Friday, August 29, 2008
O tempo das ideologias
Liberalismo, fascismo, marxismo-leninismo, keynesianismo, anarquismo e etc. Ideologias dão um norte e uma representação teórica a uma determinada visão de mundo. Se nenhuma ideologia se realiza por inteiro, ela pode se transformar em força hegemônica se a maioria assim desejar. Quando Marx fala em luta de classes, por exemplo, e as pessoas compram essa idéia, é porque esse sentimento estava ali, latente. Se a teoria corresponde à verdade, é outra história. Se vai gerar os resultados pretendidos, também. A luta de classes, pra usar um termo econômico, atendeu a uma demanda reprimida e prosperou no mercado de idéias. Se prosperou no mercado de idéias, é uma questão de tempo pra prosperar também no mercado político. Uma teoria vai encontrar a prova na prática e a democracia tem a vantagem de trocar de teorias sem revoluções ou derramamentos de sangue. E assim, na tentativa e erro, se aprimora o processo político.
Thursday, August 28, 2008
Fascismo e liberalismo
Nada mais antifascismo que o liberalismo e nada mais fascismo que o estatismo. Do Diogo Costa (http://www.ordemlivre.org/blog): "Anti-individualista, a concepção fascista é pelo Estado; e é pelo indivíduo enquanto este coincide com o Estado, consciência e vontade universal do homem em sua existência histórica. É contra o liberalismo clássico, que surge da necessidade de reagir contra o absolutismo e exauriu sua função histórica quando o Estado se transformou nessa mesma personificação da consciência e da vontade popular. O liberalismo negava o Estado em nome do indivíduo particular. O fascismo reafirma o Estado como a realidade verdadeira do indivíduo. E se a liberdade deve ser o atributo do homem real e não desse fantoche abstrato pensado pelo liberalismo individualista, então o fascismo é pela liberdade. Pela única liberdade que tem um valor sério: a liberdade do Estado e do indivíduo dentro do Estado." Mussolini - A doutrina do fascismo: (http://www.piralli.it/dottrina.htm).
Che Guevara
Da VEJA: "Muitos professores brasileiros se encantam com personagens que em classe mereceriam um tratamento mais crítico, como o guerrilheiro argentino Che Guevara, que na pesquisa aparece com 86% de citações positivas, 14% de neutras e zero, nenhum ponto negativo." Ou seja, um assassino [pela causa, claro] é unanimidade positiva entre os professores. Nem Pelé ou Cristo conseguiriam tal feito. É o novo deus laico [e fashion, claro] que ilustra bem a educação brasileira, lanterna nos exames internacionais. O problema da educação no Brasil não é só o salário do professor, e passa pelo monopólio do MEC - que impõe a sua visão de mundo - e vai até as reservas de mercado nas profissões - que cartorializa e engessa as relações trabalhistas. Então os alunos ouvem os professores falando uma coisa enquanto vivem outra, num descompasso entre a teoria e a prática que desestimula a busca pela verdade e estimula a confusão mental.
Barack Hussein Obama
Um candidato negro (mestiço, pra ser preciso), com nome de muçulmano, excelente figura e retórica, focando no emocional e identificado com as causas do politicamente correto resultou no vendaval midiático de Oprah e cia. A Rede Globo também entrou na campanha. Sua eleição talvez abrande o antiamericanismo, o que seria positivo. Por outro lado, uma política demasiadamente populista pode enfraquecer a economia americana e mundial. Eles vão ficar bem. Nós também. Sim, sou otimista.
Wednesday, August 27, 2008
Cristianismo e capitalismo
"É claro que o capitalismo não impõe demandas morais, como o cristianismo. Porém, os sistemas econômicos que buscam aperfeiçoar a natureza humana nos levam com mais freqüência à tirania do que à melhora da raça humana. Os cristãos fariam muito bem ao se satisfazer com um sistema econômico que reforça as virtudes cristãs, melhora os padrões de vida e dá espaço à visões minoritárias. E esse sistema é o capitalismo." (http://www.ordemlivre.org/?q=node/324). Como os cristãos enxergam o capitalismo é uma questão crucial, já que estamos numa democracia e eles são a maioria, mesmo que espalhada em diversas correntes. Um partido como o PT teve, desde a sua fundação, influência de grupos católicos identificados com o marxismo. Nos países comunistas, ao invés de melhorar a vida dos mais pobres (seu objetivo declarado), a "luta de classes" de Marx só trouxe miséria generalizada e perseguição aos religiosos. O humanismo marxista é um tipo de crença que, se tiver a oportunidade, não permite a concorrência.
