Wednesday, December 30, 2009
"O Globo" e a mentalidade dominante
Cada vez menos pessoas lêem jornais, mas eles continuam sendo uma boa amostra do que se pensa por aí. Uma pessoa que lê jornal é considerada, em relação à média, alguém com uma boa formação intelectual, alguém capaz de influenciar a visão de mundo dos outros. Então vou comentar aqui algumas notícias e opiniões dos principais jornais brasileiros, começando pelo "O Globo" de hoje, 30 de dezembro de 2009. A parte de Ciência tem se dedicado há alguns anos a propagandear a tese do aquecimento global antropogênico. Quem lê apenas o "O Globo" fica com a impressão de que os únicos a questionar essa tese são pessoas egoístas com interesses econômicos inconfessáveis, ao contrário dos seus proponentes, altruístas que não têm interesse pessoal algum a não ser salvar o planeta enquanto é tempo. (http://www.midiaamais.com.br/ambientalismo/1917-climategate-siga-a-trilha-do-dinheiro) (http://www.midiaamais.com.br/ambientalismo/1965-outra-fraude-ambientalista) Chegando à seção de Negócios, há uma entrevista muito laudatória com o presidente do Banco do Brasil. A repórter trata o banco público como se a concorrência com os privados fosse igual e diz que "o Banco do Brasil se destacou no pós-crise pela oferta de crédito num período de completa escassez. Ganhou 2% de participação no mercado". Claro, é fácil subsidiar o crédito quando você controla a oferta monetária, não é verdade? Todo o sistema bancário é um cartel controlado pelo governo, mas isso a repórter não diz. "Porra Sol, o 'O Globo' não é um veículo libertário!". Eu sei, estou aqui justamente pra apontar que ele está ali defendendo os seus interesses, inclusive o de não comprar briga com quem manda no dinheiro. Um jornal libertário diria que não deveria existir banco público de espécie alguma, seja um que cartelize a atividade bancária e controle a emissão monetária (Banco Central), um que dê crédito subsidiado aos amigos do rei (BNDES) ou um que faça populismo demagógico com o dinheiro dos outros (Banco do Brasil). Esses instrumentos dão um poder imenso aos políticos e burocratas e, a não ser que você assuma total honestidade e conhecimento desses agentes, isso é arbitrário e perigoso. Depois a Míriam Leitão comenta a eleição do Ben Bernanke, atual presidente do FED, como "homem do ano" pela revista Time. Alan Greenspan também foi eleito várias vezes "o homem do ano", até que a sua política de juros artificialmente baixos causou a atual crise. Mas essas revistas fizeram um mea culpa? Not even close, elegeram como "homem do ano" o sucessor que está fazendo exatamente o mesmo que Greenspan, praticamente zerando os juros e preparando o terreno pra próxima bolha, que - quando estourar - será debitada naturalmente na conta da "desregulação do mercado" pelos estatistas que comandam essas publicações. A Míriam termina dizendo que "o ano termina sem o medo de uma depressão, mas com a sensação de que os dilemas da crise foram apenas adiados e que o resgate à moda Bernanke confirmou a ideia de que no mercado financeiro os lucros são privados, os prejuízos públicos". Sim, os lucros são privados, mas a articulista se esquece de dizer que esses "privados" são aqueles que vivem em simbiose com os representantes públicos, os políticos e os seus bailouts de trilhões de dólares. Por que não se questiona a raiz disso tudo? Não parece razoável inferir que - havendo os instrumentos pra isso - os políticos teriam todos os incentivos pra beneficiar aqueles nobres patriotas que bancaram as suas eleições? Se concentram num sintoma e esquecem de apontar a causa. No Segundo Caderno, o Artur Xexéo publicou uma carta inacreditável mandada pela Fernanda Young, muito irritada por ter sido uma das eleitas como "mala do ano". Sempre que alguém metia o pau nela, eu tendia a defendê-la, pelo menos mentalmente. Mas a prepotência joselita da sua carta ao Xexéo era tão grande, mas tão grande, que faço aqui o mea culpa, ela é mesmo uma "mala". Bonitinha, mas "mala". O jornal pode ser um grande instrumento na manutenção do status quo, mas pode ser divertido também. Como estamos num caderno brasileiro de cultura, a relação com o estado é onipresente. Lá está a manchete: "Lula sanciona Simples da Cultura". Acho ótimo que o governo diminua impostos e burocracia, acho terrível que ele tenha o poder de agradar esse grupo ou aquele, dependendo do seu interesse. Todos ficam reféns do estado e o iluminado da vez ainda sai na foto como um benfeitor das artes. O Lula, aliás, deve ter um índice de aprovação entre a "classe artística" maior do que o que tem no nordeste, ou seja, beirando os 95%. Quem vai falar mal do governo se depende da aprovação