Friday, November 28, 2008

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"O erro do pessimismo é o primeiro passo abaixo na ladeira escorregadia que leva ao Conservadorismo; e consequentemente era muito fácil para o radical pessimista Nock, mesmo ainda basicamente um libertário, aceitar o rótulo conservador e até resmungar a superficialidade que existe numa presunção a priori contra qualquer mudança social." Essa parte ficou confusa. [confusa é a sua cabeça]

O problema do pessimismo

"Isso porque sempre houve uma grave falha na brilhante e bem-afiada doutrina libertária martelada em suas diferentes visões por Nock e Mencken; ambos adotaram o grande erro do pessimismo. Ambos não viam esperança na raça humana adotar algum dia o sistema da liberdade; sem esperanças de que a radical doutrina da liberdade fosse algum dia aplicada na prática, cada um à sua maneira pessoal se eximiu da responsabilidade de liderança ideológica, Mencken de maneira feliz e hedonista, Nock de maneira arrogante e secreta. Apesar da contribuição maciça de ambos à causa da liberdade, dessa forma, nenhum poderia nunca se tornar o líder consciente de um movimento libertário: como ambos não podiam ver o partido da liberdade como o partido da esperança, o partido da revolução, ou a fortiori, o partido do messianismo secular. O erro do pessimismo é o primeiro passo abaixo na ladeira escorregadia que leva ao Conservadorismo; e consequentemente era muito fácil para o radical pessimista Nock, mesmo ainda basicamente um libertário, aceitar o rótulo conservador e até resmungar a superficialidade que existe numa presunção a priori contra qualquer mudança social." - Murray Rothbard em "Esquerda e Direita - Perspectativas Para a Liberdade" (http://www.libertarianismo.com/index.php?option=com_docman&task=cat_view&gid=26&Itemid=48).

Thursday, November 27, 2008

Jim Rogers: Let Banks Fail

A mídia e a crise

Leio que o governo dos EUA vai "injetar não sei quantos trilhões de dólares na economia", ou que a União Européia também vai fazer algo do tipo "pra aquecer o crédito". Os jornalões parecem nunca questionar tais medidas, intoxicados que estão com as teses keynesianas que dominam o mainstream. Quando o cara do Tesouro americano diz que vai dar bilhões pra esse ou aquele, na verdade está dizendo que vai criar esse dinheiro do nada, hipotecando o consumo futuro de todos em benefício do consumo presente de alguns. Ou seja, está contraindo dívidas e inflacionando a moeda pra manter uma economia comprovadamente ineficiente às custas dos "contribuintes". O que me espanta não são os governos lançarem mão desses artifícios pra saírem bem na foto (políticos focam no curto prazo, ao contrário do que se diz), mas sim o apoio dos jornalistas que compram essas idéias sem ao menos darem um pio. O "sistema" parece uma bem azeitada máquina de enganar trouxas, com o estado e a grande mídia unidos num só coração pra deixar tudo como está.

Ué, cadê o tal otimismo?

Sou um otimista. Não exagerado, na medida em que tanto o pessimismo quanto o otimismo exagerados são posturas irracionais. Mas creio que, aos trancos e barrancos, o mundo vem melhorando. Isso não é o mesmo que dizer que, no matter what people do or think, as coisas evoluam. Ter abundância ao invés de escassez é resultado de políticas, que são conseqüências de escolhas. Escolhas dependem da vontade, que depende da mentalidade. Se a mentalidade vigente aponta um caminho que gera escassez, mesmo que a intenção declarada fosse produzir abundância, não é surpresa quando a escassez acontece. Políticas socialistas geram escassez, apesar de diminuírem a desigualdade nivelando todos por baixo. Políticas liberais não combatem a desigualdade, mas geram abundância, beneficiando a todos. O Brasil do PT nivela por baixo, cultua a mediocridade e tem hojerizah à livre-iniciativa. Um vitimismo institucionalizado que gera racismo e classismo, estimulando o conflito ao invés da cooperação. Isso é o resultado "bem sucedido" de décadas de uma doutrinação que misturou o marxismo e o catolicismo com um estatismo patrimonialista onde todos parecem querer um naco da pilhagem governamental. É triste, mas o Rio de Janeiro está mais pobre, as favelas crescem, as ruas estão sujas, os mendigos e pivetes proliferam e os concursos públicos parecem ser a única luz no fim do túnel do desemprego e da informalidade. Dá desânimo perceber que, mesmo assim, as pessoas continuam tacando álcool nesse incêndio. Fica aqui o meu desabafo.

