Wednesday, May 13, 2009
Fábio Leopoldino Maia 2
Do Gilberto Custódio: "Admito que fui um dos que torceu o nariz quando ouvi pela primeira vez o "Transmigrations" do Stellar. Na época eu não entendia e nem assimilava muito bem a guinada que uma guitar band dava para sons mais experimentais (tanto que saí da Comespace). Isso só prova o talento e a visão do Fábio, pois hoje em dia essa fase "pós-rock" do Stellar é a minha predileta." (http://lazerguidedmelodies.blogspot.com/2009/05/fabio-leopoldino-descanse-em-paz.html) Ele gostava mesmo da criação espontânea, fruto da confiança que tinha na sua capacidade de encontrar soluções sem grandes dramas. Por isso que era meio aborrecido pra ele ensaiar coisas que já tinham sido feitas. Mais Gilberto sobre Thrumming Soothingly: "É essencial e infelizmente um pouco subestimada. É só ouvir para perceber isso claramente" (http://lazerguidedmelodies.blogspot.com/2009/05/stellar.html) As coisas não deixam de existir porque a maioria não conhece. Do Dodô: "Adorava idéias engraçadas e imaginava as imagens, as que já existiam e as propostas, em forma de desenho ou pintura. Adorava crianças e tinha uma devoção religiosa com o modo que uma criança percebe o mundo." (http://dodomundi.blogspot.com/2009/05/dodomundi-12-fabio-leopoldino-maia.html) Ele se identificava mesmo com o mundo infantil e com pessoas com esse espírito que viam isso aqui como uma grande brincadeira. Do Tom Leão no seu blog no Globo: "Em geral, ele era bastante arredio e de poucas palavras, tanto que acabou ficando recluso e longe dos amigos." Isso não deixa de ser verdade, mas ele, como se vê na foto, também tinha um lado brincalhão muito forte quando se sentia à vontade. Há coisas nas profundezas de cada um que só mesmo a própria pessoa tem acesso. Alguém me pergunta o que ele gostava de ouvir, ler e assistir. Conversamos muito sobre o Hitchcock e a elegância dos seus filmes. O nosso gosto musical era praticamente idêntico, mas volta e meia ele implicava com algumas preferências minhas como o Sigur Rós. Dizia não aguentar aquela voz em falsete e falava que o Efterklang era muito melhor. Haha! Chegou a criar uma comunidade no orkut sobre a banda. Os textos que ele escrevia em excelente português tinham um Q de realismo fantástico e chegou a criar um blog sobre os próprios sonhos. Era apolítico e gostava de assistir seriados e desenhos na TV. Outras pessoas podem acrescentar mais informações, este é um depoimento altamente parcial e pessoal.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
4 comments:
um privilégio mesmo ter convivio com o Fábio, uma honra ter feito parte dessas estórias. Maravilhoso ler e lembrar de tudo isso e ao mesmo tempo uma tristeza imensa.
Ouvi Enseada Espacial. Muito bom! Vamo trocar idéias! Abraços!
Tô passando rápido...só pra me apresentar e me solidarizar com vc e aqueles que tiveram oportunidade de conhecer, criar e produzir com o Fábio em vida.
Moro atualmente em Valença e tive o privilégio de conviver um pouco com ele recentemente.
Confesso que sabia do seu lado multi-artista mas não tinha dimensão da sua importância no cenário do indie rock brasuca.
Com seu jeito de poucas palavras e sua discrição ele passava incógnito no seu anonimato na mesmice valenciana.
Seu texto me emocionou mundo. Conseguiu captar muito dele.
Graças à disponibilização do Lariú, estou me deleitando e reverenciando o Fábio e podendo conhecer o gênio que ele era através dos vários posts dos amigos e da repercussão da sua passagem. RIP!
Viajei e estou viajando muito com o som do STELLAR. Fez lembrar Gandalf.
Força para vocês.
Sou produtor cultural e pesquisador independente, "quase" graduado em Produção Cultural na UFF e gostaria de contribuir para a divulgação do trabalho dele por aqui.
Abraços.
liborio.flumineiro@hotmail.com
Bacana, Flumineiro.
Divulgar as músicas que ele fez e que estão disponíveis no site www.mmrecords.com.br já seria uma bela homenagem.
Tem já as do Second Come e as do Stellar e agora também as do Polystyrene. Ainda tá faltando um dos disquinhos, mas a gente tá resolvendo isso.
Mantenha contato. Ab
Post a Comment