Quem nunca ouviu algum humanitário do miolo mole falando da "acumulação de capital" de maneira pejorativa? Eu mesmo na adolescência não sabia bem o que isso significava, mas tinha absoluta convicção de que era algo muito, mas muito ruim mesmo. Claro, esse foi mais um dos conceitos envenenados pela radiação que emana do lixo marxista que contamina a discussão intelectual brasileira. Mas o que é, afinal, a acumulação de capital? Acumulação de capital, colegas, é um sinônimo de poupança. E o que é a poupança? Poupança é a diferença positiva entre o que a pessoa produz e o que ela consome. Terrível, não? Alguns consideram mesmo a poupança um péssimo negócio, o Lula não queria taxá-la um tempo atrás? Por que ele quis fazer isso? Porque ele queria que as pessoas, ao invés de poupar, financiassem a dívida do governo através da compra dos títulos públicos que, na ocasião, rendiam menos que a poupança. O ungido queria que as pessoas bancassem - com as suas economias - o trilhão e meio do passivo governamental fruto da demagogia populista. As mesmas pessoas que condenavam o "consumismo" e o "materialismo" da sociedade desestimulavam justamente a frugalidade no consumo que possibilita a criação da poupança. Eu sei, você não pode cobrar lógica e coerência dos "progressistas". Sem acumulação de capital, não há dinheiro pra investimento, sem investimento não há geração de emprego, sem geração de emprego não há formação de poupança e assim por diante. Por isso que uma bandeira socialista como a taxação progressiva é uma estupidez, se não há ambiente pra formação de poupança num país, os mais ricos vão acumular capital (e gerar riqueza) em outra vizinhança. Como o governo quer pra si todo o capital existente pra bancar as suas "bondades", o resultado é que a taxa de investimento no Brasil é uma das menores do mundo. Os maiores juros do mundo, aliás, também são um reflexo da escassez de poupança, porque o dinheiro se torna muito caro. Isso não é exclusividade brasileira, os EUA também embarcam cada vez mais nesse ciclo vicioso de consumo desenfreado sem a correspondente produção, alimentando uma dívida imensa. Um dia a casa cai. (http://www.youtube.com/watch?v=yUu7_WL4948)
Friday, January 29, 2010
Thursday, January 28, 2010
Sobre o Projeto Vênus
O papel aceita tudo e as pessoas são livres pra acreditar no que quiserem. Isso, no entanto, não anula as leis naturais que regem a realidade. Cada grande plano ou utopia, no final das contas, só vai sair do papel se tiver correspondência com os fatos que são fatos não por um capricho arbitrário e subjetivo, mas porque são verdades verificadas pela lógica e experiência. Vou falar do Projeto Vênus porque duas pessoas queridas me alertaram a respeito, dizendo ser uma alternativa viável ao capitalismo. Disse a elas que estudaria o assunto pra então dar uma opinião a respeito. Na wikipedia: "O Projeto Vênus foi fundado na ideia de que a pobreza, o crime, a corrupção e a guerra são causadas pelas neuroses e escassez criadas pelo sistema económico vigente, que é orientado ao lucro e que reprime o progresso de tecnologias benéficas à sociedade." A escassez não foi criada pelo sistema econômico vigente, foi "criada" pela estrutura da realidade. O seu almoço não se materializa na sua frente do nada, é necessária toda uma cadeia de produção que faça uso da terra junto à tecnologia desenvolvida pelo homem ao longo dos séculos pro prato chegar na mesa. Não existe almoço grátis, mesmo. "Fresco teoriza que a progressão da tecnologia, se esta fosse continuada para além do limite do que é lucrativo, fará com que mais recursos estejam disponíveis para mais pessoas, produzindo uma abundância de produtos e materiais." Como é que a progressão da tecnologia vai ser continuada para além do que é lucrativo? Toda tecnologia "orientada para o lucro" é criada pra aumentar a produtividade e poupar o homem de certos trabalhos, mas ela também é fruto do trabalho humano e, por si só, não produz nada. Do que adianta um trator sem ninguém a operá-lo? É necessária a participação do homem nesse processo, porque robôs e máquinas não são capazes de definir metas e objetivos, são programações humanas. "Esta abundância reduziria a tendência humana atual para a independência, corrupção e ganância, dando alas para as pessoas se ajudarem entre si." Sem falar na menção pejorativa à "independência" - uma premissa psicológica da servidão - a gente percebe aqui que o Projeto Vênus não passa de uma reedição tecnologizada do velho comunismo. Isso me lembra, aliás, de uma viagem à União Soviética que o escritor John Steinbeck e o fotógrafo Robert Capa transformaram no livro "Um diário russo". O Steinbeck notou que os soviéticos eram absolutamente fascinados pela tecnologia, mas que toda a tecnologia que dispunham vinha justamente do Grande Satã, os EUA. Não compreender a relação causal que existe entre o processo de produção capitalista e a tecnologia é o que faz as pessoas caírem nessa. "Fresco acredita que o sistema monetário e os processos associados a ele, tal como a venda do próprio trabalho e a competição, são danosas à sociedade e limitam o verdadeiro potencial da maioria das pessoas." Qual é a diferença disso pro discurso marxista? O sistema monetário atual tem problemas, mas não os imaginados pelo tal Fresco. "Ele diz que as suas ideias beneficiarão um número máximo de pessoas." Ele pode dizer o que quiser, quero ver ele demonstrar a veracidade das suas idéias. "Ele afirma que as suas ideias originaram-se nos seus anos de formação que foram durante a Grande Depressão." Sei. "Fundamental para o projeto é a eliminação da economia vigente baseada em dinheiro, em favor de uma economia baseada em recursos." O dinheiro é um meio de troca. Na realidade, as pessoas trocam produção por produção. Antigamente, um cara plantava batatas e trocava o excedente com o cara que pescava peixes, esse sistema é conhecido e se chama escambo. Desqualificar o dinheiro por si só demonstra desconhecimento de como funciona a economia. Volto ao assunto.