dele pra viabilizar os seus projetos? Pra fechar o caixão da cultura, uma entrevista muito favorável à comunista do Brasil Jandira Feghali, secretária municipal da cultura. Na editoria Rio: "4 mil máquinas caça-níqueis são destruídas no Rio". Não encontrei uma palavra melhor que "estupidez" pra qualificar a guerra contra o jogo empreendida pelas autoridades. Guerra contra o jogo que não seja estatal, bem entendido, porque o governo não admite concorrência. Tá lá a escavadeira esmagando as máquinas e ilustrando toda a imbecilidade (vou controlar a minha adjetivação) que norteia a política que tenta nos proteger de nós mesmos. É o contrário, meu povo, a gente é que tem que se proteger contra o governo, é contra ele que a nossa desconfiança deve estar voltada. Ou vocês não têm ainda exemplos o suficiente de mau trato da coisa pública? Por que o jogo do bicho é proibido? Por que os cassinos são proibidos? Por que os bingos são proibidos? Eu queria proibir o estado de dizer onde eu posso gastar o meu dinheiro, mas tá difícil. Como o Réveillon se aproxima, já estão sendo montados os palcos oferecendo o circo pro povo em Copacabana. Claro que as pessoas que moram por ali e não estão interessadas em confraternizar com milhões de desconhecidos de branco não gostam tanto assim da idéia, mas se a maioria gosta, o que há de se fazer? Tapem os ouvidos e os narizes, porque aquilo ali vai virar um banheirão. "Fiscalização da Lei Seca será reforçada nas festas de fim de ano" Por que seria diferente? Os agentes da lei também são filhos de deus e merecem fazer uma caixinha, tudo pelo bem comum, obviamente. Outra coisa que me alegrou sobremaneira foi a decisão da prefeitura em proibir o churrasquinho no Piscinão de Ramos. O poder público gosta tanto de pobre que o proíbe de comer o seu tira gosto favorito. Se não fosse pelo poder público, os pobres sairiam por aí se intoxicando, porque é isso o que os dementes e os incapazes fazem, não é verdade? Obrigado mais uma vez por me proteger de mim mesmo, senhor prefeito. Sim, sou pobre também, quer ver a minha conta? O Réveillon da Barra também suscita polêmicas. A questão é: rave ou pagode? Nem passou pela cabeça da reportagem dar uma outra opção: música alguma, silêncio. Que tal? Por que o pessoal que mora na orla tem que aturar música alta, qualquer que seja o gênero? Esse bundalelê carioca que vai do Natal até o Carnaval deperta em mim os instintos mais primitivos, tenho que admitir. Tentando ignorar - com todo o respeito - a coluna e o mulato do Gois, chego à notícia que pra mim simboliza a administração municipal: "Prefeitura convoca o Cacique Cobra Coral". Querem evitar a chuva na virada do ano através de uma médium. É pra essas e outras que vai o dinheiro do seu imposto, nobre "contribuinte". Une-se o poder da força (estado) com o poder do misticismo (Cacique Cobra Coral) pra dar um pouco mais de racionalidade numa festa que sempre se notabilizou pelo seu apelo científico, como diria Iemanjá. Nas páginas de opinião, o Elio Gaspari segue cometendo os seus artigos. No último, ele dá uma forcinha pra que o Obama consiga transformar o sistema de saúde americano numa espécie de SUS estadunidense. "Saúde de graça para todos", é o que o SUS promete. O que ele entrega não interessa aos bem intencionados dizer, porque saúde, educação, lazer, moradia são direitos de todos e ai de quem questionar o conto de fadas em que esses paladinos da justiça social vivem. É, tomara que os EUA imitem o SUS, talvez assim eles saiam da estagnação tecnológica em que se encontram e sigam os gloriosos passos do Brasil nessa área. A humanidade e o Elio Gaspari agradecem. Sobre o ataque a brasileiros no Suriname, um antropólogo diz que o fato tem a ver com o "tráfico de brasileiros". Como é que se "trafica" um ser humano? Se a pessoa está indo contra a sua vontade, não é "tráfico", é sequestro. Se está indo voluntariamente, não há "tráfico" algum - como se a pessoa fosse um objeto sem vontade própria - há apenas a imigração ilegal. E pra completar, a treta da época da ditadura militar entre as forças armadas e os comunistas. Como um companheiro dos comunistas conseguiu ascender ao poder, eles trataram de colocar as manguinhas de fora e conseguiram indenizações milionárias por terem tentado transformar o Brasil numa ditadura do proletariado. Como dinheiro não é o bastante, agora instituíram uma Comissão da Verdade (http://pt.wikipedia.org/wiki/Minist%C3%A9rio_da_Verdade_%281984%29) pra se vingarem de vez dos militares que frustraram os seus planos totalitários. Uma ditadura militar desastrada, como não poderia deixar de ser, mas menos nefasta do que seria com a vitória dos guerrilheiros. Alguma dúvida?