Booooring

Pessoas se dizem contra o individualismo sem se darem conta de como seriam as suas vidas sob um coletivismo brabo. [se muda logo pra uma ilha deserta, mané!] Se você não tem o controle da sua vida, você é um escravo. [sim, sua vida é uma concessão do estado] Se você depende do consentimento dos outros pra fazer isso ou aquilo, você é um escravo. [você não é um escravo, é só um autista] Se você está preso num "contrato social" que não assinou, você é um escravo. [páre de falar merda ou vou chamar o seu feitor!] Como o coletivismo atual é brando e a maioria imagina estar sendo beneficiada de alguma maneira, o status quo não é questionado. [se eu ganhasse 1 real a cada vez que você escreve status quo...] O estado acaba se legitimando ao atender as demandas dos grupos de interesse que beneficiam uns em detrimento de outros. [tira a bunda da cadeira e vai reivindicar então o seu quinhão, bobalhão!] Quem sempre sai perdendo é a liberdade individual, o antídoto contra qualquer tipo de coletivismo. [so fucking naive!]

Wednesday, November 26, 2008

Cynicism is soooo last week

Sensacional o novo do Woody Allen, como nunca deixa de ser. [whatever...] Tudo é bonito, estético, a civilização realmente dá as caras por ali. [whatever dude...] Nenhum diálogo é desperdiçado. [whatever dude, we're...] As pessoas soam reais, não fazem parte de um manual politicamente correto. [whatever dude, we're all...] O proselitismo é o da busca pelo amor que te completa e incompleta, que te liberta e aprisiona. [whatever dude, we're all gonna...] Da insatisfação eterna enquanto dura. [whatever dude, we're all gonna die]

Tuesday, November 25, 2008

This Thanksgiving, Don't Say Grace, Say Justice

"Justice is the virtue of judging people rationally - according to what they say, do, and produce - and treating them accordingly, granting to each man that which he deserves. If someone spends the day preparing a wonderful meal, justice demands that he, not God, be thanked for doing so. If someone provides his family with a warm, safe, comfortable home, justice demands that he, not God, be thanked for providing it. If a policeman or fireman or doctor saves someone's life, justice demands that he, not God, be thanked. If a loving spouse or child or parent or friend provides you with great joy, justice demands that he, not God, be acknowledged accordingly. If a philosopher discovers the principles on which freedom depends - and if others put those principles into practice - justice demands that they, not God, be given credit." - Craig Biddle (http://www.capmag.com/article.asp?ID=5062).

Monday, November 24, 2008

O coletivismo

"Comrades! We must abolish the cult of the individual decisively, once and for all." -- Soviet Premier Nikita S. Khrushchev, addressing the 20th Congress of the Soviet Communist Party, 2-25-56 "The unity of a nation's spirit and will are worth far more than the freedom of the spirit and will of an individual; and that the higher interests involved in the life of the whole must here set the limits and lay down the duties of the interests of the individual." -- Adolph Hitler "We need to stop worrying about the rights of the individual and start worrying about what is best for society." -- Hillary Clinton "To be a socialist is to submit the I to the thou; socialism is sacrificing the individual to the whole." -- Joseph Goebbels, Minister of Propaganda, National Socialist German Workers' ("Nazi") Party "...we understand only the individual's capacity to make sacrifices for the community, for his fellow men." -- Adolf Hitler, 10-7-33 (http://freedomkeys.com/collectivism.htm).

