Thursday, April 29, 2010

Xaropadores de socialismo e desconstrucionismo

Legal perceber essa evolução do pensamento. Não houve uma epifania, uma revelação, o processo foi lento e gradual, como a abertura do Geisel, o favorito das estatais. Porque a teoria que vale a pena está descrevendo algo que é real e tem consequências, percebeu como não cito nenhum professor da faculdade? Eles só me confundiam ou me zeravam quando eu não repetia o discurso que eles queriam. Com o tempo percebi que a maioria tava ali tentando passar a sua própria agenda ideológica, não havendo um compromisso sincero com a busca pela verdade, escreviam no vermelho.org ou militavam no PDT. Os alunos pagavam pra sofrer tipo um assédio intelectual, diploma obrigatório, né? Outros eram obscuros porque "a verdade não existe", "tudo é 'construção'", "o meu joguinho de linguagem é bacana, você não vai entender nada e isso é o sucesso pra mim". Eles me confundiam, mas no fundo eu sabia que tinha alguma coisa de errado com aquele discurso, professores xaropadores de socialismo e desconstrucionismo? Come on...

Quando e como você se tornou liberal?

Sempre me interessei por política e tinha uma intuição clara de que havia algo de errado no debate político nacional. As opiniões eram muito homogêneas, todas anticapitalistas, logo depois do regime militar e bem antes do surgimento da internet. Tinha um Paulo Francis aqui e, um pouco depois, um Olavo de Carvalho ali. O Francis colocou uma pulga atrás da minha orelha e o Olavo completou o serviço porque, se não defendia o capitalismo per se, tinha argumentos muito fortes contra a esquerda que me fizeram virar anticomunista pra sempre, ainda mais depois de descobrir esse lado também no Nelson Rodrigues. Fui indo por esse caminho, mas ainda um social-democrata light, como a maioria das pessoas, aliás. Só que não estava satisfeito, as coisas ainda não fechavam como eu gostaria. Desde cedo considerava que cada pessoa tinha a liberdade de fazer o que quisesse, desde que não invadisse a liberdade do outro, mas ainda não tinha conhecido uma teoria que desenvolvesse de maneira consistente esse postulado. Ainda votava no PT quando percebi que mesmo a esquerda herbívora não tinha nada a ver com a minha visão de mundo. Com a internet, comecei a entrar em contato com o Friedman, um pouco depois a Ayn Rand e finalmente a escola austríaca de economia. Pronto, me tornei liberal.

Monday, April 26, 2010

Super-Ego

Então duas datas emblemáticas se passaram emblemáticas do que eu ia dizer e não vou dizer porque não quero me repetir. Mas se eu não me repetir, vou repetir quem? Os outros? Isso seria a morte de alguém metido o bastante pra dizer isso. Metido a quê é que são elas. Metido ao quê é que são eles. Nenhum sexismo aqui, apenas um jogo inocente de palavras. Mas do que eu tava falando mesmo...? Das datas. Desditas e mais alguma tentativa de poesia barroca barrada pelo alter-ego do super-ego. Aliás, nunca fizeram um Super-Ego, o justiceiro moral dos Joselitos da vida? O Woody Allen podia filmar e emplacar o seu primeiro blockbuster. Rolariam altos sermões céticos a respeito da inutilidade de tudo e do papel da sorte em todo o processo de nada. Ele teria poderes telepáticos que não usaria por uma questão ética, Super-Ego não se acha no direito de invadir assim o espaço do outro. Teria também o poder da lógica, associando causas e consequências aos que confundem as coisas. A = A. A não é uma interpresentação de A ou uma versão diferente de A tão válida quanto qualquer outra. Não, A = A. As pessoas podem achar que o Super-Ego é um cara que só pensa nele, mas perceberiam ao longo do filme que exatamente por pensar nele mesmo que ele quer o melhor pros outros, sabe que os outros só vão respeitá-lo se ele respeitá-los antes. Uma torrente de razões amarradas a uma trama envolvente que não se esquece nunca da emoção, aquela força que nos impele a tirar o A do sofá e se aventurar na rua até o shopping, onde Super-Ego é exibido em 3D.