Monday, December 28, 2009
Ouvindo "o outro lado"
Tava conversando com uma amiga jornalista e lá pelas tantas ela questionou a matéria X de um jornal porque "não ouvia o outro lado da história". É o que a gente escuta quando faz um curso de jornalismo: ouvir os dois lados. Só que a imparcialidade jornalística - vou repetir pela milésima vez - não passa de um mito. Qualquer pessoa minimamente treinada e atenta percebe qual o viés que a matéria X tem, qual a tese que ela defende. Eu gostaria de ler no "O Globo", por exemplo, "o outro lado" sobre o aquecimento global. Onde ele está? Não está, porque a direção do jornal decidiu que há um consenso no tema e quem o questiona não faz parte do grupo das pessoas legais e verdadeiramente preocupadas com o futuro do planeta. Então a realidade é que cada veículo tem a sua agenda e tenta convencer o leitor de que essa agenda merece o seu apoio. É assim e é bom que seja assim, qual seria a alternativa? O controle da informação pelo estado? Censura? Na na ni na não. Mas por que eu tô falando disso mesmo...? Ah sim, vou questionar mais uma vez algum "consenso", dessa vez o de que o grande problema do Brasil é a desigualdade social. Tá lá no "O Globo" de domingo o professor-doutor Rodolfo Hoffmann recitando direitinho o que a editoria de economia do jornal queria ouvir e publicar. O professor tem vários títulos em universidades como Yale, USP e Unicamp e as suas fotos na entrevista também tentam dar mais credibilidade à sua autoridade: numa ele está sério, certamente muito preocupado com as desigualdades sociais; noutra ele está rindo, porque apesar de ser um comprometido militante da "justiça social", ele também sabe se divertir e aproveitar a vida. Quem vai dar ouvidos a um chato carrancudo? Mas por que discutir e questionar o discurso contra as terríveis desigualdades? Porque o foco que dão ao problema (assumindo que a desigualdade seja um "problema") está equivocado. Porque quando alguém fala em "justiça social", essa pessoa está invariavelmente falando em socialismo. Porque toda vez que se discute o problema da desigualdade, se está reivindicando o controle da economia pelo estado e isso - no meu dicionário - equivale à escravidão. É muito out ser anti-socialista hoje no Brasil, não? Paciência. O professor-doutor começa louvando os aumentos do salário mínimo. Claro, quem poderia ser contra tal mecanismo? Mas o aumento do salário mínimo é aquilo que se vê. O que não se vê é a informalidade causada pelo custo não só do salário mínimo como de toda legislação trabalhista que coloca cerca de 50% da população economicamente ativa na informalidade. Como essas pessoas se beneficiam do salário mínimo? Não se ouve "o outro lado" nessa questão. Depois o professor-doutor louva o papel dos sindicatos. Claro, os salários aumentam por causa da pressão dos sindicatos, como frear a exploração da mais-valia sem os sindicalistas? Quem sou eu pra questionar o papel benevolente dessas grandes figuras, mas o que fazem os sindicatos? Na realidade, os sindicatos e a legislação herdada do fascismo italiano que os regulam correspondem a garantir aos seus integrantes uma reserva de mercado. É o corporativismo institucionalizado disfarçado mais uma vez com as melhores intenções. O Lula, aliás, tratou de garantir a esse grupo de interesse o imposto sindical obrigatório, tudo pro bem dos trabalhadores, por supuesto. Não são os sindicatos que melhoram os salários, é o investimento per capita e a produtividade do trabalhador. Eu também gostaria que todos ganhassem, sei lá, 20 mil reais por mês com jornadas semanais de 5 horas no ar condicionado com acesso irrestrito a sites pornô, mas não é assim que a banda toca. A situação econômica não melhora com decretos ou wishful thinking, muito menos com a mera distribuição da riqueza existente, como se ela fosse um bolo fixo. A riqueza precisa ser antes criada e isso não é dito pelo professor-doutor, que fala então do tal índice Gini, mais uma picaretagem criada pra justificar o controle do estado sobre a economia. De que adianta a desigualdade ser pequena se todos são pobres? Um "pobre" americano seria classe média no Brasil, e aí? Depois o professor-doutor dá o seu diagnóstico sobre a origem da desigualdade brasileira: a distribuição das terras e a falta de uma "revolução que abalasse os poderes conservadores". Percebe a retórica bolchevique? Mas estou aqui pra isso mesmo, dar "o outro lado" da história - que diria o seguinte: a distribuição de terras pode não ter ajudado, mas o fato do Brasil ter sido um dos últimos países a abolir a escravidão certamente aprofundou essa distância entre ricos e pobres. Os escravos recém libertos partiram então da base e isso não se reverte da noite pro dia. Mas algo que o professor-doutor nem cogitou foi uma política deliberada do governo - executada por