Lobão
"A gente precisa de um candidato que tenha coragem de falar que tem que acabar com as favelas. Nisso até Carlos Lacerda tinha razão. O que seria da Lagoa Rodrigo de Freitas se ainda tivéssemos a Praia do Pinto e a Catacumba lá? Tem que deslocar esse pessoal pra algum lugar, proibir até rico de fazer casa em encosta, porque dá uma chuva e cai tudo." Ninguém toca nesse assunto com medo de ser chamado de "fascista" ou "nazista" pelo politicamente correto que domina a intelligentsia brasileira como se fosse um dado da natureza. O estado, que deveria ter o monopólio da coerção, não o exerce nesses lugares, onde é substituído por milícias e traficantes. Se a remoção das favelas é uma meta inviável politicamente, que ao menos se contenha o seu crescimento e se garanta os títulos de propriedade aos moradores - com seus direitos e deveres - pra que essas áreas se desenvolvam juntas, e não separadas, do resto da cidade.
Leonard E. Read
“Eu apoiaria o fim de todas as ações governamentais que interfiram com a liberdade individual: de ir em busca de sua realização pessoal, a mais ampla possível, dentro de suas habilidades, de modo pacífico, independentemente de sua raça ou credo ou origem familiar; de se associar com quem desejar, por qualquer razão, mesmo que alguém considere ser esta uma razão estúpida; de empreender seu próprio negócio, ser o seu próprio patrão, e estabelecer suas próprias horas de trabalho – mesmo que sejam apenas três horas por semana; de concordar ou não concordar com qualquer pessoa, esteja ou não a maioria do lado da outra pessoa; de estudar o que for de seu gosto pessoal, desde que lhe pareça que vale a pena o custo e o esforço do aprendizado; de fazer o que bem quiser, contanto que não infrinja o igual direito e oportunidade de qualquer outra pessoa de também fazer o que for de seu interesse.”
Tuesday, August 26, 2008
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Friday, August 22, 2008
Benjamin Constant
“Há quarenta anos defendo o mesmo princípio: a liberdade é tudo, na religião, na filosofia, na literatura, na indústria, na política – e, por liberdade, refiro o triunfo do indivíduo tanto sobre uma autoridade que deseja governar por meios despóticos como sobre as massas que reivindicam o direito de fazer a minoria se subjugar à maioria. A maioria tem o direito de obrigar a minoria a respeitar a ordem pública, mas tudo que não perturba a ordem pública, tudo que é apenas pessoal, como nossas opiniões, tudo que, ao apenas dar expressão às opiniões, não causa dano a outros provocando a violência física ou opondo opiniões contrárias, tudo que, na indústria, permite a uma indústria rival prosperar livremente – tudo isso são coisas de que um indivíduo não pode abrir mão em favor do poder do Estado”. Mais: http://www.ordemlivre.org/?q=node/320
Thursday, August 21, 2008
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Entenda: os estadunidenses se apropriaram da riqueza dos países periféricos, investindo o excedente na propaganda que obriga as pessoas a freqüentarem o McDonald's, a verem a lavagem cerebral hollywoodiana e a pensarem, em vã ilusão, que as suas vidas vão melhorar caso trabalhem na sede do Império. Toda essa cadeia de acontecimentos foi urdida pela CIA e pelo Mossad com a intenção de oprimir os irmãos índios (civilização que deveria servir de exemplo para a decadente cultura ocidental) e os fundamentalistas islâmicos (religiosos pacíficos e tolerantes com as diferenças). Só não vê quem não quer.
