"Egoísmo significa que você é um fim em si próprio, e egocentrismo significa que os demais são meios para você mesmo. Assim, um necessitado que exige dos outros é um egocêntrico, que pretende submeter os demais a si. Essa sua idéia de que pensar em si mesmo coloca os demais em submissão plena a seu interesse é desprezar completamente a idéia de certo e errado; é desprezar a lógica; é menos que animalizar o ser humano. Desconsiderando plenamente a razão como instrumento para julgar o certo e o errado, fica evidente que você só não mata e rouba porque pode ser punido. No meu caso, mesmo que não houvesse punição eu não mataria um inocente para me beneficiar. Pois julgo isso errado/injusto; e agir contra minha razão me causaria a imensa dor do remorso (remorso é razão). Se alguém que não se sente bem sendo justo e até “altruísta” pratica o bem aos demais, quais os motivos que o levam a tal “altruísmo”? Seria apenas a ambição de obter um “bem futuro” (“vida eterna” p/ex.) ou mecanicamente (sem nada julgar = zumbi) atenderia uma recomendação moral estabelecida? Qual o motivo de se praticar o bem e a justiça se não a razão que nos faz sentir bem? O negócio é que defender o altruísmo é envaidecedor diante da moral estabelecida. Um bandido criminoso defende os “direitos humanos” porque isso o favorece, tanto que não os respeita nos demais. E vê-los em tal defesa dá a impressão de que são muito “justos” e até “altruístas”. Condenar o egoísmo foi, e é, propagandeado como valorizador do indivíduo, é a moral estabelecida por interesses. O que seria dos “altruístas profissionais” se não induzissem a se crer na valorização que o “altruísmo” proporciona: atribuir valor aos servos os induz a serem servis, interessados egoisticamente neste valor, ou egoisticamente interessados no prazer de servir."
Thursday, April 15, 2010
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