivo e universal verificado pelos fatos e pela lógica, existem apenas construções sem nenhuma conclusão possível que se sobrepõem de acordo com a condição de quem a emite. Claro, a maioria dos professores era marxista, e hoje me divirto lendo textos deles nos vermelho.org da vida. Só que o materialismo dialético não foi o único marxismo que influenciou o debate de idéias. A luta de classes não explica tudo, é apenas a consequência de algo ainda mais profundo, a cultura.
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4 comments:
Que faculdade vc fez?
Facha.
Bem diz o Prof. Olavo de Carvalho: "não existem filósofos no BRasil". Se vc. quiser conhecer um, procure no Google Mario Ferreira dos Santos. Existem links para fazer download de alguns livros, deste que foi o maior dos filósofos, reconhecido internacionalmente, citado no mundo inteiro, exceto no Brasil. Santo de casa não faz milagre! Mais ainda quando não é marxista.
Várias diferenças com o professor Olavo, mas aqui ele cravou sobre um primo da Escola de Frankfurt, o desconstrucionismo:
"Desse preconceito, em simbiose com o imediatismo político, nasce o profundo desinteresse que os liberais e conservadores têm pelo debate interno de idéias na esquerda. Como o conteúdo desse debate lhes parece falso e alucinatório e por isso supremamente tedioso, não percebem que por trás dessa falsidade e alucinação há um método e uma estratégia. Nem muito menos que a falsidade louca de uma idéia jamais foi obstáculo ao seu sucesso político. Enquanto os liberais e conservadores discutem economia, criando esquemas saudáveis e racionais que jamais serão levados à prática, os esquerdistas, a salvo de qualquer fiscalização crítica da parte de seus adversários, inventam as mentiras e alucinações com que dominarão a consciência das multidões e conduzirão o processo histórico para onde bem entendam, com a facilidade com que um menino-pastor puxa um búfalo de uma tonelada pela argola do nariz.
Vou dar aqui um único exemplo de doutrina alucinatória que jamais vi despertar o interesse dos liberais e conservadores brasileiros e que por isso mesmo consegue praticamente dominar o ambiente universitário, cultural e midiático nacional, influenciando o curso dos acontecimentos e impondo derrotas humilhantes à racionalidade econômica liberal-conservadora.
Refiro-me à escola "desconstrucionista" de Jacques Derrida, Jean-François Lyotard, Paul de Man, Gianni Vattimo e outros, que torna inviável toda idéia de veracidade objetiva e instaura em seu lugar o primado da ficção militante."
http://www.olavodecarvalho.org/semana/061127dc.html
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