Wednesday, January 14, 2009

Roberto Campos

Roberto Campos foi uma das figuras mais demonizadas pela esquerda jurássica, menos pelo seu estatismo no início de carreira na burocracia (quando criou o BNDE), do que pelas suas contribuições como um liberal influenciado por Hayek dos seus últimos anos. Descobri por aí um dicionário de verbetes escrito por ele que esclarece muito da mentalidade política brasileira: "OPÇÃO PELOS POBRES - Expressão que, quando usada pela Igreja, significa aumentar o número de pobres pelo dificultamento das praxes anticoncepcionais usadas pelos ricos. Quando empregada pelo Governo, significa uma forma de populismo, com as seguintes conseqüências: (1) congelam-se os preços para ajudar os pobres, mas isso desencoraja investimentos, diminuindo-se o emprego para os pobres, ou provoca escassez, prejudicando os pobres que não podem pagar ágio; (2) subvencionam-se indiscriminadamente, para pobres e ricos, alguns produtos essenciais, como o trigo, com o resultado de que o nordestino, que come farinha, paga impostos ou sofre alta de outros preços, para pagar a “macarronada” do paulista; (3) cria-se uma “indústria de distribuição”, de sorte que os maiores beneficiários da distribuição são os burocratas que se encarregam de fazê-la." (http://brevesnotas.com/2009/01/verbetes-de-um-dicionario-roberto-campos/).

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