décadas - chamada inflação. Ele não mencionou a dita cuja porque deve ser um daqueles acadêmicos da Unicamp que imaginam que exista um trade-off entre inflação e emprego e que a política monetária do Banco Central de juros altos pra conter a inflação é "muito conservadora". Pois foi a inflação permanente que abriu um abismo entre ricos e pobres no Brasil. Ora, os ricos pegavam a sua renda e aplicavam nos bancos, os pobres nem conta no banco tinham e viam a sua renda deteriorar-se diariamente. Se há um programa que ajudou a diminuir a desigualdade de renda no Brasil foi o Plano Real, que acabou com uma loucura inflacionária que - de tão presente - parecia fazer parte da paisagem como o Pão de Açúcar, o Pantanal e a Amazônia. Estou me alongando? Não tem importância. Depois o professor-doutor diz que a solução é "uma reforma da previdência". Qual reforma? Não se diz, mas imagina-se que não se trata de lidar com os rombos seguidos da previdência atual que vão estourar nas gerações futuras, porque isso é papo de "conservador e neoliberal". A taxação progressiva de renda também é uma das dicas do professor-doutor pra tratar do problema da desigualdade. Mas quem ganha mais já paga mais. Se alguém ganha 10 mil e é taxado em 10% da sua renda, paga 1000 reais. Se o camarada ganha 1000 e é taxado também em 10%, paga 100 reais. O que a taxação progressiva incentiva é a evasão fiscal, a fuga da poupança pra lugares mais receptivos ao capital. Se as pessoas com mais dinheiro fogem de um lugar, como é que esse lugar vai enriquecer? Mais uma vez, os professores-doutores imaginam que a riqueza de um país seja um bolo fixo, em que basta o estado benfeitor repartir o bolo de maneira igualitária pra "justiça social" se realizar. Isso é uma simplificação grosseira da realidade, mesmo que parta de alguém com doutorado em Yale ou onde quer que seja. Junto com todas as falácias, reside uma que estranhamente não é citada pelo professor-doutor, mas que é cantada por aí como a panacéia que vai colocar o Brasil finalmente no rol dos países desenvolvidos: a educação. Enchem a boca pra falar em "educação", mas nunca especificam qual educação. Essa aí controlada pelo MEC? Basta enfurnar uma criança numa escola (prisão) e doutriná-la por anos com um currículo imposto pelo estado pro país prosperar? Não se diz, porque não interessa aos apologistas do controle estatal falar, de maneira clara e objetiva, o que pretendem. Tudo é disfarçado com lindas palavras de ordem repetidas ad nauseum pra que não haja resistência às ânsias autoritárias dos planejadores. Não, o que o Brasil precisa é de menos estado e mais liberdade em todos os sentidos. Cuba (sim, é um exemplo sempre ilustrativo) tem milhares de professores-doutores doutrinados pelo non sense marxista que trabalham carregando as malas dos turistas, porque esse é o emprego mais cobiçado e bem pago na ilha-presídio. Educação... No Brasil mesmo está em curso uma banalização do curso superior promovido pelos demagogos de sempre. Daqui a pouco todo mundo vai ter diploma da alguma coisa, que vai ser usado pra tentar passar em algum concurso público, porque são esses os incentivos dados pelo sistema. Um diploma na mão e um emprego voando em alguma repartição. Eis aí "o outro lado" pra quem quiser ouvir.
Thursday, December 24, 2009
Os grupos de pressão
"O homem não é um ser que tenha, por um lado, uma dimensão econômica e, por outro, uma dimensão política, dissociadas uma da outra. Na verdade, aquilo a que comumente se dá o nome de deterioração da liberdade, do governo constitucional e das instituições representativas, nada mais é que a consequência da mudança radical das ideias políticas e econômicas. Os eventos políticos são a consequência inevitável da mudança das políticas econômicas. As ideias que nortearam os estadistas, filósofos e juristas que, no século XVIII e princípio do século XIX, elaboraram os fundamentos do novo sistema político, partiam do pressuposto de que, numa nação, todos os cidadãos honestos têm uma mesma meta final. Essa meta final na qual todos os homens decentes se deveriam empenhar é o bem-estar de toda a nação, assim como o das demais nações. Aqueles líderes morais e políticos estavam, portanto, firmemente convencidos de que uma nação livre não está interessada em conquista. Julgavam a luta partidária algo simplesmente natural, uma vez que lhes parecia totalmente normal a existência de diferenças de opinião no tocante à melhor maneira de se conduzirem os negócios do estado. As pessoas que tinham ideias semelhantes acerca de um problema cooperavam, e a essa cooperação dava-se o nome de partido. Por outro lado, a estrutura partidária não era permanente: não se baseava na posição ocupada pelos indivíduos no conjunto da estrutura social e podia sofrer alterações, caso as pessoas se dessem conta de que sua