Wednesday, January 27, 2010
Elenice
Elisário
A nova receita do Domingos de Oliveira
Fiquei tentado a colocar essa "nova receita" entre aspas, mas estou firme na minha disposição de combater o uso indiscriminado de aspas. Por que as aspas? Porque essa "nova receita", publicada hoje no Segundo Caderno do "O Globo", não é muito diferente da receita atual. Primeiro ele diz que "nos países ricos, particularmente Estados Unidos, Índia e Japão, o cinema é uma indústria". Mas a Índia, como o Brasil, está longe de ser um "país rico" e consegue ter uma indústria de cinema. Não sei se rolam subsídios pra Bollywood (a economia indiana ainda é bem estatizada), mas o fato é que os filmes de lá levam os indianos aos cinemas. Depois o Domingos fala que raros filmes brasileiros dão lucro, com as "exceções que em geral não contribuem muito para a cultura do país e seu renome". Ou seja, o cinema que o povão quer ver não serve pro Domingos de Oliveira ou pro "renome do país", mas ele não quer discutir o motivo dos filmes brasileiros não conseguirem competir com os estrangeiros, porque isso "é assunto para homens de negócios, e não para artistas". Claro, a arte está acima dessas discussões comezinhas, não é verdade? "Não é necessário fazer filmes no Brasil. É necessário fazer bons filmes no Brasil." "Bons filmes" pra quem? Quem decide o que é um "bom filme"? "Refiro-me ao filme de arte". Ah bom, agora mesmo que a falta de definições do artigo do Domingos atingiu o estado de arte, olha ela aí de novo. "Ser brasileiro é ser artista". Ô... Depois de dizer que "o povo pobre não sabe o que quer", ele diz que é necessária a criação "urgente" do Ministério da Arte pro povo passar a saber o que quer. Se eu disser que esse é o modus operandi mental de todo autoritário, o Domingos e os seus fãs vão ficar chateados, dizendo que ele, na verdade, é um "libertário". Tá bom então. Com a criação de mais um ministério (deve ser o quadragésimo), a "nova receita" do Domingos de Oliveira é reunir "uma comissão competente" que vai decidir o que vai ser produzido. Qual é a diferença disso pro modelo atual? Ele se antecipa ao que eu disse aqui e vê "o sorriso zombeteiro do burocrata que só pensa nele e nas leis. Mas como vamos saber o que é um filme de arte? A coisa é muito subjetiva, etc. Que comissão julgaria os filmes de arte? " O Domingos faz as perguntas (retóricas) certas, mas se recusa a respondê-las, limitando-se a falar que "qualquer criança, qualquer homem de bem, qualquer pessoa séria, sabe imediatamente distinguir o que é arte e o que não é". Uh lá lá, jogue séculos de discussões morais e estéticas no lixo porque agora está tudo esclarecido. Se "qualquer criança" sabe distinguir o que seria um "filme de arte", que tal dar a uma o comando da tal comissão? Tenho certeza de que ela faria um trabalho melhor do que fazem os burocratas atuais. Ele reconhece que as atuais comissões decidem "buscando a vantagem política e financeira", mas a comissão do Ministério da Arte do Domingos de Oliveira certamente não padeceria desse mal. Por que não? Não se explica, a gente vai ter que confiar na palavra dele. "Não quero perder tempo na explicitação de como seria regulamentada uma política desse tipo, porém quero afirmar que isso é facílimo". Ah sim, um artista não pode perder tempo com esses detalhes, o wishful thinking de um artista parece bastar. "Apesar da imensa simpatia que nutro pela figura vital e máscula do nosso atual ministro, ele luta em uma linha que a prática demonstrou ser fracassada, já que nenhum filme brasileiro realmente se paga". Não sei se a menção ao "nosso ministro" foi irônica, mas o que faz o Domingos pensar que o seu modelo faria o cinema brasileiro se pagar? Quer dizer, as pessoas que fazem o cinema (os atores, produtores, diretores e técnicos) são pagos sim - a fundo perdido - quem não é pago é quem pagou, entendeu? Quem? O povo pobre que não sabe o que quer. Ele encerra dizendo que é "preciso colocar a imaginação no poder, pedir o impossível - já que somos homens razoáveis". Sei que foi um gracejo, mas artistas como o Domingos de Oliveira não parecem ter muito apreço pela lógica, algo que eles devem imaginar ser coisa de "homens de negócios". Mesmo pairando acima dessas considerações terrenas, o homem tem um plano pra salvar o cinema nacional. "Sei que essa colocação escorrerá pela parede da burocracia". Não posso deixar de notar que o tal Ministério da Arte e a sua comissão também seriam burocracias. "Não me importa. Estou certo." Yeah, right.