Friday, November 21, 2008

Sobre o racismo

"When men began to be indoctrinated once more with the notion that the individual possesses no rights, that supremacy, moral authority and unlimited power belong to the group, and that a man has no significance outside his group -- the inevitable consequence was that men began to gravitate toward some group or another, in self-protection, in bewilderment and in subconscious terror. The simplest collective to join, the easiest one to identify -- particularly for people of limited intellligence -- the least demanding form of "belonging" and of "togetherness" is race". - Ayn Rand (http://freedomkeys.com/ar-racism.htm).

Quem é você para questionar Jorge Amado?

“Vós sabeis, amigos, o ódio que eles têm - os homens de dinheiro, os donos da vida, os opressores dos povos, os exploradores do trabalho humano - a Stalin. Esse nome os faz tremer, esse nome os inquieta, enche de fantasmas suas noites, impede-lhes o sono e transforma seus sonhos em pesadelos. Sobre esse nome as mais vis calúnias, as infâmias maiores, as mais sórdidas mentiras. ‘O Tzar Vermelho’, leio na manchete de um jornal. E sorrio porque penso que, no Kremlin, ele trabalha incansavelmente para seu povo soviético e para todos nós, para toda a humanidade, pela felicidade de todos os povos. Mestre, guia e pai, o maior cientista do mundo de hoje, o maior estadista, o maior general, aquilo que de melhor a humanidade produziu. Sim, eles caluniam, insultam e rangem os dentes. Mas até Stalin se eleva o amor de milhões, de dezenas e centenas de milhões de seres humanos. Não há muito ele completou 70 anos. Foi uma festa mundial, seu nome foi saudado na China e no Líbano, na Rumânia e no Equador, em Nicarágua e na África do Sul. Para o rumo do leste se voltaram nesse dia de dezembro os olhos e as esperanças de centenas de milhões de homens. E os operários brasileiros escreveram sobre a montanha o seu nome luminoso”. - Jorge Amado, via Janer Cristaldo (http://cristaldo.blogspot.com/).

Wednesday, November 19, 2008

Uma nova Era

"Ah, o que você defende é libertinagem!" [se achando o doidão!] Absolutamente. [se acha, sim] Ser favorável à legalização das drogas não é o mesmo que defender o seu uso. [acha que tá enganando quem?] Nem tudo o que é imoral deve ser ilegal. [belo clichê!] O tal princípio da não agressão não é um norte moral, ele apenas trata do uso da força. [que canastrão empolado!] Não se pode e nem se deve coagir ninguém a nada. [ok] O ideal são as associações voluntárias. [desce aí mais um clichê!] Somos obrigados, pelas leis, a ter muitas associações não voluntárias ao longo da vida. [verdade] Isso tem que ser liberalizado. [libertinalizado?] Gradualmente, naturalmente. [um apelo à moderação, parabéns!]

Friday, November 14, 2008

Quem é você para questionar Oscar Wilde?

