Thursday, June 17, 2010
Cachaça no café da manhã
Fazer parte do espírito do tempo pode ser tão reconfortante quanto não fazer parte desse zeitgeist. Escrever zeitgeist também pode ser reconfortante na medida em que você se sente inteligente, parte de uma elite que usa conceitos em alemão, não é pra qualquer um não, meu irmão. Então da mesma maneira que alguém se integra à paisagem intelectual com receio de desafiar a opinião dominante e ser tratado como um dissidente, um outro busca exatamente isso, destoar de algo que ele considera comum demais - ser radical tem charme em certos círculos, vamos combinar. Nada disso, porém, diz algo sobre a verdade das coisas, sobre o que é justo. A pessoa pode estar com a manada e estar certa e estar sozinha dando murro em ponta de faca e estar errada, tudo depende do contexto, porque julgar é contextualizar. Claro que se você não considerar a lógica e a razão como instrumentos minimamente confiáveis pra compreensão da realidade, não há mesmo julgamento possível, ao menos em tese, porque você está usando justamente o processo mental pra desqualificá-lo. É uma autorefutação instantânea, como dizer que "só sabe que nada sabe". Por que estou dizendo essas coisas? Não sei bem, eu queria fazer uma introdução sobre o novo livro do Jeffrey Tucker, Bourbon for Breakfast - Living Outside the Statist Quo, e saiu isso. Fica pro próximo post então.
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6 comments:
Escrever Zeitgeist só nos faz sentir inteligentes quando escrevemos com maiúscula, como todo substantivo em alemão ( inclusive no meio da frase). :P
haha podicrê.
Não que eu soubesse disso, mas podicrê mesmo assim.
Esse anônimo sou eu, Sol. Não tenho saco de registrar. Um conservador à espreita, hein. Paulo Rocha.
Honrado com a presença, Paulinho.
Alemão? Língua morta. Tentem outra.
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