Monday, April 19, 2010

Economia do indivíduo

O Instituto Mises Brasil disponibiliza em PDF o seu primeiro lançamento editorial, "Economia do indivíduo" do Rodrigo Constantino. O livro dá uma geral na escola austríaca de economia, cuja metodologia centrada na ação humana desafia o mainstream keynesiano-marxista que tanto poder concede aos arbítrios governamentais às custas das liberdades individuais. O Constantino é um militante obstinado da causa liberal e um valioso colega de debates na internet, um meio livre por excelência e muito eficiente na educação e conversão de estatistas em liberais. A divulgação e compreensão dos princípios lógicos e econômicos aprofundados por Mises, Hayek e Rothbard são importantes pra influenciar as leis e a prática política, liberando os indivíduos da tutela atualmente exercida pelos governos e usar essa energia reprimida na construção de uma sociedade mais confiante, aberta e independente. (http://www.mises.org.br/files/literature/Economia%20do%20Individuo.pdf)

Friday, April 16, 2010

Chamar liberais de "fascistas"

Por que os socialistas chamam os liberais de "fascistas" na maior cara de pau? Claro, qual desqualificação seria possível se o seguidor de Marx virasse pro defensor das liberdades individuais e tascasse um "seu... LIBERAL!" Não funcionaria como xingamento e o seu intento não seria alcançado. Então acusam justamente os maiores adversários dos fascistas (e dos coletivistas em geral) de "fascistas", numa fraude semântica realmente digna de nota. Vamos raciocinar: o que é o fascismo? "O Fascismo italiano assumiu que a natureza do Estado é superior à soma dos indivíduos que o compõem e que eles existem para o Estado, em vez de o Estado existir para os servir. Todos os assuntos dos indivíduos são assuntos do Estado." Ou, pra simplificar, a velha máxima do "tudo do estado, para o estado e pelo estado". O que o individualismo liberal tem a ver com essa maluquice? Essa doutrina fascista é ou não é parecida com a dos socialistas cultuadores do estado que chamam de "fascistas" os liberais? É ou não é uma inversão clara, límpida e totalmente excelente?

Thursday, April 15, 2010

Bemvindo Siqueira e o que é "ser de esquerda"

Nas minhas andanças por aí, acabei na página do PPS, o antigo PCB, onde avistei a coluna "Ser de esquerda" do Bemvindo Siqueira. Não resisti e encontrei uma lista que resume bem o mindset canhoto: "1 - Não esquecer que a CIA continua existindo e armando coisas terríveis contra regimes e personalidades progressistas no mundo." O antiamericanismo paranóico abre os trabalhos deixando claro qual é o maior inimigo dos "progressistas". "2 - Não esquecer que a mídia capitalista é ardilosa, enganosa, e inimiga das conquistas dos trabalhadores e do progresso." A coisa agora aponta o dedo pra "mídia capitalista" que não é formada por trabalhadores e, imagino, não quer o progresso. Resta definir o que o Bemvindo entende por "progresso". "3 - As classes sociais continuam existindo e a exploração do homem continua." Que meigo, mais um ator marxista. Será que a TV Globo "explorou" o Bemvindo Siqueira quando ele trabalhou na Escolinha do Professor Raimundo e na novela Tieta? E será que, por toda a sua vida, o Bemvindo nunca "explorou" ninguém, nem mesmo a diarista que vai de vez em quando na sua casa espanar a poeira do seu pensamento? "4 - Não existe democracia sem socialização e justiça social." Vai rolar uma socialização no bar com os amigos logo mais e o Bemvindo será bem vindo (não tinha como evitar). O conceito de "democracia" dos socialistas é muito curioso, pra não dizer outra coisa. "5 - A Igreja Católica é reacionária, armou o golpe de 64. E arma o que pode contra as forças progressistas, condenando o aborto, a sexualidade, o comunismo e outras ameaças ao seu império." Não sou o maior fã da Igreja Católica, mas algo de bom ela deve ter pra merecer tanta oposição dos "progressistas". Claro que a oposição do Bemvindo exclui aqueles padres que comungam da Teologia da Libertação e entendem o que é a "justiça social" (socialismo). Não vejo nada de errado, aliás, em condenar o aborto e o comunismo. O assassinato de fetos e "burgueses" aparentemente faz parte da agenda das forças com progressiva sede de sangue. "6 - Partidos de direita que abrigam fascistas e colaboradores golpistas em seu seio podem até mudar de nome, mas continuam com a mesma essência." Partidos de direita, se depender de "democratas" do naipe de um Bemvindo, são mal vindos (não tinha como evitar). Direitistas, por princípio, não prestam. É muita tolerância "progressista" no coração. "7 - A criação do Estado Palestino, como o de Israel, foi determinada pela ONU e é conquista de todos os povos do mundo." Ok, faltou você apoiar o Hamas, o Hezbollah e a teocracia iraniana. "8 - Os pobres, os trabalhadores, os excluídos devem continuar sendo sempre os motivos de nossas posições." Quanto bom mocismo hipócrita, não é verdade? Os pobres e os excluídos servem de massa de manobra pros "progressistas" ficarem bem na fita ao mesmo tempo em que controlam a vida dos outros, este sim o objetivo principal. Exagero? Veja como estão os "pobres, os trabalhadores e os excluídos" nos países "progressistas", os compare com os que estão nos países capitalistas malvados e tire a prova dos 9. "9 - Obama é o presidente do Comitê dos Negócios Imperialistas e não só Presidente dos EEUU." Bemvindo, você é tão bitolado e desinformado que nem percebeu que o Obama faz parte da sua turma "progressista". Acontece que ele é "progressista" num país minimamente civilizado, o que faz uma tremenda diferença. "10 - A Esquerda nasce com a Revolução Francesa, mas queremos mais que uma democracia burguesa." A esquerda, como se vê, gosta de ver as cabeças "burguesas" rolando, seja na guilhotina ou no paredão. Como uma ideologia tão vingativa e sanguinária alcançou o status de humanismo é um mistério digno de LOST. Me diga, Bemvindo: se você tivesse sido convidado pra interpretar o John Locke na série estadunidense, você recusaria por se tratar de uma "exploração imperialista"? Just asking, man. (http://www.rede23.org.br/blog/viewPost/pid/642)