posição original fundamentara-se em pressupostos errôneos, ou em ideias equivocadas. Desse ponto de vista, muitos consideravam as discussões desenroladas nas campanhas eleitorais e, posteriormente, nas assembleias legislativas, um importante fator político. Não concebiam os discursos dos membros de um congresso como meros pronunciamentos que anunciavam ao mundo as aspirações de um partido político. Viam-nos como tentativas de convencer os grupos adversários de que as ideias apresentadas pelo orador eram mais corretas, mais propícias ao bem comum que outras ideias antes apresentadas. Discursos políticos, editoriais em jornais, folhetos e livros eram escritos no intuito de persuadir. Não havia por que acreditar ser impossível para alguém convencer a maioria da absoluta correção das próprias ideias, desde que estas fossem bem fundamentadas. Foi nessa perspectiva que as normas constitucionais foram formuladas nos órgãos legislativos do princípio do século XIX. No entanto, partia-se do pressuposto de que o governo não iria interferir nas condições econômicas do mercado. Era preciso, também, que todos os cidadãos tivessem um único objetivo político: o bem-estar de todo o país e de toda a nação. E foi precisamente essa a filosofia social e econômica que o intervencionismo veio a suplantar, gerando uma filosofia totalmente diversa. Segundo as concepções intervencionistas, é dever do governo apoiar, subsidiar, conceder privilégios a grupos especiais. O estadista do século XVIII pensava que os legisladores tinham ideias específicas sobre o bem comum. Hoje, entretanto, constatamos, na realidade da vida política - praticamente na de todos os países do mundo onde não vigora simplesmente uma ditadura comunista - uma situação em que já não existem partidos políticos autênticos, no velho sentido clássico, mas tão-somente grupos de pressão." Mises (http://www.mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=44).
Wednesday, December 23, 2009
The Mob
Então eu fico lá falando que as pessoas têm o direito de fazer o que elas quiserem, contanto que não prejudiquem as demais e assumam as responsabilidades dos seus atos. [vocês conhecem a ladainha] É basicamente isso o que eu penso. [não desistiu?] A maioria pode não discordar disso na teoria, mas a prática é outra. [tá se excluindo, mano?] É uma parada complexa e simples ao mesmo tempo, como a evolução. [ih, nada a ver zoar os criacionistas e os cientologistas assim do nada] Você intuitivamente sabe que faz sentido, mas está confuso porque ter algumas certezas virou coisa de maluco. [http://www.youtube.com/watch?v=oRcxtQNzAPk] Claro que a pessoa que diz "não existir uma verdade", não se joga num penhasco esperando voar. [foto] Ela não desafia com o próprio corpo a verdade de que não voamos. [há exceções que lamentamos] Desqualificar a tentativa de se chegar a uma verdade no mundo das idéias é mais fácil e não coloca tanto a vida em risco. [lá vem ladainha] Se bem que a adoção de idéias erradas pode causar um grande risco de vida se você for considerado um dos bad guys ou não concordar muito com o modo como a força está sendo exercida. [há esse risco] Porque a maioria não pode ser critério de justiça. [questionando a democracia?] Há coisas que deveriam independer da opinião da maioria. [o quê, sabichão?] A defesa da vida, por exemplo. [ah, malandro!] A maioria do povo alemão achava que a vida dos judeus não valia muita coisa, e aí? [lá vai...] A maioria da aldeia ianomâmi acha que se nascerem muitas bebês, o sacrifício delas é justo. [tradição cultural, pô!] Certas coisas são inegociáveis porque negociá-las impossibilitaria até mesmo a negociação. [duh!] Quem negocia morto? [mórbido, hein?] O lance é que existem outras coisas que deveriam vir com a sua vida que são excessivamente perturbadas pelo julgamento da maioria. [the mob, novo lançamento nos cinemas]
Mitos e verdades sobre o libertarianismo
"Teoria política lida com aquilo que é adequado ou inadequado para o governo fazer, e o governo é um ente distinto de todos os outros grupos da sociedade por ser a instituição que detém o monopólio da violência organizada. O libertarianismo afirma que a única função adequada da violência é defender o indivíduo e a propriedade contra a violência iniciada por terceiros, e que qualquer uso da violência que vá além dessa legítima defesa é por si só agressiva, injusta e criminosa. O libertarianismo, portanto, é uma teoria que afirma que todos os indivíduos devem estar imunes a qualquer usurpação violenta, e devem ser livres para fazer o que acharem melhor, desde que não transgridam a pessoa ou a propriedade de terceiros. O que uma pessoa faz com sua vida é algo vital e importante, mas é simplesmente irrelevante para o libertarianismo." Murray Rothbard (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=558#Parte14).