"Mas confesso que muitos dos pontos de vista socialistas com que tenho
deparado parecem-me contaminados por idéias de autoridade, se não de verdadeira coação. Evidentemente, tanto uma como outra são inadmissíveis. É necessário que toda associação seja voluntária, pois somente numa associação voluntária o homem é justo
."
Isso é o Oscar Wilde no seu "A Alma do Homem Sob o Socialismo" via (http://acao-humana.blogspot.com/
). Plenamente de acordo com o princípio da associação voluntária, mas como isso aconteceria com a vida regida por um comitê central? O livro é bem escrito e saiu em 1891, antes da prática socialista, mas o texto não tem lá muito compromisso com a lógica. Veja só: "A admissão da propriedade privada, de fato, prejudicou o Individualismo e o obscureceu ao confundir um homem com o que ele possui. Desvirtuou por inteiro o Individualismo. Fez do lucro, e não do aperfeiçoamento, o seu objetivo. De modo que o homem passou a achar que o importante era ter, e não viu que o importante era ser." Quantas vezes eu já ouvi isso! [vai ouvir sempre, burguesinho mal acostumado!] Eu não julgo a pessoa pelo que ela tem, esse é apenas um dos fatores de um julgamento que TODO mundo faz. [isso, usa caps lock PRA ENFATIZAR UMA PALAVRA!] É engraçado ver um famoso dândi com um discurso desses. [quem pode, pode] A primeira e primordial propriedade de um homem é o seu próprio corpo. [ih, clichê liberal à vista!] "Abolida a propriedade privada, haveremos de ter o Individualismo verdadeiro, harmonioso e forte. Ninguém desperdiçará a vida acumulando coisas ou à cata de símbolos para elas. Haverá vida. Viver é o que há de mais raro neste mundo. Muitos existem, e é só." Meu Deus! Parece comigo escrevendo no diário aos 15 anos. [diário? viado!] "Nunca se porá em discórdia, nem entrará em discussões ou contendas. [difícil...] Nada terá de provar. [sei...] Conhecerá tudo. [tudinho mesmo?] E no entanto não se ocupará do conhecimento. [conhecerá tudo sem se ocupar disso? hummm...] Será sábio. [ok] Bens materiais não medirão seu valor. [bens materiais não são os únicos valores, sem dúvida alguma] Não haverá de ter coisa alguma. [nem o controle do próprio corpo?] E terá no entanto todas as coisas; [todas as coisas serão minhas? sério?] tão rico, o que dele venha a se tirar, ele ainda o haverá de ter. [como assim?!] Não estará sempre se intrometendo com os demais, ou pedindo-lhes para serem iguais a si próprio. [isso realmente é um saco] Ele os amará por serem diferentes. [não precisa me amar, basta me deixar em paz] E embora não vá se intrometer com os demais, ajudará a todos, como algo de belo nos ajuda por ser o que é. [que coisa maravilhosa!]" (http://www.livrosparatodos.net/livros-downloads/a-alma-do-homem-sob-o-socialismo.html).

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Gravadora Major. Na mesma linha da Gravadora Discos do Gabriel dos Autoramas.

Radiohead - Where I End and You Begin (Live From The Basement)

Wednesday, November 12, 2008

82

Sim, Sir Felinácio, seu chá com bolinhos com a Condessa Gatchuka está confirmado para às 17 e 30 no lobby da Catedral de Westminster. Use de toda a sua sofisticação e charme para conquistá-la, pois ela é a nossa última esperança para não acabarmos na sarjeta após a recente falência de nossa montadora. Você sabe como são as ruas, cheias de ratos sem pedigree e vândalos sem respeito pela nossa nobreza. Hurry up and congrats for the monocule. Nice touch indeed.

O estado e o racismo

"E, na realidade, é o governo federal - mais do que qualquer coisa - quem nos divide de acordo com raça, classe, religião e gênero. O governo, através de seus impostos progressivos, de suas regulamentações restritivas, de seus subsídios corporativos, de suas cotas raciais e de seus programas assistencialistas, possui um papel essencial em determinar quem irá ser bem sucedido e quem irá fracassar em nossa sociedade. Essa "benevolência" governamental desestimula completamente a genuína boa vontade entre os homens, pois acaba institucionalizando uma espécie de pensamento grupal em que um grupo sempre desconfia de que os outros grupos estão recebendo uma fatia maior da pilhagem governamental. Nada mais danoso para a solidariedade e para a caridade voluntária." - Ron Paul (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=189).

Eu também quero um bailout!

