Wednesday, January 30, 2008

Por qual motivo pessoal vc defende a legalização?


Vixe, o que a ideologia não faz... hehe!
Agora a proibição existe pros EUA "lucrarem com o comércio de armas"... Fantástico!
O que tem o cu com a calças? Não se sabe, mas certamente tem algum interesse imperialista escuso por trás disso... hehehe!
Qualquer país só tem prejuízos com a tal guerra contra as drogas.
Uma que perde uma fonte valiosíssima de lucro, que movimentaria a economia formal, pros traficantes.
Outra que milhares de pessoas são mortas por isso. O prejuízo de vidas é incalculável.
E os bilhões que são gastos em segurança pública, quando se enxuga gelo tentando conter o comércio e o consumo? E a corrupção?
Sem falar na questão principal, que é a afronta à liberdade individual.
É só desperdício.
Colega, vc tem a liberdade de postar a opinião que quiser. Eu tenho a liberdade de considerar a sua opinião errada, de preferência mostrando as falhas do seu julgamento com argumentos.
Isso é liberdade.
Coisa bem diferente dos países que esquerdistas como vc admiram, como Cuba, onde a oposição é PROIBIDA e a única imprensa que existe é a oficial.
Sobre os EUA, a proibição é maléfica pra eles também. Pode ser benéfica pra alguns grupos de interesse, mas como um todo ela é prejudicial e drena recursos numa guerra perdida e estúpida.
O que eu discuto é essa assunção que os esquerdistas sempre fazem de que a culpa de tudo é dos americanos (ou estadunidenses... hehehe!) por interesses econômicos da "indústra da guerra", quando esse caso me parece estar muito mais relacionado com a moral religiosa que tenta tutelar comportamentos através da lei e que ainda apita muito por lá.
Eles têm muito o que evoluir, imagine então nós aqui nesse semi-socialismo...

Tuesday, January 29, 2008

Marxismo e um breve comentário sobre a África


Colega, a quantidade de adeptos não atesta a veracidade de nada. Bilhões de pessoas acreditam em deus, mas nem por isso é possível provar a sua existência.

Se existem poucos liberais no Brasil, isso é resultado de uma série de fatores que remontam desde a colonização portuguesa, o mercantilismo e o patrimonialismo que morre de medo que o liberalismo (a defesa da vida, liberdade e propriedade) prospere e acabe com os seus privilégios.

Outra coisa que atrasou a evolução liberal no Brasil foi a ditadura militar, que aconteceu em reação a uma radicalização ideológica própria da época, colocando erradamente pra opinião pública o pessoal de esquerda como grande defensor da democracia e da liberdade, algo que não corresponde à realidade.

Se dependesse da esquerda, seria implantada por aqui uma ditadura nos moldes cubanos, onde não existe democracia e nem liberdade.

Toda essa mistificação piora quando percebemos que os presidentes da ditadura militar (especialmente Geisel) aprofundaram ainda mais o estatismo vigente, que é exatamente o contrário do postulado liberal.

Sem falar no gramscismo, que se abstém de uma revolução, mas pretende incutir, aos poucos, um novo "senso comum", através principalmente das universidades e meios de comunicação, enaltecendo sempre o Pequeno Príncipe (o partido, no caso aqui o PT) como o centro que define os fins (socialistas), como se fosse um imperativo categórico.

Socialismo e nazismo (nacional-socialismo) não são iguais, mas ambos são sistemas coletivistas, que colocam um "bem comum" (definido por quem?) na frente do indivíduo, sendo este sacrificável a um projeto de poder.

O liberalismo, ao contrário, coloca o indivíduo como um fim em si mesmo. Percebe a enorme, a gigantesca diferença?

O resto da sua mensagem é confusa e cheia de apelos emocionais, passando ao largo de uma argumentação assentada na lógica e na razão.

Eitcha!

Primeiro, colega, que a reforma agrária como está sendo feita no Brasil é contraproducente, e o MST é um movimento político, maoísta pra ser mais exato, nem eles escondem mais, que se mantém com subsídios de um governo conivente com esse estado de coisas.

O que MST e assemelhados fazem é tentar destruir o conceito da propriedade privada, com invasões a fazendas PRODUTIVAS. O governo assentou milhares de famílias que só se mantém recebendo dinheiro público através de "ONGs", que de "não governamentais" não têm nada, são na realidade organizações para-estatais, com objetivos políticos.