Tuesday, January 26, 2010
Novamente: o que se vê e o que não se vê
Vou seguir firme no meu intento de divulgar os princípios liberais, tudo aquilo que os chapolins do Fórum Socialista Mundial deploram. Eles seguem lá marchando contra o bom senso e eu seguirei aqui, impávido colosso, em defesa das liberdades individuais. Queria entender, aliás, por que essa reunião da insensatez organizada recebe uma cobertura tão generosa da grande imprensa que a insensatez organizada fecharia na primeira oportunidade que tivesse, enquanto o Fórum da Liberdade - também em Porto Alegre - segue a cada ano passando em brancas nuvens pelos jornais... Deve ser a isenção jornalística, sabe? Vida que segue. Vou tentar fazer um resumo rápido da lição dada pelo economista francês Frédéric Bastiat sobre aquilo que se vê e aquilo que não se vê. Como se vê, a França não dá ao mundo apenas professores de confusão mental, muita gente com a mente clara e objetiva sai de lá também. "Maniqueísmo!" Maniqueísmo, aparentemente, é quando a pessoa tenta dar nome às coisas, quando a pessoa faz um julgamento, algo que os professores de confusão mental franceses acham muito errado, sabe? Onde já se viu fazer julgamentos? O único julgamento permitido por esses grandes pensadores é contra o capitalismo e os EUA, todos os outros julgamentos estão proibidos. Mas voltando ao grande Bastiat (veja que os julgamentos também podem ser favoráveis), o seu o que se vê e o que não se vê trata dos efeitos de determinada política econômica no longo prazo e os custos de oportunidade de uma medida que favoreça algum grupo específico no curto prazo. Esse conceito foi muito bem explorado pelo jornalista econômico Henry Hazlitt no seu "Economia numa única lição", que pode ser baixado aqui (http://www.ordemlivre.org/Henry+Hazlitt+Economia+numa+unica+licao). Por exemplo, o salário mínimo. Não, eu já desisti há muito tempo de tentar agradar todo mundo, fica tranquilo. O aumento do salário mínimo é comemorado como uma grande política social (socialista) do governo. Claro, quanto mais as pessoas ganharem, melhor. Concordo com isso, mas o efeito que não se vê do salário mínimo é o aumento do desemprego e a informalidade. Se o empregado não der um retorno de mais de mil reais em produtividade (500 reais, mais encargos), ele simplesmente não vai ser contratado. Ou seja, a conquista social (socialista) do salário mínimo coloca mais da metade da mão de obra ou no desemprego ou na informalidade. Isso é o que não se vê na, dizem, avançada legislação trabalhista brasileira que é, veja você, herança do ditador Getúlio Vargas que, por sua vez e nunca é demais lembrar, se inspirou na Carta del Lavoro de Mussolini. Não é tudo muito lindo? Outro exemplo: os industriais brasileiros se reúnem com seus lobbies (FIESP e etc) e pressionam o governo ($$$) pra que se "protejam os empregos da indústria nacional". Então o governo, sempre muito camarada, impõe barreiras de importação, poupando a indústria brasileira da concorrência e preservando aqueles empregos. Isso é o que se vê. Os sindicatos e os industriais daquela categoria específica soltam fogos por ter garantida, na prática, uma reserva de mercado. O que não se vê é que todo esse subsídio é feito às custas dos consumidores que terão que pagar mais caro por aqueles produtos. Se economizassem ali, poderiam ser criados outros empregos acolá. Não apenas vão pagar mais caro como terão produtos de qualidade inferior. Como a economia mista em que vivemos é um campo fértil pra tomada do estado pelos grupos de pressão, dá pra aplicar o ensinamento de Bastiat a cada lei que não seja válida para todos. Cada capitulação da legislação a esse ou aquele lobby joga por terra a igualdade perante a lei e beneficia uns às custas de todos os outros. Mas por que isso acontece sem muita oposição? Porque os benefícios são concentrados e visíveis (o que se vê), enquanto os malefícios são espalhados e invisíveis (o que não se vê).
Monday, January 25, 2010
O que acontece com os presidentes do Fed?