Monday, December 21, 2009
Sunday, December 20, 2009
Friday, December 18, 2009
Tuesday, December 15, 2009
Monday, December 14, 2009
Sunday, December 13, 2009
Saturday, December 12, 2009
Thursday, December 10, 2009
Oportunismo: o algoz da liberdade
"Durante o século XX, o pragmatismo e o cientificismo teriam sido verdadeiros epítomes do oportunismo. Em comum, essas perspectivas rejeitaram o valor de um sistema social baseado em princípios. Em nome do pragmatismo político ou do tecnicismo, rejeitaram-se as ideologias, ou seja, os conjuntos de princípios que sinalizam os valores essenciais para a manutenção e desenvolvimento de uma ordem livre. O cientificismo, declara Hayek, esconde os limites do pensamento instrumental. A grande tentação dos cientistas sociais foi pretender estender os métodos das ciências naturais e exatas às ciências sociais. O problema dessa tentativa é que, enquanto as ciências naturais e exatas lidam com dados concretos e fixos, as ciências sociais lidam com dados abstratos e mutantes, pois seu foco são os seres humanos no contexto de um arranjo social, incluindo aspectos mutantes como suas crenças, valores, disposições, medos e incertezas. Embora mutantes, essas considerações não são moldáveis: é impossível manipular experimentalmente o objeto das ciências sociais acreditando que algum resultado concreto possa ser previsto pelo observador. O pragmatismo, a seu turno, sabota a liberdade em nome de facilidades imediatas que, no mais das vezes, beneficiam determinados grupos específicos. Em nome do pragmatismo, agentes políticos e privados renegaram observância aos princípios e normas da moralidade que salvaguardavam a liberdade individual. Em vez disso, abraçaram uma doutrina construtivista que aplica “técnicas sociais” para resolver caso a caso os problemas da ordem social. Libertos de apego “dogmático” aos princípios e valores fundantes da sociedade, os pragmatistas encaram a ciência e a técnica como os meios adequados para o homem construir seu destino e de toda sociedade. Hayek denomina as tentativas de ferir os princípios universais em nome de outras considerações como sendo “oportunistas”. Tais investidas, mesmo que apoiadas pela maioria do povo, geralmente conduzem a resultados não pretendidos pelos próprios defensores do plano. Os resultados indesejados, por sua vez, tenderão a legitimar novas intervenções inerentemente cerceadoras da liberdade, porém nem sempre claras aos olhos dos planejadores. É desse modo que o cientificismo e o pragmatismo, quando traduzidos em ações práticas, tendem a desencadear consequências indesejáveis. Eles conduzem as comunidades a cada vez mais restrições da liberdade até, possivelmente, a total opressão." Bruno Salama e Lucas Mendes (http://www.ordemlivre.org/textos/798).
Wednesday, December 09, 2009
O que causa a corrupção?
Mais uma vez um escândalo de corrupção toma conta do noticiário. Como agora o episódio não envolve diretamente o PT, ele é amplificado por aquelas imagens dos "movimentos sociais" invadindo - com as suas bandeiras vermelhas - os gabinetes dos nobres parlamentares clamando por justiça, só faltando a guilhotina pro enredo ficar completo. Desconfio que esse esquema foi armado pela PF do PT pra neutralizar a carta do mensalão na próxima eleição - "todos são iguais!" - mas não é disso que quero falar. Por que acontece a corrupção? Alguns diagnósticos se concentram na questão moral e na impunidade. Sem dúvida, se os humanos não fossem humanos e, em vez disso, fossem santos cumpridores de quaisquer que sejam as regrinhas estabelecidas por estes mesmos santos, tudo não passaria de um desvio moral contornável com apelos emocionais, "porque tudo isso que está aí é uma vergonha!". Será que o Fulano de Tal que se esgoela contra os corruptos faria diferente se estivesse numa posição de poder? A impunidade realmente cumpre um papel determinante, mas o que esperar de um sistema em que o corporativismo é a regra e a regra é determinada pelos tais santos, os políticos que só dizem pensar no "bem comum"? Eles não se aguentam, pensam tanto no "bem comum" que a cabeça dá tilt e como resultado do revertério passam a acreditar que "se a farinha é pouca, o meu pirão primeiro". Nada disso, na minha opinião, vai acabar com a corrupção. A corrupção é norma em todas as instâncias governamentais e os casos que são revelados fazem parte da politicagem da disputa pelo poder. O que causa a corrupção é um negócio chamado intervenção estatal - em que se cria dificuldades pra se vender facilidades. Se a única forma de um negócio andar é com a aprovação de um político ou de um burocrata, pode ter certeza de que vai haver corrupção, que vai ser diretamente proporcional ao grau de intromissão do estado. Entes privados não se corrompem, fazem trocas mutuamente benéficas. "Os políticos corruptos também!". Sim, com recursos públicos, eis uma enorme diferença. Esperar que fiscais e agentes do governo usem o seu poder discricionário pelo "bem comum" ilustra a contradição de achar que a "ganância dos homens" deve ser freada dando muito poder aos políticos, não apenas "gananciosos" como os outros homens, mas investidos de todos os instrumentos pra exercer essa "ganância" em grande escala com o dinheiro alheio.
