Tuesday, October 06, 2009
A sociedade voluntária
Se eu tivesse que escolher um ideal, escolheria a sociedade voluntária, onde ninguém é proibido ou obrigado a fazer coisa alguma a não ser respeitar a vida, liberdade e propriedade alheias. Uma aplicação consistente daquele ditado que diz que a gente pode fazer o que quiser, contanto que respeite o direito dos demais. Sabedoria popular pervertida pelo altruísmo da boca pra fora que domina a política brasileira ("que maravilha, só terão candidatos de esquerda nas próximas eleições!"), em que todos se tornam responsáveis por todos. Se eu tenho obrigações instituídas pelo "contrato social" - não assinei - com o Zé das Couves, quem vai ser o intermediário que vai concentrar tanta bondade e amor ao próximo, cobrando - naturalmente - uma generosa taxa pelo serviço? O problema não é a ajuda ao próximo em si, o problema é a obrigação, é a coerção. Solidariedade voluntária é uma virtude, solidariedade compulsória é um vício. A pessoa vive pra si mesma e praqueles que ela valoriza, uma verdade que os bem intencionados não conseguem admitir pela recusa de examinar de maneira honesta a própria consciência. Se, na sua escala de valores, o seu sacrifício a um desconhecido é importante, você é livre pra tanto numa sociedade voluntária. Curiosamente (há uma lógica nisso), os países retratados como "egoístas" (EUA) são também aqueles em que a caridade é mais disseminada. Em países retratados como "altruístas" (Cuba) não há nem o que se distribuir, a não ser desconfiança mútua (polícia do pensamento) e bodes expiatórios pelo fracasso de um modelo que tenta anular o indivíduo em favor de abstrações como "pátria", "nação", "interesse público" ou "bem comum".
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19 comments:
Eu sou pela sociedade sem sociedade. A gente vai come os troços, quando começa a faltar vai lá toma dos outros não bota vírgula em texto vale tudo. Mas tem a contrapartida que é os neguinho - antes que me taxem de racista odioso, o que é uma redundância, devo dizer que neguinho é uma figura de linguagem que siginifica um porrilhão de gente de todas as cores e credos - quererem vir tomar as frutas da árvore da gente, e aí nem vem que não tem, meus camaradas. A gente ir lá e pegar os frutos da árvore da rapaziada, tudo bem, é a lei natural. Agora, os pessoal pegar frutinha na arvorinha da gente, nem pensar, necas de pitibiriba.
Então, uma sociedade igualitária desse tanto, sem a contrapartida, eu topo, tu topas, mas eles não topam não. É tudo um bando de recalcado querendo derrubar pé de laranja. Ei, estou misturando os assuntos! Ei, não estou não! Abs.
Parece aquela novela do Gilberto Braga com a Maria de Fátima. Ab
Cuba não é país, é uma plantação de cana e de gente. A gente tenta fugir e raramente consegue. A cana, apesar de ter pé, não foge.
Nem os pés de cana, porque os caras perdem aquelas balsinhas feitas de pneu velho sovietico que os levariam até Miami que, aqui entre nós, é pior que Havana. Os caras, os pés de cana, tudo bebo, perdem a balsinha. A próxima só ano que vem. Então eles ficam lá fazendo conjuntinho mambembe tocando aquelas música enjoada esperando chegar um gringo doidão de câmera na mão e fazer um filme com eles. Daí eles vão ganhar rios de dinheiro, mas não vão nadar de braçada no dinheiro não, porque tudo é uma armação das elite capitalista querendo envolver o lumpen cubano. Podiam pegar carona no Zelaya, o Ratinho hondurenho, e ir morar na embaixada brasileira que é casa da mãe joana, sempre cabe mais um ptista. Quem arrisca não petista, é meu mote. Mote, que vem do latim motos, que significa
Kawasakis em japones. Bom mesmo é minha amiga Berenice que comprou uma casa cheia de catacumba! Abs.
Caro Sol, o nobre colega poderia me dizer o nome do drinque que o nobre posteiro anda tomando? Jony
"Quem arrisca não petista."
Excelente.
Tenho birra de Maria de Fatima. ô nomezinho pra dar azar. Poderia contar estórias estarrecedoras sobre Marias de Fátimas mas falta-me tanto, trabalho num lugar sério,
tenho um monte de coisa pra fazer,
e além do que, francamente, nem daria um bom post. Ou contaria eu a estória da Maria de Fátima que era de Arapiraca?
A catacumba já está sendo preparada para servir de cativeiro.
Mas não espalha não. haha
"Caro Sol, o nobre colega poderia me dizer o nome do drinque que o nobre posteiro anda tomando? Jony"
Jony, você por aqui!
Que honra.
Amiga de um camarada meu adquiriu uma residência para sua moradia. Realizou obras para o cafofo ficar bacana, beleza, e um belo dia um senhor proveniente do nordeste brasileiro ligou pra ela dizendo:
"Dona Bérénice, a rente rá acabou de fazer o chão, mas deu um pobrema que a rente descobriu uns buraco no chão e aí a rente desceu lá pra ver o que aconteceu e a rente uma hora chamou o Zeférino e ele sumiu no buraco!"
A história completa é essa. A amiga do camarada meu teve uma síncope e uma diastóle, não necessariamente nesta ordem. Havendo desenrolar dos acontecimentos severínicos, manterei a todos de tão prestigioso orgão de nossa internética devidamente cientes.
Gradecido pelo update to date.
O Zéfi reapareceu, sou testemunha.
Zeferino reapareceu quatro quilos mais magro e com sotaque espanhol.
A vida nos buracos insondáveis da
nossa urbe é muito estranha.
Gostaria de ouvir a história de Arapiraca. Jony
A Maria de Fátima de Arapiraca é uma que tinha uma loja de móveis no Bairro Alto?
Meu primo foi a Cuba. Disse que na categoria enganar turista é o máximo. Disse que Havana fede mais que a cocheira do Jockey Club. Que o serviço é pior que o do Marat Safin. Que a vida noturna é tal e qual a Lapa. Que ouviu a orquestra do hotel tocar Maracatu Atômico. Que teve uma diarréia monumental e chamaram um doutor que lhe cobrou a módica quantia de quatrocentos dólares. Que viu dúzias de baratas na emergência de um hospital, e eram todas pacientes. Enfim, disse que fugir de fuga não é opção, mas uma obrigação. O que me leva a pensar: aonde levam os Chicos e demais rapazes petistas da nossa intensa vida cultural que voltam da ilha encantados? Cartas para Havana, mas a Policia Alfandegária abre todas as encomendas. País livre é assim.
Jony e Anônimo, pela ordem: seria demasiado calhorda contar todos aqueles acontecimentos, ainda mais considerando que um dos envolvidos é nosso embaixador em...deixa pra lá. Não, Maria de Fátima não tem loja de móveis. Antes tivesse!
Abrem as encomendas e, se não agradarem, as usam como grama.
É o nosso rebaixador aonde?
Não é bem um país,é mais um buraco, se é que vocês me entendem.
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