Wednesday, November 05, 2008

Barack Obama

O novo Jesus Cristo afro-descendente foi eleito, com o politicamente correto dando viva aos céus por esta bênção. Claro que ninguém sabe ao certo qual o programa do democrata, que se resumia à retórica vaga e envolvente da "mudança" e ao valor simbólico de um "negro" (mestiço, as the matter of fact) na presidência dos EUA. Mas já se sabe que ele não vai sair do Iraque ou do Afeganistão. Ou seja, a política intervencionista permanece, o que não é surpresa, uma vez que o Partido Democrata apoiou essas invasões. As promessas de diversas "bondades" estatais faziam parte também do programa do adversário, o que demonstra a hegemonia da crença num estado provedor, em contraste com os valores de independência que fundaram aquela nação. A ideologia estatista domina o mundo, e a alegria delirante que essa eleição provocou evidencia isso. Se o populismo e o messianismo montaram guarda na antiga terra da liberdade individual, é porque a coisa tá feia. De bom, um arrefecimento do antiamericanismo ao redor do mundo, mesmo que sob o preço de se fragilizar ainda mais a economia depois do desastre Bush. Um trade-off perigoso.

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