Verdades alcançáveis pelo Paul Krugman
Talvez eu seja ingênuo, mas estou otimista em relação às discussões climáticas que começaram a acontecer em Copenhague. Mau sinal. O presidente Obama agora diz que pretende discursar no último dia da conferência, o que sugere que a Casa Branca acredita em progressos reais. Pois é, o Obama se elegeu discursando aquelas platitudes bem intencionadas e contraditórias que fazem a alegria da garotada "progressista" (nota: o Jabor é o rei das aspas, nem tente desafiá-lo). Também é animador ver países em desenvolvimento - como a China, maior poluidora do planeta - concordando, pelo menos em princípio, de que devem fazer parte da solução. Que meigo. Pois se prepare, Krugman, o que a China fala não se escreve, ainda mais se a coisa for contra os seus interesses. Claro que, se tudo for bem em Copenhague, os suspeitos de sempre vão enlouquecer. "Suspeitos" de quê? De questionar a escatologia da hora? Vamos ouvir que o aquecimento global é uma conspiração científica, como é o caso dos e-mails roubados que mostram, bem, mostram que os cientistas são humanos também, mas deixa para lá. Pérola. Se os dados que fazem a ciência são varridos pra debaixo do tapete, não se está mais fazendo ciência, não é, humano Krugman? Também vamos ouvir reclamações de que as políticas de combate às mudanças climáticas vão destruir empregos. Não se trata apenas disso, mas beleza. Aliás, notaram como o "aquecimento global" de repente virou "mudança climática"? So sweet, man. A verdade, porém, é que reduzir as emissões dos gases do efeito estufa é algo tão possível quanto essencial. A verdade, porém, é que reduzir as emissões dos gases do efeito estufa vai apenas empobrecer o mundo e concentrar poder em organismos como a ONU. Estudos sérios já provaram que podemos atingir altos níveis de redução com pequenos impactos na economia e no crescimento. É mesmo? "Estudos sérios" em que dados são varridos pra debaixo do tapete? E a crise financeira não é uma razão para esperarmos mais - na verdade, um acordo em Copenhague provavelmente vai ajudar a recuperação da economia. Que cara de pau. Demonstre, Krugman, que menos atividade econômica resulta em mais atividade econômica. Peça ajuda aos universitários ou ao Mister M. E por que você deve acreditar que a redução das emissões é possível? É claro que é possível, só não é desejável se você quer que as pessoas melhorem de vida. Primeiramente porque incentivos financeiros funcionam. É mesmo? Ações em torno do clima, se acontecerem, vão ter a forma de créditos de carbono: os negociadores terão que comprar permissões para cobrir suas emissões de gases do efeito estufa. Tipo, todas as pessoas que têm carro vão ter que comprar os tais créditos de carbono? Aliás, vão comprar de quem? Quem é o "dono" da atmosfera? Eles só poderão aumentar seus lucros se queimarem menos CO2 - e esse é o motivo para acreditar que todos serão criativos para encontrar formas de fazer isso. Mais uma vez o bode expiatório é o maldito "lucro". O mesmo lucro que o Krugman tenta ter ao tirar as suas economias do Brasil. A verdade é que conservadores que preveem um caos na economia se tentarmos combater as mudanças climáticas estão traindo os seus princípios. "Conservadores"? Que eu saiba, a economia americana segue as receitas keynesianas do doutor Krugman há várias décadas. Quem tem alguma coisa a "conservar" então? Eles garantem acreditar que o capitalismo é infinitamente adaptável, que a mágica do mercado pode lidar com qualquer problema. Não há "mágica" alguma no mercado, gafanhoto. "Mágica" é acreditar que os juros podem ser zerados sem nenhuma consequência. Mas por alguma razão eles insistem que o modo crédito de carbono - um sistema especificamente criado para usar a força do mercado para vencer o problema ambiental - não vai funcionar. O problema todo, Krugman, é que não há nenhum "problema ambiental", não na dimensão que vocês estão pintando. A Terra esfria e esquenta independentemente da ação humana, este é o ponto. Quanta arrogância desses humanos, não? Bem, eles estão errados, mais uma vez. Sei. A polêmica em torno da chuva ácida nos anos 90 foi uma espécie de ensaio para o que está acontecendo agora. Choveu ácido? Aonde? Na época, a extrema-direita renegou a ciência. A "extrema-direita"... Que expressão - essa sim mágica - pra desqualificar a oposição de antemão, não é não? Grupos bradavam que qualquer tentativa de limitar emissões traria grandes danos à economia. Não é uma questão apenas econômica, gafanhoto. Um dia você entende. Mas os EUA foram em frente, com um sistema de créditos para o dióxido de enxofre. Pois é, quem vai ser a favor de ENXOFRE na atmosfera? Lembra o inferno, né? Funcionou, permitindo um corte substancial a um custo abaixo do previsto. Ou talvez tudo não tenha passado de um grande desperdício de tempo e energia. Limitar as emissões de gases do efeito estufa vai ser uma tarefa muito mais difícil e complexa - mas podemos nos surpreender como isso pode ser fácil à medida em que começarmos. Por que este senhor está sempre à frente das piores causas e tem sempre o apoio da mídia chic? O orçamento do Congresso estimou que, em 2050, os limites das emissões propostos pela legislação atual reduziriam o PIB entre 1% e 3,5%. Previsões do Congresso? Passo. Se dividirmos a diferença, o resultado é que o custo da limitação das emissões retardaria o crescimento anual nos próximos 40 anos em um vigésimo de um ponto percentual. Cadê aquele cara que disse que o corte das emissões estimularia a economia? Não é muito. Pode não ser muito, mas crescer menos não significa crescer mais. E se a experiência com a chuva ácida for tomada como referência, o custo real pode ser ainda menor. Quem pode ser a favor da terrível chuva ácida, não é mesmo? Mais poder pra ONU então. Então vamos torcer para que o meu otimismo em relação a Copenhague seja justificado. Me inclua fora dessa. Um acordo salvaria o planeta por um preço que podemos pagar - e isso nos ajudaria nesse momento desagradável da economia. Olha a presunção desses caras... Eles acham mesmo que condenar a economia a voltar ao seu nível de produção da década de 90 vai "salvar o planeta". Não vai, vai apenas diminuir a prosperidade dos países ricos e impedir que os países pobres enriqueçam.