Corporativismo não é capitalismo. Isso vale pro Brasil, pros EUA e pra Conchinchina. Se as montadoras contavam e contam com o estímulo amigo do governo (leia-se "contribuintes") numa conveniente troca de favores, tal arranjo não tem nada a ver com o capitalismo. Quando a GM ou qualquer outra empresa tem que se submeter a sindicatos e demais legislações impostas de cima pra baixo que limitam a sua capacidade de gestão, com funcionários imaginando seus empregos como um patrimônio adquirido, essa relação demagógica - "o que serão desses empregados, vão todos morrer de fome!" - dá margem pra resgates e coisas do tipo que perduram ad aeternum. A solução é deixar empregados e empregadores negociarem livremente, sem o governo garantindo a existência de nenhuma empresa ou emprego. Quer dizer, vivemos no mais deslavado corporativismo que socializa os prejuízos e a desinformação debita isso na conta liberal. "Deixa quebrar!" devia ser o novo lema. Do contrário, quando é que isso vai acabar?

Tuesday, November 11, 2008

Vai idade [quanta originalidade e criatividade!]

Sair por aí lendo blogs é meio deprimente. [é duro olhar no espelho, não?] É tudo vaidade ou há uma vontade genuína de melhorar as coisas? [tudo vaidade] São muitas vozes se contradizendo no vácuo. [o "vácuo" são as suas idéias] Ou você é ingênuo a ponto de achar que a sua opinião vai mudar alguma coisa? [keep dreaming, my friend] Nasça, viva e morra. [turn on, tune in, drop out] É a melhor contribuição que você pode dar à humanidade. [junto com o adubo intestinal] No caminho, tenha alguns prazeres e tente não ser escroto com os outros. [ó, que paspalhão de merda!] Ainda assim, os pensamentos vêm e a ilusão de que se tem algo importante a dizer aparece. [coloca uma melancia no pescoço que você ganha mais] Que ilusão de potência, seu Zé Mané! [fala o que quer, ouve o que não quer] O Brasil e o mundo vão ter mais liberdade não por causa dos idealistas ou dos pragmáticos, o instinto de autopreservação vai cuidar disso. [lembrete: água de bebedouro com cor de esperma não é potável!]

Sobre a natureza

O liberalismo não se trata de ausência de regras e a preservação dos ecossistemas vai contar com uma legislação que cuide dessas externalidades negativas. Por exemplo, quando uma empresa polue um rio, isso está evidentemente invadindo o espaço dos outros e deve ser alvo da lei. Sobre o crescimento econômico, ele é sim necessário, na medida em que a população cresce e não só quer como precisa consumir. Se quer consumir, precisa antes produzir. Esse não é um tema novo. No início do século 19, o Malthus (você deve conhecer) previa uma fome mundial, porque ele dizia que a produção de alimentos crescia em progressão aritmética enquanto a população crescia em progressão geométrica. Pois bem, essa catástrofe não aconteceu, ao contrário, com a industrialização e os ganhos de produtividade, a população e a expectativa de vida aumentaram muito desde então. A tecnologia vai tratar de criar, como já vem criando, maneiras de produzir fontes de energia cada vez mais limpas e baratas, mas o homem não tem outra alternativa a não ser misturar o seu trabalho com a natureza e tirar dali o seu sustento.

Monday, November 10, 2008

O mito de que o laissez faire é o responsável pela crise atual

"O ponto final lógico desse processo é que, um dia, todos terminarão acorrentados a uma parede, ou ao menos sendo forçados a fazer algo tipo viver em um CEP cujos números sejam os mesmos do seu CPF. E então o governo saberá exatamente quem é cada um, onde essa pessoa está e deixará claro que ela não poderá fazer absolutamente nada sem antes ter obtido a devida aprovação e permissão do estado. E então o mundo estará a salvo de qualquer um que tente fazer algo que o beneficie e que, por isso, supostamente prejudique os outros. E, quando chegarmos a esse ponto, o mundo irá desfrutar toda a prosperidade que abundará da total paralisia." - George Reisman (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=188).