O Alan Greenspan era da turma da Ayn Rand, citava Mises e defendia o padrão-ouro, mas quando virou presidente do Fed esqueceu tudo o que professou e se tornou um keynesiano de coração. "Sim, vou zerar a taxa de juros e provocar abundância instantânea com pleno emprego." Keynesianismo é prestidigitação econômica, trapaça intelectual que interessa ao governo porque assim ele tem uma desculpa teórica pra gastar por conta e adiar a recessão até a próxima eleição. O lance é que o dinheiro artificialmente barato da doutrina que coloca o consumo antes da produção tá levando o dólar e os EUA ladeira abaixo. Não é exagero não, eles tão com uma dívida enorme que alguns imaginam impagável, sem falar no risco de inflação. Se o Greenspan era o que era e fez o que fez, por que esperar algo diferente do atual comandante do Banco Central americano? Em 2002, quando já trabalhava no Fed, Ben Bernanke disse o seguinte: "the U.S. government has a technology, called a printing press (or, today, its electronic equivalent), that allows it to produce as many U.S. dollars as it wishes at essentially no cost. By increasing the number of U.S. dollars in circulation, or even by credibly threatening to do so, the U.S. government can also reduce the value of a dollar in terms of goods and services, which is equivalent to raising the prices in dollars of those goods and services. We conclude that, under a paper-money system, a determined government can always generate higher spending and hence positive inflation." (http://mises.org/daily/4059). Ou seja, a sua fala em 2002 não seria diferente da minha própria hoje. Aí o cara assume e imediatamente liga a impressora na velocidade da luz. Não quero colocar a boa fé dessas pessoas em dúvida, mas seria legal perguntá-las sobre o que realmente aconteceu entre esses dois momentos.
A dinâmica de uma economia mista
Pra alegria dos cultuadores do meio-termo, o Brasil tem hoje uma economia 50% capitalista, 50% socialista e 100% irracional. Ok, foi apenas uma frase de efeito, deixe-me recomeçar. Não há um capitalismo laissez-faire e nem aquele socialismo que estatiza todos os meios de produção, claro, porque os governantes já perceberam ser muito mais jogo deixar esse naco de capitalismo na mão dos seus eleitos, aqueles amigos que bancam as campanhas desses seres abnegados que são os políticos. Uma vez no poder, os governantes iniciam as suas parcerias público-privadas com aqueles que sempre acreditaram neles: dar e receber, eis um mecanismo que funciona às mil maravilhas na administração pública. Há diversas maneiras de se favorecer os eleitos dos eleitos. Pode ser através do fornecimento de crédito subsidiado pelo BNDES ou pelo Banco do Brasil, o que me lembra, aliás, que o governo controla mais de 40% da atividade bancária brasileira (não vou escrever "tupiniquim", sorry), fazendo do estado o maior banqueiro do país. We are living indeed on a savage laissez-faire capitalism, you know? Se não for através do crédito subsidiado que, não custa lembrar, é custeado pelo feijão do povão, o governo pode implementar uma "política industrial" que cria tarifas protecionistas, protegendo os eleitos dos eleitos da competição. As leis antitruste foram criadas pra - nominalmente - impedir a formação de cartéis e monopólios, mas depois de algumas leituras e o auxílio da lógica você percebe que o maior indutor aos cartéis e monopólios é justamente o governo. O governo, também não custa lembrar, é ele próprio o maior monopolista que existe, mas é um monopólio pro nosso próprio bem, sabe? Se não há barreiras impostas de cima pra baixo e a taxa de retorno do negócio é alta, o que impediria a entrada de novos concorrentes? Nada, só o governo tem esse poder, o de escolher os vencedores e os perdedores. Mas tudo bem, alguém tem que controlar esse mercado malvado, não é verdade? Então a gente sanciona feliz o controle das nossas escolhas pelo estado, ele é naturalmente benevolente e pensa apenas no bem comum, como todas as pessoas de boa vontade estão cansadas de saber. Mas não é apenas nos bancos e indústrias que a economia mista faz a alegria da garotada. Se o meu filme com orçamento de 1 milhão de reais não é viável comercialmente, eu posso contar com o carimbo de algum burocrata de alguma estatal. Não, eles não vão patrocinar ("eles" uma ova, porque aquele dinheiro é, pelo menos em tese, de todos) o meu filme que questiona essa estatal de coisas. Nada é perfeito, realmente. Mas se eu quiser fazer um filme cantando as maravilhas do estatismo ou os horrores do capitalismo, não vai faltar dinheiro, after all, the money follows the power who follows the money. É um ciclo virtuoso pra uns, vicioso pra outros. O importante é que todos os negócios estejam sendo controlados com rédea curta pelo estado e os seus valorosos fiscais. Aliás, quem fiscaliza os fiscais? "A democracia." Sei, a vontade da maioria. Se a maioria, por ventura, quiser escravizar a minoria, vai estar tudo certo pra você? Ah tá, tem certos limites que a maioria deve observar. Sei, quais limites? A função social (socialista) da propriedade? Tudo bem que você não concorde com o que estou dizendo, o estado deve mesmo regular a vida em sociedade, mas que tal embasar essa tese com argumentos longe do "é assim porque é assim"? "Somos funcionários públicos", disse o Caio Blat, um ator muito celebrado pelos cadernos de cultura. O que esperar de uma arte feita por funcionários públicos? Eis mais uma das maravilhas da economia mista, meus amigos. A castração, na fonte, de qualquer questionamento mais profundo e calcado em princípios. Que princípios? Vivemos na era do "pragmatismo", o que significa mais ou menos a celebração de qualquer coisa que funcione pra quem está no poder, deu pra entender? "Pragmatismo" pode ser X ou Y, mas é reconhecido como o posicionamento filosófico mais maduro nos dias de hoje e é o que possibilita o triunfo avassalador da economia mista. Como os princípios foram varridos pra debaixo do tapete, as pessoas ficam então se manifestando politicamente da mesma maneira que se movem as baratas tontas pelo DDT. Vão prum lado ou pro outro na base das emoções do momento, guiadas por slogans, pela propaganda oficial ou pelos seus interesses mais imediatos, pra quê ter uma visão de mundo coerente e consistente, não é verdade? Isso é coisa de fanáticos radicais.