Tuesday, December 08, 2009
Sobre as minhas ligações 15
O Reinaldo Azevedo (http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/) possui uma legião de seguidores não é por acaso. Tem uma produção caudalosa de textos bem amarrados contra o PT e a esquerda em geral. Faz um bem imenso ao debate brasileiro mesmo que deixe a lógica, que tanto aprecia, de lado em alguns momentos, como no debate da legalização das drogas. Mas beleza, é do jogo. Outro que bate bem no PT é o Guilherme Fiúza (http://colunas.epoca.globo.com/guilhermefiuza). Sim, quem bate no PT com estilo tem o meu apoio. Já votei no PT e não há ninguém mais anti-petista do que um ex-petista. Quer dizer, essa é uma meia verdade, mas soa bem. Eu também gosto do Tutty Vasques (http://blogs.estadao.com.br/tutty/). Gosto mais ainda do Radiohead e por isso coloco aqui dois canais do Youtube que volta e meia dão uploads de shows da banda (http://www.youtube.com/profile?user=AustinBrock#grid/uploads) (http://www.youtube.com/profile?user=RadioheadMusicable#g/u).
Sobre as minhas ligações 14
Tem muitos links de liberais católicos e cristãos por aqui, mas tem também um que essas pessoas deploram de maneira especial, o do Richard Dawkins (http://richarddawkins.net/). O Dawkins é pintado muitas vezes como um cara raivoso numa cruzada intolerante contra as religiões, mas não é essa a minha impressão. Claro, os religiosos não gostam de ter a sua fé questionada - "fé é crença sem evidência" - alguma dúvida disso? O http://rodrigoconstantino.blogspot.com/ é um dos liberais brasileiros mais ativos e certamente o mais popular. Já lançou livros sobre a Ayn Rand e a Escola Austríaca, além de dar expediente diário em listas de debate defendendo o liberalismo. Teve uma discussão gigantesca com o Olavo de Carvalho que serviu pra aumentar a sua "popularidade" entre os conservadores religiosos. Quando o conheci, em 2004, tive a impressão de que logo estaria escrevendo na grande imprensa, porque era prolífico e objetivo. Hoje escreve regularmente pro O Globo. O http://www.smbc-comics.com/ traz uma tirinha diária muito inteligente (ou seja, que eu gosto) do Zach Weiner.
Sobre as minhas ligações 13
O http://www.ordemlivre.org/ é um think tank com ligações com o Atlas Economic Research Foundation e o Cato Institute. Um pouco mais realista que o Mises Institute, tem como lema liberdade individual, paz e livre mercado. Eu curto. O http://outrasconsideracoes.blogspot.com/ é o blog do Haroldo Mourão, camarada da época da FACHA que hoje é um dos redatores do Casseta e Planeta. Formava na época da faculdade uma dupla informal e infernal com outro amigo, o Sidney. O http://precodosistema.blogspot.com/ é mais uma iniciativa do Juliano Torres junto com o Rafael Guthmann, o Djalma Rocha e o Guilherme Inojosa. O http://rasuralivre.blogspot.com/ é o blog do Leonardo, chargista do Extra, que começou a carreira no final do Pasquim. Ele me disse que foi um dos "afundadores do Pasquim" e dei risada. Excelente parceiro de pelada. O http://reasonstohatebrazilians.tumblr.com/ faz a linha mainardiana do tipo "é do Brasil? É uma m". Não subscrevo isso e provavelmente nem o Diogo Mainardi pense isso a sério, mas serve pra contrabalançar o oba-oba típico e acrítico dos "bananenses".
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