O MST não quer terra pra trabalhar, o MST quer fazer uma revolução socialista. Tem diversas declarações do Stédile confirmando isso, o problema é que a imprensa, gramsciana voluntária ou involuntariamente, faz ouvidos de mouco às barbaridade proferidas por esse cidadão e sua organização, que é criminosa.

Segundo, que ACM não é liberal nem aqui e nem na Conchinchina. Era um coronel encastelado nas benesses do poder público, um demagogo que ia pra onde o vento apontava.

Tente outra cascata.

E explique pra nós como vai acontecer a implementação dessa tal sociedade comunista.

Pode ser divertido...

Ora, pra marxistas fanáticos como o colega, que vêem em tudo um conflito, seja ricos vs pobres, brancos vs negros, empregadores vs empregados, até a culpa da miséria africana é do "neoliberalismo"... hehehe!

Pra essa gente, a economia é um jogo de soma zero. "Se alguém ganhou é porque alguém perdeu..."

São limitados, coitadinhos...

A miséria da África, antes de ter sido causada pela "colonização" é resultado de uma cultura tribal, onde negros se engalfinham com negros e ditadores (sempre coletivistas) se aproveitam da ignorância geral pra se perpetuar no poder.

E não adianta o Ocidente se mobilizar, mandando ajuda financeira e humanitária pros africanos, se eles próprios não se organizarem antes e aceitarem o livre mercado e as trocas voluntárias (o sistema cooperativo por natureza).

Riqueza não é um dado da natureza, ela deve ser criada através da interferência do homem.

No dia em que os africanos entenderem isso (A África do Sul, por exemplo, já entendeu minimamente), eles saem da miséria e desse tribalismo primitivo em que estão infelizmente atolados.

Marxismo não é uma ideologia cheia de contradições, ela estimula intermitentemente o ódio, uma vez que é baseada na tal "luta de classes".

É a ideologia do ódio, do ressentimento contra a realidade, por isso é tão sedutora pra alguns.

A inveja é um sentimento muito comum.

Lógico que há muitas pessoas bem intencionadas que caem nessa balela, talvez a maioria, mas essa ignorância deve ser combatida por aqueles que prezam a verdade e a liberdade, por aqueles que resistem a qualquer engenharia social que tente mudar a natureza humana "na marra".

Não é necessário "proibir" o comunismo, o socialismo, o fascismo ou o nazismo; o liberalismo garante a existência dessas ideologias, liberdade total de culto (hehehehe!). O importante é que a informação seja passada adiante, e que essa impostura maligna, assassina, fique restrita a uns poucos fanáticos revoltados com o mundo, interessados antes em transformá-lo do que em compreendê-lo.

Deus, um delírio


• No tempo dos ancestrais, um homem nasceu de uma mãe virgem, sem nenhum pai biológico envolvido.

• O mesmo homem sem pai clamou a um amigo chamado Lázaro, que estava morto havia tempo bastante para cheirar mal, e Lázaro imediatamente voltou à vida.

• O próprio homem sem pai voltou à vida depois de ficar três dias morto e enterrado.

• Quarenta dias depois, o homem sem pai subiu ao topo de uma montanha e depois desapareceu no céu.

• Se você murmurar coisas dentro da sua cabeça, o homem sem pai, e seu "pai" (que também é ele mesmo), ouvirá seus pensamentos e pode tomar providências em relação a eles. Ele é capaz de ouvir simultaneamente os pensamentos de todas as pessoas do mundo.

• Se você faz alguma coisa ruim, ou alguma coisa boa, o mesmo homem sem pai tudo vê, mesmo que ninguém mais veja. Você pode ser recompensado ou punido, inclusive depois de sua morte.

• A mãe virgem do homem sem pai nunca morreu, mas "foi transportada" corporeamente para o céu.

• Pão e vinho, se abençoados por um padre (que precisa ter testículos), "transformam-se" no corpo e no sangue do homem sem pai.

Download do "Deus, um delírio", de Richard Dawkins (foto):

http://www.4shared.com/file/23646951/21247ac8/Richard_Dawkins_-_Deus_um_Delrio__COMPLETO_.html?dirPwdVerified=66551617

Wednesday, January 23, 2008

Cuidado, podem estar falsificando nossa história!


