Wednesday, October 14, 2009
Especulações sobre a bolsa de valores
O que acontece na bolsa de valores? Aquele monte de gente gesticulando numa sala cheia de painéis e monitores é uma loucura, mas tem uma razão de ser. Claro, as coisas acontecem por um motivo e as pessoas não tão ali a troco de nada. Elas querem ganhar dinheiro. "Que horror!" Mas como ganhar dinheiro na bolsa de valores? "Comprando na baixa e vendendo na alta". Beleza, mas o que há por trás disso? Coisas que as pessoas querem. Petróleo, comida, informação, lazer, tudo. A especulação que se faz com uma empresa ajuda na sua viabilização. Se os consumidores gostarem do que a empresa tá oferecendo, os acionistas ganham. Se não, perdem. Há um risco. A bolsa não é um cassino aleatório, como alguns gostam de caracterizar. Ela reflete o desejo das pessoas. Há diversas variáveis num processo em que os investidores tentam antecipar as preferências dos consumidores. Qual é o pecado disso? O culpado da última crise não foi Wall Street, foi o governo americano com o expansionismo monetário do seu Banco Central. Isso os jornais "progressistas" não dizem, gostam mais de fazer caricatura dos especuladores. Qual é o problema com os especuladores? Quem aqui não está o tempo todo especulando?
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8 comments:
Eu tenho uns dinheirinho aí, sabe, seu Sol? Cousa pouca. Como diz lá na roça, pocket money. Mas num na Borsa não. E eu sou besta. Uma vez fiquei sem um vintém caus de que creditei nos homi e créu, como diz o Lula. Agora comigo é no colchão.
Estimo.
Millôr Fernandes, no post anterior.
Craquérrimo, diriam os caras da minha idade, se estivessem vivos.
Perdi todos. Machado, Eça, Rubem.
Hoje passei na General Osório (no 12 estava escrito G.Osório, os pessoal chamava de Gosório, naquele tempo era verdade, tudo era verdade) e lembrei da cobertura dele, de onde via o Rubem lá na cobertura dele. O Rubem por sua vez olhava o marzão besta lá adiante. Faltam poucos daquele tempo, e Millôr é um deles. Diziam dele que se fosse americano seria um gênio. Isso é fácil. Lá qualquer um vira gênio, até Andy Warhol. Difícil é ser gênio no Brasil. Olha o traço do cara, só pra ficar no lado desenhista dele: maravilhoso. Bati o olho e meu olho disse Millôr antes do cérebro. Você pega o livro dele de frases, abre em qualquer página e é genial. Tente fazer isto com os quadrinhos do Warhol. Os velhinhos estavam certos. Craquérrimo. Abs, Fred.
As bolsas refletem o que o governo quer, também... hehe! Quem comprou ações da construção civil, por causa do PAC, se deu bem.
Pois é, falo tanto da culpa do governo que acabei deixando de mencionar isso pra dar um descanso.
Fred, li aquele livro (Bíblia do Caos) de frases do Millôr inteiro. É incrível.
Uma vez na vida vi o Millôr. Ele estava com o Manoel de Barros. Eu conhecia o Rubem Braga - que não estava lá - e que tinha me dito que gostava da poesia do Manoel de Barros. Fui lá, pedi licença ao Millôr, falei do Rubem, o Manoel disse que adoraria conhecer o Rubem, um belo dia - na verdade noite - peguei o Manoel, levei na casa do Rubem e apresentei um ao outro. O Rubem tirou fotos minhas com o Manoel, e alguém tirou fotos minhas com Rubem e Manoel, meu momento de glória literária. Nenhuma foto saiu. Em matéria de post idiota, ninguém perde de mim.
O Millôr disse que o Rubem foi o sujeito que ele mais admirou em toda a vida. Nada mal para o epitáfio de uma pessoa, hem?
Enquanto isso minha amiga Berenice trabalha loucamente. Aliás isso aqui está divertido. Quer dizer, estaria, se a gente não tivesse que trabalhar. Millôr disse que começou a trabalhar com 14 anos. Deve ter uns 85. Ou seja, trabalha há 71 anos. Eu nem cheguei na metade disso e num guento mais.
Não é que a Bolsa reflete o desejo das pessoas, como você falou. O desejo das pessoas é orientado para isso, isso e mais aquilo. Já reparaste como a empresa mãe de todas sempre solta notícia maravilhosa de descobertas de coisas pretas antigas quando as coisas andam esquisitas pro lado dela, tipo CPI?
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