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Wednesday, August 20, 2008
Falando com um "comunista libertário" 3
Eu te pergunto então: um pequeno lavrador que contrata um ajudante o está "explorando"? O seu Zé da birosca quando emprega um entregador também o está "explorando"? E como assim "a propriedade é de todos"? Quem vai regular esse uso? A "gestão coletiva"? A sua casa e o seu computador serão "de todos"? Os recursos são escassos. Se me fosse dado tal poder, eu determinaria que todos tivessem os seus desejos atendidos num estalar de dedos. Não é assim que funciona. A produção antecede o consumo e a abundância não é um dado da natureza, ela precisa ser antes criada. Você não é anarquista e nem libertário, é um idealista envergonhado com a prática comunista de miséria e escravidão que encontrou mais uma teoria maluca e contraditória pra justificar o controle de uns sobre outros.
Falando com um "comunista libertário" 2
"A propriedade privada é a razão de toda a exploração da sociedade." Não fale bobagem. Os países que respeitam o direito de propriedade são justamente os com a melhor qualidade de vida. A primeira propriedade privada é o seu próprio corpo, todas as outras derivam desta. Qual o crime do cara que, através de trocas voluntárias, adquire uma propriedade? Essa é a base da civilização. Caso contrário, como ter uma propriedade? Só se for pelo roubo ou pela expropriação; imagino que, pra você, através da "gestão coletiva". Mais: um empregador não "explora" um empregado. O gerente do McDonald's (pra usar um exemplo "imperialista") não coloca uma arma na cabeça de uma pessoa a obrigando a trabalhar ali. É uma troca, e o capitalismo trata antes de cooperação do que de exploração. "(...) o individualismo é que aprisiona o individuo." Mais bobagem. Coletivos não pensam e não agem, quem age e pensa são indivíduos, façam parte de um grupo ou não. No fim das contas, o seu coletivo é que vai oprimir quem não concordar com o andamento da "gestão coletiva". Estude a história do socialismo real e veja como são tratados os dissidentes.
Falando com um "comunista libertário"
A sua casa é um "acúmulo de bens"? O seu computador é um "acúmulo de bens"? Essas coisas não são fins em si mesmas, elas servem a um propósito, seja conforto, comodidade, segurança, acesso à informação, troca de idéias, etc. Toda ação visa algum tipo de "lucro". Quando você sai por aí defendendo o "comunismo libertário", você espera tirar vantagem disso de alguma maneira. Falar contra o "lucro" ou contra o "acúmulo de bens" é jogar palavras ao vento distante da natureza humana. Foi justamente o acúmulo de capital que proporcionou o aumento da qualidade de vida no planeta nos últimos 200 anos. Hoje se vive mais e melhor do que antes. Claro que se pode comparar a realidade (sempre difícil e cheia de limitações) com um esqueminha mental utópico, mas aí você está no terreno dos sonhos e não dos fatos.
Monday, August 18, 2008
O voto ideológico
Ingenuidade pensar que a maioria se baseia em princípios ideológicos na hora de votar. Assim, um socialista apoiaria um candidato que fala em justiça social; um conservador-cristão endossaria alguém contra o aborto e a banalização do sexo, enquanto um liberal votaria em quem defendesse as liberdades individuais. A realidade, claro, é mais complexa que isso. Uma pessoa pode apoiar um aspecto liberal aqui, um princípio socialista ali e ainda ter uma postura conservadora acolá. A contradição que isso pode provocar é o de menos, o objetivo do voto de muita gente não é realizar um discurso logicamente coerente, mas se beneficiar direta ou indiretamente de uma determinada política. O populismo então se dissemina, mas a beleza disso tudo é que, cedo ou tarde, as políticas demagógicas acabam prejudicando inclusive os seus supostos beneficiários. E é nesse processo de tentativa e erro que está o valor da democracia. Sua auto-regulação não é automática, está sempre acontecendo, mesmo que não seja na velocidade que gostaríamos.
Friday, August 15, 2008
Liberdade
Muitos reivindicam defender a "liberdade", mas poucos definem o que ela significa. Socialistas, por exemplo, se imaginam lutando por liberdade. Confundem liberdade com onipotência. Liberdade não é ter casa, comida e poder voar ou fazer o que der na telha sem levar em conta os demais. Liberdade, numa visão liberal, é a ausência de uma força humana externa lhe obrigando a ser assim ou assado. A natureza não conta, é um dado inexorável da realidade. Se queremos consumir - e a natureza nos obriga a isso - temos antes de produzir ou sermos ajudados por alguém que produza. Como não absolutizo nada, nem mesmo a liberdade, me parece razoável que, num ambiente saudável de mercado (não é o caso brasileiro), se implemente também programas de renda mínima. Uma política pragmática que deve ser levada em consideração pelos liberais caso queiram ter alguma chance eleitoral.
