Uma das coisas que me incomodam no mundo acadêmico é o modo, digamos, recreativo com que alguns encaram as idéias, como se todas elas tivessem o mesmo valor e a discussão fosse apenas um passatempo a que os intelectuais se dedicam, como um hobby remunerado. Não, idéias têm conseqüências e essa dissociação entre discurso e prática é falsa. Como o mainstream acadêmico é essencialmente estatista - o cão não morde a mão que o alimenta - o anarquismo é visto como uma teoria exótica que deve ficar limitada justamente às especulações feitas diretamente das torres de marfim em que se encerram esses intelectuais. Então, como apontou o professor Hoppe na introdução do livro "A Ética da Liberdade" de Rothbard, o libertarianismo suave e confuso do "Anarquia, Estado e Utopia" de Robert Nozick caiu como uma luva pras discussões estéreis da academia que não apontavam um caminho diferente. Sem princípios claros que norteiem uma ética, tudo vira um mero jogo de palavras em que não há o certo e o errado, o verdadeiro e o falso. Não é de surpreender, portanto, a popularidade do livro de Nozick e o relativo ostracismo da obra de Rothbard. Óbvio que isso não é uma condição permanente, já que fica cada vez mais clara a importância de uma teoria libertária consistente com a idéia de que somos donos de nossos próprios corpos, com todas as implicações lógicas que esse fato traz. (http://www.mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=36)
Wednesday, September 30, 2009
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