Colega, não estou patrulhando ninguém, estou chamando pro debate. Se vc se abstém dele, paciência.
"(...) paciência com certos nazistas em roupagem esquerdista."
Colega, vc aqui mostra que não sabe do que está falando. Nazismo é uma forma de socialismo, ou esquerdismo, como queira. Frases de Hitler:
"Que significa ainda a propriedade e que significam as rendas? Para que precisamos nós socializar os bancos e as fábricas? Nós socializamos os homens." (Adolf Hitler, citado por Hermann Rauschning, Hitler m´a dit, Coopération, Paris 1939, pg 218-219)
"Não sou apenas o vencedor do marxismo, sou seu realizador. Aprendi muito com o marxismo e não pretendo escondê-lo. O que despertou interesse nos marxistas e me forneceu ensinamentos foram seus métodos. Eu, simplesmente, levei a sério o que essas mentes de pequenos comerciantes e secretárias haviam vislumbrado timidamente. Todo o nacional-socialismo lá está contido. Veja bem: os grêmios operários de ginástica, as células empreendedoras, os desfiles monumentais, os folhetos de propaganda redigidos em linguagem de fácil compreensão pelas massas. Esses novos métodos de luta política foram praticamente inventados pelos marxistas. Eu só precisei me apoderar deles e desenvolvê-los para conseguir assim os instrumentos de que necessitávamos."- Fonte: "Hitler m'a dit" (1939)
"Eu aprendi muito com o Marxismo, como não hesito em admitir. A diferença entre eles e eu é que eu tenho posto em prática o que esses 'revolucionários teóricos' têm começado timidamente. Eu tive apenas de concluir logicamente que a Social-Democracia falhou repetidamente devido à sua tentativa de realizar a evolução dentro da estrutura democrática. O Nacional-Socialismo é o que o Marxismo poderia ter sido se ele tivesse quebrado suas ligações absurdas e artificiais com a ordem democrática."- Fonte: "The Ominous Parallels" (1982)
Portanto, o liberalismo, senhores, é o oposto tanto do socialismo quanto do nazismo (nacional-socialismo).
Colega, não estou inventando nada, são frases textuais do próprio Hitler.
Lógico que o nazismo não é o mesmo socialismo que o bolchevique... Aliás, ninguém matou tantos comunistas quanto os próprios comunistas. É o que acontece quando diferentes correntes autoritárias, que querem o poder total, se encontram. Os gulags, lotados de socialistas, não me desmentem.
Agora, maravilha, admitiu que a luta de do P-SOL é contra a propriedade privada. No nazismo havia, pelo menos formalmente, a propriedade privada, mas ela era controlada pelos nazistas, que determinavam o que seria produzido e por quem. Não há liberdade alguma nisso.
Também queria entender como que funcionaria essa tal sociedade comunista sem antes passar pela socialização dos meios de produção... Tem como vc esclarecer como ocorreria essa transição pra esse mundo da eterna abundância? Porque a socialização dos meios de produção já aconteceu em dezenas de países, com os resultados desastrosos que conhecemos.
Já o comunismo utópico, diria até romântico, nunca aconteceu, é uma quimera, uma ficção sem base empírica que ignora totalmente a natureza humana.
"A utopia não tem obrigação de apresentar resultados; sua única função é permitir aos seus adeptos a condenação do que existe em nome daquilo que não existe." (Jean-François Revel)

Tuesday, January 22, 2008

A lei da meia-entrada

Saiu hoje no O Globo uma reportagem sobre a lei da meia-entrada. Todos que vivem no Rio de Janeiro sabem bem como os preços nos eventos culturais estão caros, proibitivos até. Pois bem, foi lá então a reportagem do Megazine ouvir os jovens (o foco da revista) e os produtores sobre o tema, além de oferecer 5 "propostas" pra se resolver o problema.

Entre as opiniões dos estudantes, distribuia-se as culpas de sempre: "Os empresários são gananciosos", ou então o já clássico "falta fiscalização"...

Essas mistificações já eram esperadas de jovens ignorantes nos mais básicos preceitos econômicos, o que me deixou realmente "bolado" foram as 5 "propostas" do repórter pra solução do problema, que seriam:

1 - A emissão padronizada da carteirinha pela Casa da Moeda (?!).
2 - A meia-entrada pra todos os menores de 27 anos de idade (Na França é assim, pô!).
3 - A emissão exclusiva da UNE e UBES (Entidades controladas por grupos de extrema-esquerda que já recebem pesados subsídios do governo).
4 - Cotas de 30% pra meia-entrada (hehehe...!).
5 - E mais subsídios aos produtores (Como se já não recebessem o suficiente).