Thursday, August 14, 2008
Radicalismo liberal no Brasil
Já disseram que eu era um "mega-hiper-ultra-übber-liberal". Não me aferro a uma teoria - por mais lógica que ela possa ser - e fico enxergando o mundo dali. Meu objetivo é claro: promover, através da democracia, as liberdades individuais. ["A humanidade ganha mais tolerando que cada um viva conforme o que lhe parece bom do que compelindo cada um a viver conforme pareça bom ao restante". http://www.duplipensar.net/artigos/2007s1/a-liberdade-individual.html] Não advogo a absolutização da liberdade, mas o reconhecimento de que há muito a se avançar nesse campo. Não defendo o fim do estado, mas que ele seja um meio pra se alcançar um fim, e não um fim em si mesmo. O que escrevo soa radical porque vivemos numa época em que o domínio governamental anda tão arraigado que parece ser um dado imutável da natureza, quando é uma construção humana. Se os homens construíram o estado brasileiro do jeito que está - a maior burocracia e os maiores juros do mundo - eles também podem torná-lo mais eficiente e menos autoritário. Essa é a tendência. Sim, sou otimista.
Wednesday, August 13, 2008
A ética política cristã
Não é algo uniforme. A Bíblia dá margem pra várias interpretações, existem cristãos com um viés mais individualista (conservadores como o Olavo de Carvalho ou libertários como o Pedro Sette Câmara http://oindividuo.com/) e outros mais coletivistas (socialistas da Teologia da Libertação e da CNBB). Não há um critério objetivo pra se determinar isso, depende da subjetividade de cada um. E cada um imagina fazer a leitura correta do seu livro sagrado.
Pra quê serve a UNE?
Não sei, mas a ligação com o governo serve pra manter a UNE de rédea curta, satisfeita com os repasses e a manutenção da carteirinha de estudante. Quem domina a UNE? Grupos de extrema-esquerda como o PC do B. Talvez sirva pra reforçar o monopólio do MEC e a estatização do ensino superior, com seus professores de humanas incutindo desconstrucionismo e marxismo cultural nos alunos. São os neoconservadores, os neo-reacionários.
Tuesday, August 12, 2008
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Você gostaria de ter nascido na Rússia ou nos EUA? Vamos polarizar. Maniqueismar* parece nome do irmão do lindomar A Rússia pode invadir, mas os EUA não? Outro dia li um artigo de um quadro da esquerda [Picasso era de esquerda e pintava quadros] criticando a crítica que se faz à ditadura chinesa é comandada por um partido chamado comunista [defensor da escravidão movida a boa intenção]
* Essa palavra non ecziste!
* Essa palavra non ecziste!
Nacionalismo é uma merda
Uma diferença entre a responsabilidade individual do liberalismo e a responsabilidade coletiva do socialismo: um atleta dos EUA pode escolher tomar hormônio e correr o risco de ser pego num antidoping, sendo banido do esporte. Um atleta da Alemanha Oriental não tinha essa escolha. Seu treinador (a mando do partido) lhe prescrevia testosterona dizendo ser "apenas vitaminas". Pêlos cresciam em lugares inéditos e vozes engrossavam sem que as vítimas tivessem noção do motivo. Tudo pela propaganda. O gigante do basquete chinês, por exemplo, foi obra do governo, que cruzou o mais alto dos chineses com a mais alta das chinesas. Engenharia social pro consumo externo e interno, uniformizando indivíduos em nome da tirania da vez.
Monday, August 11, 2008
Bolívia
Esse referendo, um ministro de Morales deixou claro, trata de uma "escolha entre o socialismo e o neoliberalismo". Vencendo Morales, se aprofundará a estatização da vida boliviana. Com tal estatização, aumentará, por dedução lógica baseada nos exemplos que o socialismo proporcionou, a miséria geral e as castrações patrocinadas pelo governo em nome do "bem comum". O país mais pobre da América Latina, coitado, empobrecerá ainda mais. E podem contar com uma debandada dessas pessoas pros países vizinhos em melhor condição, como o Brasil, por incrível que pareça. Quando o fracasso da empreitada estiver mais do que evidente, a esquerda não se dará por vencida, atribuindo o resultado a algum complô "imperialista, racista e fascista". E assim caminhamos.