C. Mouro 5

"No mercado livre se é recompensado por atender desejos e necessidades alheias (até subjetivamente). É troca espontânea! ...sim! é isso mesmo! E isso nada tem com colocar o interesse “dos outros” na frente dos meus. Ao contrario, eu ofereço benefícios aos outros para alcançar o meu benefício de forma justa; ou seja, eu espero retribuição. Se minha expectativa não é atendida, eu não me conformo achando que tal seja certo. Na verdade estou pensando no meu bem estar de forma justa. Meu objetivo não é o de beneficiar os outros, ou a “coletividade”, mas sim o de me beneficiar. Já o coletivismo (é uma doutrina moral ...pô!) determina que o apregoado bem alheio deve preceder o meu benefício. Já escrevi um texto: “O coletivismo” que fala disso. O mercado em si é um fato; o mercado livre é uma doutrina moral fundada em principio filosófico-ético que julga que todos devem ser igualmente livres (ausência de opressão), considerando isso “o certo”. Já o coletivismo é uma doutrina pretensamente fundada num fim: o “bem comum”. Considerando que o tal “bem comum é “o certo”, sem qualquer relação com o julgamento de méritos. Tipo: “todos merecem o bem”. E esse “bem comum” o é segundo a subjetividade de quem o enuncia: é arbitrado. Como eu disse, há o que se julga certo e o que se julga errado. Isso não tem haveres com egoísmo e altruísmo, senão sob ponto de vista ideológico. Pois que uma ideologia pode estabelecer, p/ ex., que o “altruísmo” é o certo por sua prática proporcionar um “fim supremo” qualquer, como a “vida eterna”. Assim, atendemos a uma ideologia visando obter um fim benéfico. Mas há outra forma de se chegar a idéia de certo e errado, que é a lógica. Muitos alegam que sem uma moral ditada por Deus tudo seria permitido. Ou seja, apenas almejam o “beneficio dado por deus” aos que o obedecerem. Já outros não se guiam por tal “benefício divino” e nem mesmo por qualquer outro beneficio ideológico, mas sim por análises lógicas que não admitem contradições ou aberrações. Ser egoísta não é agir contrário ao certo para beneficiar-se, pois o certo é o certo, aquilo que deve se realizar (visão filosófica). Já na visão ideológica o objetivo é o “benefício compensador”, levando a que “o certo” é aquilo determinado ideologicamente (muito dialético! ...hehehe!). Pois não podem explicar filosoficamente a justiça do “seu certo” senão mirando no “benefício futuro” ...coisa plenamente egoísta. ...hehehe! Vejamos: Deus estabelece “o certo” e premiará os que o obedecerem, e considera-se que a verdade vem de Deus (não se pode julgar deus, ele está sempre certo) e anuir com ele resulta em benefício. Fora isso é pior ainda, pois se considerará algo “certo” subjetivamente, sem qualquer raciocínio lógico: um mero arbítrio subjetivo ou em vista de um benefício terreno mesmo. ...isso é muito egoísmo. Pois o certo, o justo, é aquilo que deve se realizar, e deve ser imposto. Se alguém disser que o certo e justo não deve ser imposto, estará concordando que o injusto deve se realizar. Fazer caridade é algo benéfico aos que a recebem, e até agradável de praticar e presenciar: é benéfico e até desejável. Mas daí a dizer que é o certo e justo implica em tentar impô-lo. A menos que se concorde com o direito da injustiça, ou das coisas erradas, de existir. Há erros no sentido de não levarem aos fins almejados, mas há erros em sentido absoluto. P/ ex.: roubar é filosoficamente errado, ou injusto, independente de qualquer resultado do roubo. Mas se alguém concebe que uns roubando de outros leva a um resultado benéfico, se poderá dizer que “neste caso será certo/justo”? por meramente beneficiar a maioria ou mesmo apenas os muito pobres, em prejuízo dos ricos? ...o que dirá um “altruísta” sobre isso? ...e matar? será certo ou justo matar um inocente para beneficiar 5000? um egoísta dirá que não, mas um coletivista terá que concordar que a vida de um inocente vale menos que o bem de 5000. Afinal, para a idéia coletivista/altruísta o interesse coletivo precede ao individual. De onde sai tal absurda sentença? da quantidade? do benefício à maioria? do mero arbítrio subjetivo? um altruísta deve se oferecer em sacrifício ou exigir o sacrifício alheio por ser isso “o certo”? ..esmiuçar as questões é terrível."