Friday, January 22, 2010
A falácia e a sabedoria do meio-termo
"Importa aos liberais combater esse tipo de atitude por ser ela utilizada para combater posições políticas ou econômicas fundamentadas em primeiros princípios. Diz-se que libertários são marxistas com os sinais trocados, que são tão utópicos quanto aqueles que pretendem combater, que pregam o fundamentalismo do mercado, o radicalismo da liberdade desgovernada. Talvez. Mas a não ser que se discutam os fundamentos do mercado e a veracidade das premissas e dos argumentos dos liberais, a presunção da sabedoria da moderação não passa de uma falácia ad temperantiam. Como se, entre duas idéias opostas, entre duas posições radicais, o meio-termo fosse necessariamente verdadeiro, substancialmente a melhor prática. Quem é que nunca ouviu algo parecido com “entre capitalismo radical e o comunismo totalitário, fico no meio termo, com um socialismo de mercado, ou um capitalismo bem regulado”?" - Diogo Costa (http://www.ordemlivre.org/textos/852).
Questão de gosto: o que é e o que não é
O textinho sobre o Paulo Coelho rendeu boas discussões, mais do que rendem os posts que faço sobre princípios e conceitos abstratos, porque determinar o que é bom ou ruim na arte é mesmo um dos passatempos mais apreciados pela garotada. Não me excluo não, faço parte da garotada também. O Paulo Coelho não é uma unanimidade do contra, obviamente, se 1 milhão de pessoas não gostam do que ele faz, outras tantas gostam. Quando a coisa só afeta você e o objeto da sua adoração ou danação, pode-se dizer que é só uma "questão de gosto", quando a coisa coloca o dos outros na reta, o bicho começa a pegar. Por exemplo: você gostar da banda Carrapicho não me afeta tão diretamente que me faça perder tempo e neurônios apontando as minhas diferenças com a estética Carrapicho. Foda-se se eu acho aquelas roupas ridículas. Mas se o governo acha que, por ser uma das favoritas do povão, a banda Carrapicho merece receber subsídios, aí sim vou gastar o meu tempo e os meus neurônios criticando isso. Se você acha justo que o estado patrocine essa ou aquela estética, a coisa transcende em muito a "questão de gosto", porque essas políticas afetam a todos, gostem ou não do Carrapicho. Deu pra entender a diferença? Claro que as pessoas continuam tendo a liberdade de criticar o Paulo Coelho, a banda Carrapicho ou a Maria Gadú, que bom que a liberdade de expressão ainda existe, não é verdade? Mas não há crítica que apele ao "bom gosto" capaz de fazer o Zé das Couves deixar de bater forte o tambor ao ouvir a sua banda favorita, aquela que o faz balançar o esqueleto. Não adianta eu apresentar a ele o som da minha banda favorita de post-rock, ele não tem a mesma personalidade e o mesmo background que eu, por isso que o valor é subjetivo e depende da avaliação individual de cada um. Um abadá pode valer milhares de reais porque existem pessoas dispostas a pagar esse preço pra suar e beijar muuuito no carnaval da Bahia, enquanto o meu interesse pelo abadá é bem reduzido. Claro que se me oferecessem um abadá de graça, ele me interessaria, porque eu poderia vendê-lo e, com esse dinheiro, suprir as minhas próprias necessidades estéticas. Então o camarada pode lamentar o quanto quiser o "mau gosto" do povão, mas não tem o direito de impor ao povão o que ele acha ser o "bom gosto", da mesma maneira que o governo não tem o direito (em tese, porque a prática diz o contrário e por isso mesmo que insisto no assunto) de usar o dinheiro do povão pra patrocinar o que ele considera bacana. Imagine por um segundo que é eleito um governo com um gosto indie. Esse governo quer estimular o povão a consumir coisas indies - de "bom gosto" - e deixe de ir ao funk ou ao forró e passe a frequentar a festa Maldita na Casa da Matriz. Pra isso, ele passa a subsidiar com o dinheiro do feijão do povão essa festa e toda a cena indie carioca. Os produtores indies vão adorar essa força do poder público, vão ter mais recursos pra incrementar a cena que o governo considera muito maneira, mas isso torna a coisa justa? É justo usar o recurso dos outros pra beneficiar esse ou aquele tipo de manifestação estética? Sim, estou questionando toda a política cultural brasileira, se a mensagem ainda não ficou clara o suficiente.