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Isso. Proíbe-se os carros e logo se resolvem 2 problemas de uma vez. Os acidentes e a poluição do diabólico combustível fóssil. Se continuarmos usando petróleo, o planeta vai simplesmente derreter. É o que o Gore diz. Ganhou Oscar e tudo. Vai questionar? Se ainda assim as pessoas continuarem se matando, baixa-se nova resolução (as leis resolvem tudo): é proibido sair de casa. Dizia o Amarante: "sair de casa já é se aventurar". Fiquemos em casa então. O estado cuidará de nós.
Sunday, August 10, 2008
Friday, August 08, 2008
32
Não houvesse um Procon estatal, os refrigerantes seriam feitos de urina gaseificada, as televisões pifariam no exato momento em que fossem ligadas e os automóveis explodiriam depois de passada a segunda marcha. Óbvio, todo mundo sabe que a estratégia de qualquer empresário é fuder com os seus consumidores. É assim que eles conseguem os seus lucros.
A comunistização da China
"A comunistização da China se deu seguindo os três estágios usuais: expurgos, planejamentos e, por fim, a procura por bodes expiatórios. Primeiro ocorreram os expurgos - também conhecidos como "purificação" -, para que o comunismo pudesse ser implantado. Havia guerrilhas a serem mortas e terras a serem nacionalizadas. As igrejas tinham que ser destruídas. Os contra-revolucionários tinham que ser suprimidos. A violência começou no campo e depois se espalhou para as cidades. Todos os camponeses foram primeiramente divididos em quatro classes que eram consideradas politicamente aceitáveis: pobres, semi-pobres, médios, e ricos. Todos os outros eram considerados latifundiários e, assim, marcados para ser eliminados. Se nenhum latifundiário fosse encontrado, os "ricos" eram então incluídos nesse grupo. A classe demonizada era desentocada em uma série de "encontros da amargura" -- que ocorriam em nível nacional -- nos quais as pessoas delatavam seus vizinhos que possuíssem propriedades e que fossem politicamente desleais. Aqueles assim considerados eram imediatamente executados junto com quem quer que tivesse simpatias por eles." Mais: (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=94)
Thursday, August 07, 2008
Leniente se Oriente
E o Tibet? Uma merda o que a China faz com o Tibet. Será que os pacifistas gostariam que os EUA invadissem aquela área e restabelecessem a soberania tibetana na marra? Briga feia. Diplomacia é melhor. Por mais cruel que o Saddam fosse, a invasão americana talvez não devesse ter acontecido. "Mas ela funcionou. Mata-se mais no Rio do que no Iraque". Pode ser, mas ela feriu o princípio da não-agressão. (http://www.youtube.com/watch?v=B7DVlC3kXrM) "Idealistas..." Controverso. [Aliás, meus amigos, vocês não se tornam menos queridos por discordarem de mim.] Um camarada mata outro no Brasil e sai logo da prisão. A vida vale pouco aqui. Em São Paulo, a violência diminuiu porque a polícia passou a prender mais. Pode ir contra o politicamente correto, mas é um fato verificado pela lógica. Não se pode ficar menos de, sei lá, 10 anos preso por cometer um homicídio doloso. Pra complicar, a cultura proibicionista (drogas, jogo e prostituição) embanana qualquer política de segurança. Parece que o governo da China é o que mais executa pessoas no mundo, às vezes por bobagens. Contra a pena de morte, mas a justiça brasileira precisa ser menos leniente com os crimes contra a vida.