C. Mouro 4

"Egoísmo significa que você é um fim em si próprio, e egocentrismo significa que os demais são meios para você mesmo. Assim, um necessitado que exige dos outros é um egocêntrico, que pretende submeter os demais a si. Essa sua idéia de que pensar em si mesmo coloca os demais em submissão plena a seu interesse é desprezar completamente a idéia de certo e errado; é desprezar a lógica; é menos que animalizar o ser humano. Desconsiderando plenamente a razão como instrumento para julgar o certo e o errado, fica evidente que você só não mata e rouba porque pode ser punido. No meu caso, mesmo que não houvesse punição eu não mataria um inocente para me beneficiar. Pois julgo isso errado/injusto; e agir contra minha razão me causaria a imensa dor do remorso (remorso é razão). Se alguém que não se sente bem sendo justo e até “altruísta” pratica o bem aos demais, quais os motivos que o levam a tal “altruísmo”? Seria apenas a ambição de obter um “bem futuro” (“vida eterna” p/ex.) ou mecanicamente (sem nada julgar = zumbi) atenderia uma recomendação moral estabelecida? Qual o motivo de se praticar o bem e a justiça se não a razão que nos faz sentir bem? O negócio é que defender o altruísmo é envaidecedor diante da moral estabelecida. Um bandido criminoso defende os “direitos humanos” porque isso o favorece, tanto que não os respeita nos demais. E vê-los em tal defesa dá a impressão de que são muito “justos” e até “altruístas”. Condenar o egoísmo foi, e é, propagandeado como valorizador do indivíduo, é a moral estabelecida por interesses. O que seria dos “altruístas profissionais” se não induzissem a se crer na valorização que o “altruísmo” proporciona: atribuir valor aos servos os induz a serem servis, interessados egoisticamente neste valor, ou egoisticamente interessados no prazer de servir."

