Monday, May 31, 2010
Um paradoxo cultural
Já apontei isso aqui algumas vezes, mas vale a pena ler de novo, agora nas palavras da Ayn Rand, tiradas do seu livro sobre estética The Romantic Manifesto: "Now consider a curious paradox: the same estheticians and intellectuals who advocate collectivism, with the subordination of all values and of everyone's life to the rule of 'the masses', with the art as the voice of 'the people' - these same men are resentfully antagonistic toward all popular values in art. They engage in virulent denunciations of the mass-media, of the so-called 'commercial' producers or publishers who happen to attract large audiences and to please the public. They demand government subsidies for the artistic ventures which 'the people' do not enjoy and do not choose to support voluntarily. They feel that any financially successful, that is, popular, work of art is automatically worthless, while any unpopular failure is automatically great - provided it is unintelligible. Anything that can be understood, they feel, is vulgar and primitive; only inarticulate language, smears of paint and the noise of radio static are civilized, sophisticated and profound." Ou seja, ao mesmo tempo em que enaltece a abstração "povo", a intelligentsia coletivista despreza as suas preferências estéticas. É um samba do crioulo doido avant garde, que vai contar com o patrocínio do BNDES pra viabilizar a sua nova temporada de experimentações num pé-limpo que acabou de inaugurar na Lapa. Os turistas post vão adorar, mas o "povo" pré fere um proibidão lá na comunidade mesmo, muito mais em conta e rascante. Pegou ou fui ininteligivelmente desagradável?
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1 comment:
Tem um outro lado, o lado Hermano Vianna e Regina Casé, que vou tentar falar no próximo texto.
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