R.E.M. - Wolves, Lower (Live 10/10/82)

Sunday, November 09, 2008

Cambista, um herói

O show do R.E.M. é fantástico, mas 200 reais é muita grana. Você percebe instintivamente que é um preço fora da realidade. E está superfaturado por causa da lei da meia-entrada. Há um projeto em Brasília propondo emendas à lei quando ela deveria ser simplesmente abolida. 80% dos ingressos vendidos são meia-entradas, e, desses, 80% devem ser de carteirinhas falsificadas. Seguir a lei ou gastar 100 reais a mais? Aí entra o cambista, alvo dos que dizem condenar o "lucro". Você troca 3 palavras com o cara e paga quanto você acha que aquele show realmente vale. VIVA OS CAMBISTAS E O R.E.M.!

Wednesday, November 05, 2008

A maioria pela menor minoria

O que eu ganho sendo contra a maioria? Não sei, talvez só perca. Talvez me alivie de alguma angústia. Ou o veredicto da maioria constitue a "verdade" ou a "justiça"? Acho que não. As forças que movem a história parecem viver num pêndulo constante, em que períodos de calmaria são seguidos de turbulências, booms vêm antes de busts e liberalizações são seguidas de intervenções. Não que essa lógica seja exata e evite que certos consensos se formem naturalmente. O momento da maioria é o de consolidação do estado como pólo aglutinador e, por que não?, justiceiro contra a "ganância" e o "egoísmo". Isso não é novidade, e essa moralidade dominou o século passado. A crença num poder central forte e moderador é tentadora e privilegia uma sensação de segurança sobre uma liberdade cheia de incertezas. Só que os governantes também são humanos, com suas "ganâncias" e limitações sendo amplificadas pelo poder de fazer e acontecer. Ou alguém tem dúvidas de que a maioria dos alemães apoiava Hitler e a maioria dos soviéticos apoiava Stálin? Não que o Obama seja parecido com esses 2, mas é bom manter os olhos abertos quando multidões depositam muita esperança numa só pessoa.

Barack Obama

O novo Jesus Cristo afro-descendente foi eleito, com o politicamente correto dando viva aos céus por esta bênção. Claro que ninguém sabe ao certo qual o programa do democrata, que se resumia à retórica vaga e envolvente da "mudança" e ao valor simbólico de um "negro" (mestiço, as the matter of fact) na presidência dos EUA. Mas já se sabe que ele não vai sair do Iraque ou do Afeganistão. Ou seja, a política intervencionista permanece, o que não é surpresa, uma vez que o Partido Democrata apoiou essas invasões. As promessas de diversas "bondades" estatais faziam parte também do programa do adversário, o que demonstra a hegemonia da crença num estado provedor, em contraste com os valores de independência que fundaram aquela nação. A ideologia estatista domina o mundo, e a alegria delirante que essa eleição provocou evidencia isso. Se o populismo e o messianismo montaram guarda na antiga terra da liberdade individual, é porque a coisa tá feia. De bom, um arrefecimento do antiamericanismo ao redor do mundo, mesmo que sob o preço de se fragilizar ainda mais a economia depois do desastre Bush. Um trade-off perigoso.

Monday, November 03, 2008

Mais sobre a crise 2

Não vi ninguém na grande imprensa sendo contra o bailout. Todos são favoráveis, e naquele tom de superioridade que desqualifica de antemão qualquer outra leitura. A VEJA, suposta revista liberal, tece loas ao New Deal em todas as suas edições. O que ficou pro senso comum é que faltou intervenção dos governos, e não que o excesso de intervenção causou o problema. Tudo bem que defender o laissez faire é algo complicado pra quem está no mainstream, num jogo de interesses em que perdas e ganhos são difíceis de mensurar, mas ao menos era de se esperar uma crítica mais aguda à expansão do crédito patrocinada pelos governos em parceria com os bancos. Como combater os efeitos se as causas estão envoltas nessa nuvem de fumaça? A crise parece ser vista como um tilt temporário, uma "destruição criativa" de Schumpeter em grande escala. Isso está longe da verdade, na medida em que a estrutura de poder permanece inalterada e a solução apontada é apenas mais do mesmo.