C. Mouro 3

"Liberalismo, ou liberdade igual para todos, não é generosidade, é respeito pelos indivíduos, é justiça. É respeito aos direitos naturais dos indivíduos e não uma concessão benevolente. Generosidade é o que concedemos a quem não tem direito. Respeito é reconhecer o justo direito alheio. As “maiorias” devem respeitar o igual direito da “minoria” (cada indivíduo deve respeitar cada um outro). Nenhum indivíduo tem direito sobre outro que não o tenha concedido. Isso é racional, é julgar o certo e o errado logicamente. Agir conforme minha razão julga o certo me proporciona muito prazer, e até a generosidade me faz sentir bem. Se você nada sente ao agir honestamente e mesmo praticar atos generosos ...sorry! EU TENHO FARTOS MOTIVOS RACIONAIS PARA RESPEITAR O DIREITO ALHEIO. Sinto por você não os ter. Eu não desejo comandar a vida alheia para que não me matem, eu digo que eles não têm esse direito, da mesma forma que eu não tenho direito sobre a vida deles. Comandar é recomendar ação, ou determinar obriga-ação, eu apenas proíbo-ação alheia sobre mim. Por favor tente entender o que é consciência ...ela existe, é razão. Só as máquinas não encontram razão para sua ação ou inércia. AGORA, uma curiosidade: pode me dizer QUAL O MOTIVO QUE VOCÊ DÁ PARA AS MAIORIAS NÃO TRUCIDAREM AS MINORIAS? será interessante saber."

C. Mouro 2

"Bem, para começar, eu sou tão egoísta, mas tão egoísta, que me obrigo a não prejudicar ninguém, para não justificar que alguém possa me prejudicar. Há o certo e o errado, concluídos por análise lógica ou por arbítrio “vindo do além”. Um sujeito egoísta não quer sentir vergonha de si, mas sim o prazer do orgulho sincero, e agir contrario ao que considera certo o deprecia ante si mesmo; e sendo egoísta não o admite, seria um mal a si. Todos julgam optando por mal menor ou bem maior. Para quem não é egoísta (nem orgulhoso), a pratica de canalhices não causa desconforto interno, visando apenas as consequências externas. Daí que quem não é egoísta se permite tudo praticar, desde que ninguém o saiba para puni-lo. Já os egoístas orgulhosos entendem que sempre eles mesmos saberão, e isso é suficiente para seu desconforto. Ora, é justamente por defender o egoísmo que se condena o uso do Estado para tirar de uns e dar a outros. O coletivismo anui com isso, o individualismo egoísta não. O pretenso altruísmo, moral-ideológico, é que foca no benefício alheio em desprezo pelo indivíduo, defendendo que cada indivíduo deve sacrificar seus interesses em benefício dos demais. E tal é em si uma contradição, como tudo que é fraudulento, tendencioso. Pois se cada um desprezar a si pelo bem alheio, não poderá jamais concordar que alguém se prejudique para beneficia-lo. E então teremos O TAL “ALTRUÍSMO” DEFENDENDO QUE UNS SEJAM ALTRUÍSTAS E OUTROS SEJAM EGOÍSTAS; ...hehehe! ...UMA ABERRAÇÃO LÓGICA! que põe a nu tal embuste moral-ideológico. Obrigando a um abandono da lógica ética para se apoiar no relativismo do mais desavergonhado arbítrio desconexo. Ou seja, arbitra-se que “tudo depende” e, assim, o tal “altruísmo” não seria colocar o interesse alheio em primeiro lugar, mas sim arbitra-se uma hierarquia de necessidades e “danos”. Tipo atender necessidades alheias sem que tal cause dano grave ao “altruísta”, segundo o que se arbitra por dano (mas se ele se prejudicar será uma “grande alma altruísta”): uma milonga ideológica! embuste! Assim, facilmente se pode chegar a que o altruísmo leva a uma defesa da pretensa igualdade material (impossível), onde tudo se divide; e até ao “comunismo” na forma de se produzir sem interesse próprio, mas sobretudo para o bem alheio, SEM JULGAR O MÉRITO ALHEIO e sem considerar ímpetos subjetivos. Ou seja, na verdade o “altruísmo ideológico” é nitidamente contrário a meritocracia e à subjetividade, ele despreza o mérito e conseqüentemente despreza a justiça (o que é justo), atendo-se unicamente na “práxis” realizadora (coisa para zumbis). O altruísmo ideológico é um embuste coletivista. Curiosidade: Se alguém ajuda gratuitamente é “altruísta” mas se ajuda exigindo uma contrapartida beneficiadora entende-se que não o é: quem faz caridade é bom; quem vende/comercializa é mau (doação x remuneração). Ou seja, o que está em jogo nesta porca moral ideológica não é o benefício alheio, mas sim o dano de quem o pratica. ...a inveja exige o dano do invejado e ao mesmo tempo envaidece o traste por tal exigência. ...uma lástima! O valor moral da caridade opondo-se à troca, é um alento para muitos. Quanto ao “desejo de poder”, que não é o “desejo de potência” de Nietzsche, isso não é egoísmo, é egocentrismo de quem almeja comandar a vida alheia segundo suas preferências e opções ideológicas. É um desejo característico daqueles que seguem ideologias “salvadoras” que possuem a “receita do bem comum”, ou da salvação. ...coisa de “altruístas”. Abraços C. Mouro Obs.: Não li Rand, mas creio que concordaria bastante."

