Thursday, September 03, 2009

Tudo é vaidade

Tendo também o sentido de "neblina" e "fumaça", a vaidade no Eclesiastes fala do "caráter ilusório (fascinante, mas sem valor definitivo) das coisas da vida". Eu não posso concordar com isso, porque esta vida é a única que sabemos existir. Da mesma maneira que desconstrucionistas e pós-modernistas tentam esvaziar o sentido das coisas, a Bíblia - de algum modo - desvaloriza o aqui e agora pra valorizar algo que o nosso conhecimento não alcança. "Que proveito tira o ser humano de todo o trabalho com o qual se afadiga debaixo do sol?" Muitos trabalham num escritório com ar-condicionado e outros nem trabalham at all. Qual o proveito? A manutenção da própria vida e daqueles que você ama, ora bolas. "O sol se levanta, o sol se põe e se apressa para voltar a seu lugar, onde renasce." Não é maravilhoso o ciclo solar? "Todas as coisas são difíceis e não se pode explicá-las com palavras." Como não? Se você quiser, eu te explico por que 2 mais 2 é igual a 4. Se consegue explicar tudo? Não, mas isso não é o mesmo que dizer que não dá pra se explicar nada. "Não há memória dos tempos antigos." Isso também não é verdade. Claro que não dá pra se preservar a memória de tudo o que aconteceu em milhares de anos da humanidade, mas o grosso da história tá aí pra quem se interessar. Olha eu aqui, por exemplo, lendo a Bíblia.

2 comments:

Rafael said...

Desconstrucionistas e pós-modernistas negam aspectos da realidade por causa da impossibilidade de qualquer objeto em sua plenitude. O autor do livro provavelmente se refere à relação do homem (indivíduo) com a eternidade e o infinito.

Os primeiros comparam o que se sente com o nada e o classificam dentro da insignificância. O último compara o que se sente com o infinito, com o eterno e vê quase nada.

Rafael said...

Faltou uma palavra (caixa alta).


Desconstrucionistas e pós-modernistas negam aspectos da realidade por causa da impossibilidade de CONHECER qualquer objeto em sua plenitude. O autor do livro...