Wednesday, August 06, 2008
Olimpíadas de Pequim
Mais uma enquete do Digestivo Cultural (http://www.digestivocultural.com/): 1. Você é esportista ou, como o Paulo Francis, tem horror ao "maravilhoso mundo dos esportes"? Jogo futebol, e bem. Tenho testemunhas. Nada contra a competição, quanto mais disputado, melhor. 2. Na escola, você era daqueles que fugia da Educação Física ou se engajava em vários times? Sempre fugi da escola como um todo. Minha base esportiva era um playground no Humaitá, Rio. 3. Qual lembrança você tem das Olimpíadas a que assistiu? A vitória do Joaquim Cruz nos 800 metros nas Olimpíadas de Los Angeles (1984) marcou, era o dia do meu aniversário. Acompanho Copa do Mundo e Olimpíadas, ainda que sem a ingenuidade e o entusiasmo de quando criança ou adolescente. 4. O que espera desta Olimpiada na China? (Se é que espera alguma coisa...) Talvez a reação do mundo ocidental ao controle do governo chinês. 5. O Brasil todo fica mais improdutivo (e menos "competitivo") justo na epoca da Olimpíada? A Olimpíada não mobiliza tanto os brasileiros quanto a Copa do Mundo, mas qualquer coisa pode ser motivo pra se dar um tempo no trabalho. 6. O Brasil, um dia, vai alcançar a China (economicamente)? Difícil. E não sei se isso é desejável às custas de uma ditadura que controla os indivíduos com mão de ferro. 7. A China vai ser a próxima potência, ultrapassando os Estados Unidos? Duvido. Pelo menos pelas próximas décadas. Os chineses não têm a mesma liberdade que os americanos. Isso é crucial. 8. As próximas gerações vão fazer intercâmbio para aprender chinês mandarim (em vez de inglês)? Isso já deve ocorrer em pequena escala. 9. O que voce conhece da arte chinesa? E da cultura chinesa? (Não vale China In Box!) Não conheço, por exemplo, nenhuma banda chinesa. Eles se fecharam por muito tempo. Gosto do Ang Lee, mas ele é de Taiwan. O design comunista tem o seu charme. As chinesas são bonitas também. 10. Como estas Olimpíadas podem mudar a imagem da China (associada à pirataria e aos produtos de baixa qualidade e de baixo custo)? Espero que fique claro com a cobertura que a China não é mesmo bacana. Ainda que tenha realizado uma relativa abertura econômica, um modelo de partido único, autoritário, é uó. Melhor que na época do Mao, mas ainda insuficiente em relação à liberdade individual.
Tuesday, August 05, 2008
Monday, August 04, 2008
31
A galhofa faz parte do charme desse negócio aqui. Não é à toa que a comunidade é tão popular. E é um sucesso justamente por causa da moderação laissez faire. Entra quem quer, fala bobagem quem quer e quem tem discernimento separa o joio do trigo dos argumentos que existem entre os xingamentos. A comunidade é dinâmica, como uma sociedade liberal.
Friday, August 01, 2008
30
Ambrose Bierce
"As pessoas reclamam e se sentem injustiçadas desde sempre, assim como, em geral, têm uma opinião mais favorável sobre si mesmas do que sobre os outros." Essa frase, inspirada em Mises, me lembrou também de Ambrose Bierce, americano que desapareceu já septuagenário no México ao se juntar ao exército revolucionário de Pancho Villa (!?^) por volta de 1913, e que escreveu o clássico do cinismo "O dicionário do Diabo". Alguns verbetes: Admiration, n. Our polite recognition of another's resemblance to ourselves. Bore, n. A person who talks when you wish him to listen. Egotist, n. A person of low taste, more interested in himself than in me. Liberty, n. One of imagination's most precious possessions. Selfish, adj. Devoid of consideration for the selfishness of others. Success, n. The one unpardonable sin against one's fellows. Vote, v. The instrument and symbol of a freeman's power to make a fool of himself and a wreck of his country.
O sucesso comercial
As pessoas reclamam e se sentem injustiçadas desde sempre, assim como, em geral, têm uma opinião mais favorável sobre si mesmas do que sobre os outros. Agora, reclamam do quê? Um camarada que faz uma banda pensando em ganhar dinheiro e se sustentar com isso deve saber que este é um objetivo difícil de alcançar, e mesmo que ele rale muito e tenha confiança no que faz, nem sempre a grana vem. As bandas que fazem sucesso comercial são uma combinação rara de talento e sorte, de estar fazendo a coisa certa, captando meio que o espírito da época, no momento certo. Mas se o objetivo primordial é o de fazer a arte pela arte, pela necessidade de expressão, não há tanta decepção, uma vez que não se depende tanto do que os outros vão achar. Se algum reconhecimento vier, beleza, caso não venha, vida que segue.
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