C. Mouro

"Ualll...!!! O Mercado é instituição coletivista??????? ...oh! raios! Imagino que se esteja entendendo o mercado como um local cheio de gente ...hehehe! ...o dito mercado é só um ambiente onde as pessoas se relacionam e não um local cheio de gente. Ademais coletivismo não é amontoado de gente interagindo num "supermercado" ...hehehe! e sim uma doutrina que estabelece que o "interesse coletivo" precede o individual (claro que o "IC" é estabelecido segundo os interesses dos coletivistas); é quantitativa. Egoísmo é "pensar em si mesmo", egocentrismo é que é sobrepor-se aos demais acreditando que devam eles também pensar em mim primeiro. O egoísmo não leva ao banditismo, mas sim o egocentrismo. "Egoísta é aquele que pensa primeiro em si mesmo e depois em mim" ...quem condena o egoísmo é egocêntrico! Misturar egoísmo com safadeza, como necessariamente uma agressão aos demais é um desavergonhado sofisma. O fato de alguém entender que não tem obrigação de tirar de si para doar a outro, prejudicar seu interesse para beneficiar outro, não significa que entende que o outro deve ser sacrificado a si. Esse tipo de deturpação é safadeza. Ademais um altruísta só será altruista se sua prática lhe causa bem estar. Ou seja, se pratica o "altruísmo" por obrigação moral, visando apenas obter a recompensa do meio moral, o está praticando por um outro interesse que não o bem alheio. Ou seja, para ser realmente altruísta, há que ser egoísta. Egoísta que se sente bem em ajudar os demais, e por tal pratica o altruísmo por puro egoísmo. Praticar o altruísmo para "ficar bem na fita" ou para poder cobrá-lo dos demais em próprio benefício é algo repugnante. Não só se é "altruísta" para beneficiar outros, mas também como meio de exigir que outros se prejudiquem. Muitos são os que sentem prazer no mal alheio, que também pode ser um bem para si, mesmo que na aparência não o seja: o invejoso sente-se bem com o mal, ou prejuízo, daqueles que inveja, e exigir-lhes o "altruísmo" é um meio de tentar causar-lhes danos, tanto quanto um meio de exibir-se "valioso" ...algo envaidecedor ...hehehe! (segundo a moral estabelecida ideologicamente). Um egoísta orgulhoso (coisas condenadas por ideologias safadas) será honesto. ...E coletivismo é uma doutrina e não um amontoado de gente se relacionando ...pô! Abraços C. Mouro"

Gente que condena o ego e o lucro

O que é o ego? "O ego representa um conjunto de idéias, vontades e pensamentos que movem a pessoa e desenvolvem a sua perspectiva diante da sua própria vida. É a experiência que o indivíduo possui de si mesmo." Ou seja, pode-se dizer que o ego corresponde à auto-estima. Sem uma auto-estima saudável, a pessoa fica refém do que os outros pensam sobre ela e passa a viver não pra si própria, mas em função dos outros. Todo coletivismo se baseia na submissão do indivíduo ao grupo e não é de se espantar que essa desqualificação do ego parta justamente dos defensores do coletivismo, porque não interessa a eles alguém com um pensamento independente que questione as diretrizes impostas pelo grupo. E o que é o lucro? O lucro é a diferença positiva das suas ações. Se o ego corresponde à auto-estima, o lucro corresponde à sobrevivência, porque nenhum organismo sobrevive sofrendo prejuízo atrás de prejuízo. Quem condena o lucro muitas vezes é a mesma pessoa que condena o ego, pra quem a "lógica do lucro" devia ser substituída pelo "bem comum". Mas como dividir com os outros o que não existe? Se o Bill Gates hoje investe milhões em filantropia é porque antes ele produziu bilhões com a sua "lógica do lucro". Se os governos distribuem bolsas é porque a "lógica do lucro" da iniciativa privada criou previamente esses recursos. Assim como não existe dicotomia entre o lucro e a compaixão, não existe conflito entre o ego e a compaixão, porque só um ego saudável é capaz de ter empatia, os neuróticos estão muito ocupados com as suas questões internas mal resolvidas pra perder tempo com essas coisas.

