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"Não ao preconceito", dizem as campanhas politicamente corretas, mas ser contra o preconceito em si me parece uma impossibilidade, a mente está sempre fazendo suposições e não é uma eterna página em branco esperando ser preenchida por uma experiência que vai ser logo depois apagada pra que a pessoa não caia na tentação de formar um conceito prévio. O que se pode e se deve discutir é o conteúdo do preconceito, se ele corresponde ou não à verdade, se ele é ou não justo. "Não à discriminação" é um outro mantra PC, mas ser contra a discriminação em si também me parece uma impossibilidade, porque discriminar é diferenciar, é escolher, e - a não ser que você esteja numa cruzada, voluntária ou involuntária, contra a liberdade de escolha - todo mundo discrimina de acordo com a própria escala de valores. O que se pode e se deve discutir é o conteúdo desses valores, se a discriminação é ou não justa. Essas campanhas acabam associando esses processos mentais inerentes a todos automaticamente a racismos, homofobias e outras mazelas do pensamento que se quer combater, tentando desqualificar a priori o julgamento. Se a pessoa tem que dizer "não" ao preconceito e à discriminação, quem é que vai formar conceitos e fazer escolhas por ela?