Thursday, January 21, 2010
A report from the monkey 2
"Não tem parada que não pode", disse o D2. Até concordei, mas é óbvio que essa frase tem problemas. Como assim "não tem parada que não pode"? Eu posso agredir, roubar e matar os outros? Claro que não, ele queria dizer que não tem parada que eu não possa fazer contanto que essa parada não entre em conflito com a parada dos outros. Tipo, sei lá, fumar maconha. "Mas fumar maconha alimenta o tráfico que me prejudica com a violência". Pense bem, meu camarada, o tráfico só existe porque a parada foi proibida antes, sacou? So pass da mike, yo.
Aos meus amigos progressistas
"Qualquer um que se atreva a defender os princípios liberais numa sociedade como a nossa, onde o discurso prevalece sobre as atitudes e as versões têm peso maior do que os fatos, é imediatamente tachado de egoísta, ganancioso, sem coração e outras alcunhas não menos abjetas. Caso você não acredite realmente naquilo que advoga, o fardo das críticas – talvez o mais correto fosse dizer censura – pode ser muito pesado, especialmente quando partem de pessoas que nos são caras. É a esses que dirijo estas linhas, na esperança de que possam entender um pouco melhor o meu pensamento. Não raro, vocês progressistas consideram-se mais humanos que os demais. Não duvido das boas intenções de alguns, embora, como muito bem resumiu Doug Carkuff, dada a História da humanidade, seja preciso ser meio obtuso para acreditar que o coletivismo, de qualquer tipo, possa gerar algum resultado que não miséria e sofrimento, principalmente para os mais vulneráveis. Malgrado as lições da História, vocês não parecem capazes de enxergar as implicações e as consequências não intencionais da sua filosofia. Para a maioria de vocês, tudo parece girar em torno de como se sentem sobre si mesmos e do senso de justiça que a sua “generosidade” lhes proporciona. Como bem escreveu Bastiat, apesar de não fazermos uso dessas palavras rotineiramente, nós liberais também saudamos com emoção as virtudes da caridade, da solidariedade e da justiça. Consequentemente, desejamos ver os indivíduos, as famílias e as nações associarem-se e cada vez mais ajudarem-se mutuamente. Comovem-nos, tanto quanto a qualquer mortal de bom coração, os relatos de ações generosas e a sublime abnegação de algumas belas almas em prol dos mais necessitados. Além disso, a maioria de nós quer muito acreditar nas boas intenções desses intelectuais e políticos da esquerda, que pretendem extinguir dos corações humanos o sentimento de interesse, que se mostram tão impiedosos com aqueles que defendem o individualismo e cujas bocas se enchem incessantemente das palavras abnegação, sacrifício, solidariedade e fraternidade. Queremos sinceramente admitir que eles obedecem exclusivamente a essas sublimes causas que aconselham aos outros; que eles dão exemplos tão bem quanto conselhos; que colocam as suas próprias condutas em harmonia com as doutrinas que defendem; queremos muito crer que suas palavras são plenas de desinteresse e isentas de hipocrisia, arrogância, inveja, mentira ou maldade. Vocês também nos acusam de utópicos. Nada poderia ser mais errado. É engraçado que justamente aqueles que pensam poder moldar e regular, nos mínimos detalhes, as mais complexas sociedades, nos acusem disso, sabendo que o liberalismo é a única doutrina política e econômica que realmente leva em conta os vícios humanos – e não apenas as nossas virtudes –, a ponto de estabelecer, como um princípio, que não se pode dar a nenhum homem poder para dirigir as vidas de outros homens. Utopia, meus caros, é acreditar que os indivíduos são incapazes de governar as próprias vidas, como muitos de vocês progressistas acreditam, mas são capazes de governar a vida dos outros." - João Luiz Mauad (http://www.midiaamais.com.br/cultura/2243-aos-meus-amigos-progressistas).
Bode expiatório: Paulo Coelho
O sucesso é uma bênção e uma maldição. O Paulo Coelho ficou milionário e recebe honrarias em todo mundo, mas existe algum escritor mais execrado do que ele no Brasil? Quando nego quer dizer que algum livro é ruim, lá vem a comparação com Paulo Coelho. Academia Brasileira de Letras? "Lixo, o Paulo Coelho tá lá." Que audácia a dessas pessoas que compram livros com mensagens edificantes de auto-ajuda, não é verdade? Onde está o desprendimento dos leitores em destrinchar as experiências de linguagem do meu autor de estimação? Ou melhor, por que ele não gasta o seu desprendimento e o seu rico dinheirinho com as minhas próprias histórias? "O QUE FALTA É EDUCAÇÃO!" Um mundo injusto, sem dúvida, onde ainda há, pelo menos, espaço pro exorcismo do ressentimento como crítica. Não tem nada de ressentimento na sua crítica, ela é imparcial e leva em consideração apenas a qualidade literária do autor? Tá bom então, estou apenas elocubrando.