Wednesday, April 14, 2010

Pequenas amostras do marxismo jornalístico

Claro que um jornalão como O Globo não é uma massa uniforme de opiniões homogêneas ditadas pelo dono ou pela mentalidade hegemônica dos cursos de jornalismo. Há opiniões conflitantes que se contradizem no virar de uma página. Não posso deixar de notar, porém, algumas tendências. Os editoriais seguem uma linha liberal moderada no que o jornal, lá vai um juízo de valor, faz muito bem. As opiniões oficiais são contrabalançadas por colunistas como o Ancelmo Gois, um ex-militante do PCB que não renega o passado e não esconde a sua adoração por medidas que atentem contra as liberdades individuais. Hoje ele fez pouco caso da reclamação de uma associação que pedia a revogação da proibição de cigarro em estabelecimentos comerciais. Coloca um "eu apóio" em qualquer medida que relativize a propriedade privada em nome da saúde ou da "consciência social" (socialismo). É o baluarte do politicamente correto e, por isso mesmo, adorado pela esquerda-caviar. E, falando nisso, hoje um crítico de cinema do jornal teceu loas ao filme que o Michael Moore diz ser sobre o capitalismo, com o bonequinho aplaudindo sentado a nova propaganda de desinformação que o crítico chamou de "equilibradamente marxista", lamentando ser "uma pena que, (o festival irônico) É Tudo Verdade à parte, Marx não tenha sido bem-vindo às salas de cinema do Brasil". Vade retro.

Monday, April 12, 2010

Sobre ter "vergonha na cara"

Num jogo da Inter de Milão, o Sílvio Lancellotti leu o e-mail de um telespectador (depois fiquei sabendo que o general Newton Cruz tinha dito a mesma coisa na entrevista com o Geneton Moraes Neto) dizendo que a Constituição devia ter uma única lei: "Todos os brasileiros devem ter vergonha na cara. Todas as disposições em contrário estão revogadas". Soa bem, mas não resolve. O que é ter "vergonha na cara"? Toda discussão ética acontece porque esse conhecimento não é dado pela natureza. Claro que ela dá todas as pistas de como lidar com os outros, mas a pessoa não nasce sabendo respeitar o outro. Você já percebeu como falta essa capacidade à maioria das crianças? Então a lei deve incentivar a aplicação da liberdade de fazer e a responsabilidade de responder. Pra uma pessoa, ter "vergonha na cara" pode ser X e pra outra ser Y - a subjetividade do conceito é evidente - por isso que a igualdade perante a lei é tão importante pra que se evite privilégios de uns às custas dos demais.

Friday, April 09, 2010

O jogo do bicho

O estado determinou que o jogo de bicho é ilegal porque a máfia maior não gosta de concorrência, só ela pode explorar a jogatina através das suas loterias. Isso não impediu que pequenas máfias se formassem e disputassem entre si os pontos e todas as outras atividades que vêm a reboque da ilegalidade. Agora mesmo houve um atentado digno da Camorra contra um dos herdeiros do Castor de Andrade na Barra da Tijuca. O alvo estava no seu carro cercado de seguranças, todos policiais militares, what a surprise. O que acontece é que o jogo do bicho é uma contravenção que conta com a vista grossa das autoridades porque as próprias autoridades se beneficiam da situação através da corrupção que essa zona cinzenta incentiva. E de alguma maneira isso interessa aos próprios contraventores, porque sem a legalidade e a competição o setor fica limitado aos que já têm a conivência dos policiais e delegados incluídos na sua folha de pagamento. Isso não difere do que acontece com as drogas, pergunta pra um traficante se ele apóia a legalização. Então em nome da moralidade hipócrita temos o pior dos mundos: um jogo que o povão gosta proibido pelas autoridades que se unem aos contraventores pra manter a roda girando na base da corrupção e da violência.

