Thursday, September 24, 2009
A teoria austríaca do valor
"Focalizando nitidamente o indivíduo, e não em "classes" amplas, os "austríacos" puderam resolver com facilidade o "paradoxo do valor" que tanto aturdira os clássicos. No mercado, um indivíduo jamais tem de escolher entre "pão" como classe e "diamantes" como classe. Os "austríacos" mostraram que, quanto maior a quantidade ou quanto maior o número de unidades de um bem que uma pessoa possui, menor é o valor que esta pessoa atribui a cada unidade deste bem. O homem que vaga sedento pelo deserto atribuirá um valor ou "utilidade" extremamente elevado a um copo d'água, enquanto que, em Viena ou em Nova Iorque, com água em abundância à sua volta, este mesmo homem atribuirá reduzidíssimo valor ou "utilidade" a esse copo d'água. No deserto, ele pagaria por este copo um preço muitíssimo mais alto do que o que pagaria em Nova Iorque. Em suma, o indivíduo em ação se depara com unidades específicas, ou "margens", que são a base de sua escolha. A descoberta "austríaca" foi denominada "lei da utilidade marginal decrescente". Assim, o "pão" é tão mais barato que o "diamante" por uma simples razão: o número de pães disponíveis é imensamente superior ao de quilates de diamantes. Em conseqüência, o valor e o preço de cada pão serão muito inferiores ao valor e ao preço de cada quilate. Não há contradição entre "valor de uso" e "valor de troca": em função da abundância de pães disponíveis, um pão é menos "útil" para o indivíduo que um quilate de diamante." - Murray Rothbard (http://www.libertarianismo.com/livros/LVM-Oessencialvonmises.pdf).
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