Tuesday, January 19, 2010
O desejo mimético do Sol
Entro numas epifanias solitárias e escuto uma música. O troço me pega de surpresa e emociona. Ah, tenho que compartilhar este grande momento da civilização ocidental com os meus amigos das redes sociais, por que não? Que diferença faz pros outros se eu gosto ou não de Breeders? Mesmo assim, você quer deixar registrado. "Olha aqui, eu gosto de Breeders, tá me entendendo? O meu bom gosto me torna uma pessoa especial." Claro, mas quem define qual é o "bom gosto"? Como ficar só explanando coisas que deixam as suas barreiras emocionais meio desguarnecidas não cobre todo o espectro e todas as matizes da sua personalidade, você também divulga vídeos com intenções satíricas, sarcásticas até. Note que eu estou escrevendo num fluxo contínuo e divulgar isso também faz parte do desejo mimético. Então quando um camarada escreve no Facebook que o seu ventilador está precisando de uma chance, as minhas sinapses se juntam em polvorosa me comunicando que está na hora de manifestar ao mundo o meu lado sacana e picaresco. Você não fala apenas de liberalismo, não é verdade? Você é um cara bem humorado e de bem com a vida que sabe dar boas risadas às custas de algum bode expiatório.
O socialismo vaselina
Follow the logic, grasshopper: "movimentos sociais" significam, na verdade, movimentos socialistas. "Justiça social" quer dizer justiça socialista. Toda justiça é social, todo movimento é social. Se vivemos em sociedade, todas as relações são "sociais". Pode me chamar de mccarthista, não me importo em ser identificado como anti-comunista. Só que não sou contra apenas essa caricatura do comunismo implantado na base da porrada que deu tão certo no século passado. Sou também contra esse socialismo vaselina que domina o debate político nacional, sou contra esse espectro ideológico criado pelo hospício mental brasileiro que vai do estatismo light ao comunismo hard, como se o oposto de um comunista fosse um fascista, ignorando-se convenientemente o capitalismo liberal como a verdadeira oposição "a tudo isso que está aí". Um esquerdista puro-sangue como o Serra parece ser o máximo de "liberalismo" permitido por aqui. Quer dizer, deixa o PSDB ganhar a próxima eleição pra gente ver como se comportam os "democratas" do PT e as suas pontas de lança no sindicalismo e nos movimentos socialistas. Vai ser um verdadeiro espetáculo de tolerância e cidadania, porque o que importa é o povo, o bem comum, o interesse público ou qualquer outro conceito inventado pelos do-gooders pra justificar o desrespeito dos direitos individuais em favor dos donos do poder.
Monday, January 18, 2010
"A cultura é um serviço público"
Li outro dia: "A cultura é um serviço público". O povo que vive de patrocínio estatal não gosta quando questionam as leis de incentivo, afinal, "a cultura é um serviço público" e dar 1 milhão de todo mundo pra Fulano fazer um filme é um custo que aparentemente se justifica por si só, sem maiores discussões. Mas pra que o estado possa elevar o espírito de todo um povo através da natureza benevolente e altruísta de suas ações, ele tem que escolher antes quem vai receber esse apoio, não dá pra dar dinheiro pra todo mundo que faz arte, a capacidade de expressão das pessoas é praticamente infinita, mas os recursos são limitados. Tem que ter muito critério, é delicado exercer tanto poder, não é verdade? Mas certos artistas - imbuídos daquela centelha criativa e visionária que move as grandes realizações - consideram não só justo como imperativo que as suas criações sejam patrocinadas a fundo perdido pelo feijão mais caro do cidadão que gosta da banda Carrapicho. É uma imagem forte, eu sei. "Cultura é um serviço público"... Quase caí pra trás quando li essa. Os jornais tentam entender como é que essa política cultural tão consensual entre os homens de boa vontade não deu certo e os filmes continuam não se pagando. "Como é que o filme dos esquilos deu mais público que o do Lula?" Até um esquerdista flamboyant como o Gore Vidal sabe que o estado não deve se meter com arte. Um outro famoso do teatro foi também chorar as pitangas dizendo que "o patrocínio só paga a produção, e o resto da temporada, como é que fica?" O que mais esses caras querem? Que o "contribuinte" banque a produção, a temporada e o leite das crianças dos envolvidos e de seus herdeiros até a quarta geração? Como é que fica o artista que questiona o poder do estado? Você acha que o burocrata da Petrobras - entre os milhares de projetos que recebe - vai selecionar algum que questione a sua função? É justo que uma pessoa tenha tanto poder sobre os recursos dos outros? O que é que a classe artística brasileira pensa a respeito dessas questões?