Thursday, April 08, 2010

Sexo e religião

Os cristãos estão se sentindo acuados pelos últimos escândalos sexuais da igreja. Não sou religioso ou místico, não acredito numa "força maior" além da natureza ou em qualquer tipo de "espiritualidade". Claro, não posso ter certeza absoluta de que essas coisas não existem, mas como provar a inexistência de algo que não existe? "Me prove que esse ser invisível que eu estou vendo agora não existe!" Fé é crença sem evidência, mas a pessoa deve ter a liberdade de crer no que quiser, seja em Deus, Duendes, Iemanjá ou no Espaguete Voador. No Santo Daime, Zen Budismo, I-Ching ou em qualquer uma dessas invenções new age que tentam suprir uma necessidade de transcendência e não carregam nas costas toda uma história como as religiões mais tradicionais. Por causa justamente dessa história, o cristianismo virou meio que saco de pancada e por isso, de alguma maneira, me solidarizo com os cristãos. Vejo prós e contras na sua influência que nada têm a ver com a veracidade dos seus postulados, mas toda essa loucura que se abateu sobre os católicos tem uma razão de ser: a repressão sexual. Fazer esse diagnóstico não é o mesmo que fazer apologia ao liberou geral, porque não é à toa que o sexo é um assunto tão delicado. Só que me parece evidente que muitos padres viram padres justamente pra tentar escapar do inferno que enfrentariam caso cedessem aos seus instintos mais primitivos. Como esses instintos - na maioria das vezes homossexuais - não desaparecem por encanto (outra coisa que não existe), uma hora eles se manifestam potencializados por anos e anos de repressão.

Monday, April 05, 2010

O desinteresse pela filosofia

Um dos motivos da filosofia ter virado um assunto que desperta pouco interesse é essa tendência que muitos acadêmicos têm de se engajar em debates auto-referenciais, em analisar as minúcias do autor X ou Y em contraponto ao discurso W ou Z, sem levar essa especulação pra realidade. Muitas vezes a coisa parece ser feita pra isso mesmo, pra afastar as pessoas e "a investigação crítica e racional dos princípios fundamentais relacionados ao mundo e ao homem" ficar restrita àquele círculo de iniciados. Mas não é disso que se trata a filosofia, ela está aí pra nos ajudar a agir dentro dessa realidade que a reflexão filosófica nos ajudou a compreender. Ela não é um jogo de significados e significantes em que ganha quem conseguir ser mais obscuro e incompreensível. Ela não serve pra adular a nossa vaidade intelectual, ela serve pra pessoa compreender o que está acontecendo a sua volta e isso só vai ser possível se ela não subestimar o poder da sua própria consciência. Se a pessoa já partir do princípio de que tudo é uma ilusão e que a verdade não existe, a filosofia não vai ter nenhum sentido. Se tiver um mínimo de confiança na sua capacidade racional, a pessoa vai ter todos os motivos pra se engajar na investigação filosófica, porque disso depende a sua própria sobrevivência e felicidade.

A diferença entre o capitalismo e o socialismo segundo um socialista

Essa imagem já é famosa e muito disseminada entre os eleitores do PSOL e adjacências no Brasil. Veja que na representação do socialismo, o governo vermelho rouba o dinheiro do camarada azul. Faz isso em nome dos pobres, mas o pobre recebe somente a raspa do tacho, é só ver o orçamento de qualquer prefeitura e perceber que a maior parte dos recursos roubados do camarada azul vai pro pagamento do pessoal que trabalha ou trabalhou pro governo vermelho. Já na representação do capitalismo, o governo vermelho com dinheiro rouba o camarada azul sem dinheiro, o que motiva a seguinte questão: se o camarada azul não tem dinheiro, o que é que o governo vermelho está roubando? "A sua dignidade!" Controle as suas chantagens emocionais, eleitor do PSOL e adjacências, e concentre-se na lógica do processo. O que acontece é que o capitalismo leva a culpa pelo corporativismo que comanda as relações entre o governo e a iniciativa privada. Sim, não há capitalismo de fato, mas uma mistura entre capitalismo e socialismo, e o eleitor do PSOL e adjacências convenientemente se esquece de quem tem o monopólio da coerção e, por isso mesmo, comanda esse processo: o seu amado governo vermelho. O camarada azul é a iniciativa privada sem conexões políticas, sem subsídios do BNDES ou patrocínios estatais. É ele o verdadeiro explorado na luta de classes entre consumidores (governo) e pagadores (iniciativa privada) de impostos (coerção).