Wednesday, May 06, 2009
O "direito" ao dinheiro dos outros
Continuando com a canonização de mais um herói da causa socialista brasileira, o Artur Xexéo enalteceu hoje o Augusto Boal. O ex-vereador do PT explicava como se dava a "censura" (bota aspas nisso) dominante no Brasil: "É a coerção do poder econômico. São as empresas que determinam o que pode ser feito, e o artista não está livre para fazer suas experiências. Ele perdeu este direito". O homem já morreu, mas vou tentar explicar a falha desse raciocínio pra quem está vivo. O artista tem todo o direito de fazer as experiências que quiser, desde que não invada o direito dos outros, assim como o empresário tem o direito de patrocinar quem ele bem entender. Não existe um "direito" ao patrocínio, ele se dá de forma voluntária se ambos concordarem com o projeto. Boal prossegue: "Uma parceria de fato existe quando os parceiros possuem o mesmo objetivo e força semelhante. Quando um dos lados é o 'todo poderoso' ao outro não resta opção". Claro que resta, basta não se submeter ao outro lado. Ninguém é obrigado a aceitar patrocínio, assim como ninguém é obrigado a dar patrocínio. Óbvio que o teatrólogo coloca a iniciativa privada como a grande vilã dessa história e "esquece" (olha as aspas) de mencionar a dependência dos "artistas" (mais aspas) em relação ao governo que, por sua vez, é dependente da pilhagem que faz dessa mesma iniciativa privada malvadona. O "direito" de alguém a algum bem corresponde ao dever de outro alguém produzir este bem. Pintar os "artistas" como pobres "oprimidos" (aspas mil) porque as empresas não querem bancar as suas viagens líricas é mais uma dessas deturpações típicas da novilíngua socialista.
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1 comment:
nossa, que simples! Pode crer, sol.
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