Brasil, a vanguarda do mundo
No editorial de hoje no "O Globo", dizia-se que "querer identificar hoje na sociedade brasileira alguma força política importante a favor do 'Estado Mínimo' é falta de informação, muita esperteza ou ambos". Depois o editorialista falava que a questão não era bem entre estados mínimos ou máximos, mas entre estados eficientes e ineficientes. Concordo que não exista força política importante a favor do estado mínimo no Brasil hoje, mas discordo que esse ponto não seja crucial. Toda discussão sobre a forma como o poder deve ser exercido passa pela questão se o estado deve ou não atuar nessa ou naquela área. O debate político por aqui é atrasado e disso não há dúvida, este país é o que é não é à toa. Os partidos no Brasil ficam disputando pra ver quem é o mais demagógico e o resultado tá aí pra quem quiser ver. Mas se os liberais não têm representatividade política hoje, isso não significa que essa situação seja eterna. Nos EUA, libertários como Ron Paul e Peter Schiff fazem algum barulho e a tendência é que cresçam ainda mais, questionando justamente os consensos que se formaram a respeito do estado-faz-tudo que envenenou as bases construídas pelos Founding Fathers. Se essa reação ao controle estatal está acontecendo agora nos EUA, dá pra prever - de acordo com a nossa tradição vanguardista - que o mesmo pode acontecer por aqui daqui a uns 20 anos. Pode demorar, mas vai chegar.
A report from the monkey
Alô, alô, a moda parece uma conspiração entre gays e mulheres contra os homens. Não, isso não é justo, deixe-me reformular. A moda parece uma conspiração entre gays e mulheres pra trazer mais glamour e beleza ao mundo enquanto o homem atua como provedor e beneficiário. Ixi, isso é muito anos 50, deixe-me reformular novamente.
Friday, January 15, 2010
Os gigantes do século 25
Esta notícia mostra que as pessoas estão cada vez mais altas (http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,186,2472630). Provavelmente mais gordas também, são os efeitos colaterais da prosperidade. A pessoa tem acesso a mais proteínas e nutrientes e o corpo responde ao longo do tempo. Não se pode culpar o sistema econômico por disponibilizar os bens que alguns usam de forma abusiva, é como dizer que o homem estava melhor antes de ter inventado a roda, porque naquela época ninguém morria atropelado. Pro bem ou pro mal, não importa o juízo de valor que se faça da evolução, ela também se aplica aos humanos. Segundo a wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolução_Industrial), os humanos tinham uma altura menor no final do século 18 do que no século 12, e só depois da industrialização que a altura começou a subir continuamente até os dias de hoje. Se certos pendores feudalistas e ludistas não forem pra frente, é possível imaginar que dentro de poucos séculos a altura média da população atingirá os 2 metros, por que não? Um crítico do consumismo poderá acrescentar novamente que teremos gigantes bem gordos, como o Michael Moore, um dos mais famosos críticos do que ele chama de "capitalismo", que - parece - o alimentou muito bem. O darwinismo nem fala tanto em competição (me corrija se eu estiver enganado), mas em adaptação. Pode-se traçar um paralelo com o que acontece com o atual sistema econômico que predomina nos EUA e no Brasil, o corporativismo. A competição pelos consumidores que caracterizaria o capitalismo é substituída pela competição pelos favores do governo (http://www.youtube.com/watch?v=QI4MC304yUU). Os que conseguem ter influência ($$) junto aos donos do poder, prosperam (subsídios, restrições de importação, leis que limitam a concorrência, etc); os que não conseguem, definham. Até na evolução os políticos e burocratas interferem, pode acreditar. Claro, não interferem de graça, porque são as próprias pessoas que os colocam lá. Mesmo assim, os humanos não só ficam maiores como podem - por que não? - aumentar as suas capacidades cognitivas ao longo do tempo. Este filme não concorda comigo (http://www.imdb.com/title/tt0387808/), mas sou um otimista. Não há quem acredite que o homem foi criado do jeito que ele é hoje, sem mudança alguma ao longo de milênios. Estou assumindo, obviamente, que você não é um criacionista, um cientologista ou algo do tipo. Não que esses não participem também da evolução, o fazem sob protesto, mas participam da festa da vida tanto quanto eu ou você.
Sorrateiro ou Sô Rateiro ou Só no Rateio
Se eu lesse o que escrevi abaixo vinte anos atrás, ia pensar: "Que escroto!" Eu já era eu, mas não era ainda eu, entendeu? Exatamente, estou me justificando. Quero deixar registrado, ora bolas. Sou daquelas pessoas que acham que as idéias podem fazer diferença, viu como eu introduzi o tema da liberdade de expressão de modo sorrateiro? O Reinaldo Azevedo pode ter leitores, mas não tem o monopólio do assunto, ele sabe disso. Como eu ia dizendo, foi lançado pelo governo aquele Programa de Direitos Humanos que o Lula assinou sem ler, foi ele quem disse que não assinou, quer dizer, não leu. Entendeu? O pau comeu. Querem controlar os meios de comunicação, está claro no documento. Mas do que eu tava falando mesmo...? Da solidariedade. Não acho que seja uma boa idéia dar ao governo o poder de tirar de uns pra dar pra outros. Você pode achar que é uma boa idéia um programa de renda mínima e eu vou respeitar a sua opinião, porque não quero te cassar o direito de poder se expressar, viu como eu voltei sorrateiramente praquele tema da liberdade de expressão do Programa de Direitos Humanos do PT? Se não houver oposição, a natureza socialista do PT vai conduzir o Brasil a um nível de totalitarismo jamais visto por aqui. Tô exagerando? Continua votando nesses caras pra você ver. Sim, isso é uma ameaça. haha
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