Enfim, nem ao menos se aventou a única saída realmente justa e que contempla a igualdade perante as leis: A SIMPLES EXTINÇÃO DESSE PRIVILÉGIO.

Mas aí não seria o Brasil... No nosso país, as pessoas acham normal, e até desejável, que o governo determine o preço de eventos privados. E o estado ainda sai na foto como o grande mecenas da arte!

Esse positivismo desvairado nas leis beneficia a demagogia política e alguns grupos de interesse bem organizados (UNE, UBES e produtores bem relacionados, por exemplo), enquanto todo o resto paga a conta. Ou então que não seja otário e entre também na roda da desonestidade geral, falsificando a tal carteirinha.

Quando até os jornalistas enaltecem, voluntária ou involuntariamente, a tutela estatal, só resta mesmo lembrar a frase do liberal francês Bastiat (foto), que resume bem a tragédia brasileira:

"O governo é uma grande ficção, através do qual todos buscam viver às custas de todos os outros".

Friday, January 18, 2008

11


O processo de afinação da orquestra é o mais maneiro.
E a batuta, é claro.
- Maestro?
- Sim.
- A gente tá aqui embaixo.

Doutrinação nas escolas 2


O problema é que desde cedo os jovens têm a mente martelada pela visão de mundo de professores claramente comprometidos com uma agenda.

E essa agenda é majoritariamente anticapitalista.

"O capitalismo é mau. Existe miséria por causa do capitalismo. Os estadunidenses se aproveitam de nós..."

Tudo falácia propagandeada pra aumentar o controle do estado sobre as pessoas.

E mesmo que a capacidade de compreensão desses jovens seja mínima, ainda assim fica um resíduo importante e falso, que vai influenciar o seu modo de ver as coisas.

Martelar luta de classes na cabeça do aluno só aumenta a confusão mental e o ressentimento irracional.

A educação brasileira está desmoralizada, como comprovam diversos exames internacionais, com o país invariavelmente na "lanterna".

Uma solução possível seria a extinção do MEC e do currículo obrigatório (uma estupidez autoritária), a privatização de todas as escolas e universidades públicas, com o estado bancando através de vouchers os alunos carentes nas escolas e os mais promissores academicamente nas universidades.

Outra coisa importante seria a suspensão da obrigatoriedade de diversos diplomas, que servem apenas pra beneficiar grupos de interesse bem organizados, como os advogados.

A educação ficaria mais barata, a alocação dos recursos seria mais racional e a liberdade curricular estaria garantida.

O homem como um dado da realidade

A economia se ocupa das ações reais de homens reais. Seus teoremas não se referem a homens perfeitos ou ideais, nem a um mítico homem econômico (homo oeconomicus) e nem à noção estatística de um homem médio (homme moyen). O homem, com todas as suas fraquezas e limitações, o homem tal como vive e age na realidade - eis o objeto dos estudos da cataláxia. Toda ação humana é tema para a praxeologia.

O campo de estudos da praxeologia não se limita à sociedade, às relações sociais e aos fenômenos de massa; abrange o estudo de todas as ações humanas. O termo "ciências sociais", e todas as suas conotações, é, nesse particular, uma fonte de erros. O exame científico da ação humana só pode ser feito a partir da constatação da existência de objetivos que os indivíduos procuram realizar ao empreender determinada ação.

Os objetivos em si não são passíveis de qualquer exame crítico. Ninguém pode ser chamado para estabelecer o que é necessário para que alguém seja feliz. O que um observador isento pode questionar é apenas se os meios escolhidos para atingir os objetivos são ou não adequados para produzir os resultados esperados pelo ator. Só nesse sentido, ou seja, só para analisar se os meios são compatíveis com os objetivos, é que a economia pode emitir uma opinião quanto às ações de indivíduos ou grupos de indivíduos, ou quanto às políticas dos partidos, dos grupos de pressão e dos governos.

Freqüentemente os ataques arbitrários desfechados contra os julgamentos de valor de outras pessoas são feitos sob o disfarce de uma crítica ao sistema capitalista ou à conduta dos empresários. A economia é neutra em relação a manifestações desse tipo. O economista não contesta a afirmativa de que, "no capitalismo, o equilíbrio na produção dos diferentes bens é reconhecidamente imperfeito", alegando ser esse equilíbrio perfeito. O que o economista afirma é que na economia de mercado livre a produção corresponde à conduta dos consumidores manifestada pela forma como gastam sua renda.

