Friday, September 10, 2010
Tapa na cara
"Ah, essa moral fica aí me castrando, não há nada que prove a necessidade de uma moral, seu moralistinha de meia tigela reacionária." [o homem já passou por poucas e boas, se aproximando dos seus 60 anos um tanto desiludido com as mulheres] O que é a moral? "Moral deriva do latim mores, que significa 'relativo aos costumes'" ou então "conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, éticas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupos ou pessoa determinada." [tinha decidido nunca mais dar trela pra elas, não quer mais se sentir fragilizado, "já passei dessa fase", diz pra si mesmo] Então a moral fala de como a gente deve agir em determinada circunstância, em relação a nós mesmos e em relação aos outros. [mas a solidão de vez em quando aperta, "eu me basto", diz sem muita convicção] A moral não pode ser algo arbitrário ou sem sentido, porque dela depende a própria sobrevivência da humanidade, sua prosperidade ou decadência. [o homem está estabilizado financeiramente, mas sente - lá no fundo - que falta alguma coisa] Sei que soa meio apocalíptico, mas é isso mesmo. [então num desses momentos de vazio existencial, ele encontra uma mulher jovem e bonita (pelo menos essa é a sua primeira impressão)] Porque a moral existe pra promover a convivência civilizada entre as pessoas, pelo menos este é o ideal de quem valoriza a vida. [então o homem vence a sua resistência interna alimentada por algumas experiências traumáticas e começa a se encontrar com essa mulher] Quem não valoriza a vida (da boca pra fora) e quer instalar o caos e a confusão vai desqualificar esse esforço, mas essas pessoas estão em desvantagem porque o sangue quer viver, todos os nossos instintos clamam pela sobrevivência. ["por que você não vem morar comigo?", ele pergunta depois de algumas semanas quentes com a mulher] O lance é estabelecer que princípios são esses que vão reger a moral e como chegar até eles. [a convivência e a rotina revelam um outro lado da mulher, "ela tem que tomar tarja preta, tadinha..."] Através da religião (revelação divina)? [deus do céu, por essa o homem não esperava, aquela mulher doce de outrora fica agora controlando os seus horários, logo os dele, orgulhoso lobo solitário] Ou através da razão (consciência individual)? ["tive uma reunião que foi até mais tarde, querida...", mas ela não acredita e, num acesso de fúria depois de esquecer a medicação, retalha todos os ternos do homem] Há um motivo que faz ser errado eu chegar e dar, do nada, um tapa na sua cara e ele não serve apenas pra te proteger, serve pra proteger todos nós. ["me bate se tu é homem!", ela provoca]
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5 comments:
Era costume dos antigos paulistas "encontrar remédio no sertão." Era o eufemismo usado para caçar indio.
Daí Portugal foi contra e fez a lei: só se pode escravizar indios em guerra justa. Daí virou costume em São Paulo alegar guerra justa por qualquer motivo e continuar indo pro sertão caçar e escravizar índio.
Em questão de um ano, o costume mudou e continuou o mesmo. Qualquer semelhança...
Era costume dos antigos paulistas "encontrar remédio no sertão." Era o eufemismo usado para caçar indio.
Daí Portugal foi contra e fez a lei: só se pode escravizar indios em guerra justa. Daí virou costume em São Paulo alegar guerra justa por qualquer motivo e continuar indo pro sertão caçar e escravizar índio.
Em questão de um ano, o costume mudou e continuou o mesmo. Qualquer semelhança...
Falando em tapa na cara, o comunista espancador de mulheres Netinho de Paula já aparece em segundo lugar para senador por São Paulo. Por que a jandira feghali não defende a Lei Maria da Penha para ele?
Quem precisa votar no macaco tião?
(Esse post é completamente destituído de qualquer conotação racista, apenas o autor não pode deixar de observar que antigamente o protesto era votar em um ser irracional, hoje, deixa pra lá, qualquer explicação só faz piorar) Depois o povo não venha reclamar, caceta!
hehehe
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