Não cabe ao economista censurar os seus semelhantes nem considerar condenável o resultado de suas ações. A alternativa ao sistema em que a produção é determinada pelos julgamentos de valores individuais é a ditadura autocrática. Nesse caso, são os julgamentos de valor dos ditadores - não menos arbitrários do que os de qualquer outra pessoa - que determinam o que deve ser produzido.

O homem certamente não é perfeito. Suas fraquezas certamente contaminam todas
as instituições humanas e, portanto, também a economia de mercado.


Outro trecho do "Ação Humana" de Mises.

Thursday, January 17, 2008

Consideração quanto à interpretação popular da "Revolução Industrial”

Costuma-se dizer que a história do industrialismo moderno, e especialmente a história da "Revolução Industrial" na Inglaterra, constitui uma evidência empírica da procedência da doutrina denominada "realista" ou "institucional", e refuta inteiramente o dogmatismo "abstrato dos economistas".

Os economistas negam categoricamente que os sindicatos e a legislação trabalhista
possam e tenham beneficiado a classe dos assalariados e elevado o seu padrão de vida de forma duradoura. Mas, dizem os antieconomistas, os fatos refutaram essas idéias capciosas. Segundo eles, os governantes e legisladores que regulamentaram as relações trabalhistas revelaram possuir uma melhor percepção da realidade do que os economistas. Enquanto a filosofia do laissez-faire, sem piedade nem compaixão, pregava que o sofrimento das massas era inevitável, o bom senso dos leigos em economia conseguia terminar com os piores excessos dos empresários ávidos de lucro. A melhoria da situação dos trabalhadores se deve, pensam eles, inteiramente à intervenção dos governos e à pressão sindical. São essas idéias que impregnam a maior parte dos estudos históricos que tratam da evolução do industrialismo moderno.

Os autores começam esboçando uma imagem idílica das
condições prevalecentes no período que antecedeu a "Revolução Industrial". Naquele tempo, dizem eles, as coisas eram, de maneira geral, satisfatórias. Os camponeses eram felizes. Os artesãos também o eram, com a sua produção doméstica; trabalhavam nos seus chalés e gozavam de certa independência, uma vez que possuíam um pedaço de jardim e suas próprias ferramentas. Mas, aí, "a Revolução Industrial caiu como uma guerra ou uma praga" sobre essas pessoas. O sistema fabril transformou o trabalhador livre em virtual escravo; reduziu o seu padrão de vida ao mínimo de sobrevivência; abarrotando as fábricas com mulheres e crianças, destruiu a vida familiar e solapou as fundações da sociedade, da moralidade e da saúde pública. Uma pequena minoria de exploradores impiedosos conseguiu habilmente subjugar a imensa maioria.

A verdade é que as condições no período que antecedeu à Revolução Industrial eram bastante insatisfatórias. O sistema social tradicional não era suficientemente elástico para atender às necessidades de uma população em contínuo crescimento. Nem a agricultura nem as guildas conseguiam absorver a mão-de-obra adicional. A vida mercantil estava impregnada de privilégios e monopólios; seus instrumentos institucionais eram as licenças e as cartas patentes; sua filosofia era a restrição e a proibição de competição, tanto interna como externa.

O número de pessoas à margem do rígido sistema paternalista de tutela governamental
cresceu rapidamente; eram virtualmente párias. A maior parte delas vivia, apática e miseravelmente, das migalhas que caíam das mesas das castas privilegiadas. Na época da colheita, ganhavam uma ninharia por um trabalho ocasional nas fazendas; no mais, dependiam da caridade privada e da assistência pública municipal. Milhares dos mais vigorosos jovens desse estrato social alistavam-se no exército ou na marinha de Sua Majestade; muitos deles morriam ou voltavam mutilados dos combates; muitos mais morriam, sem glória, em virtude da dureza de uma bárbara disciplina, de doenças tropicais e de sífilis. Milhares de outros, os mais audaciosos e mais brutais, infestavam o país vivendo como vagabundos, mendigos, andarilhos, ladrões e prostitutos. As autoridades não sabiam o que fazer com esses indivíduos, a não ser interná-los em asilos ou casas de correção. O apoio que o governo dava ao preconceito popular contra a introdução de novas invenções e de dispositivos que economizassem trabalho dificultava as coisas ainda mais.

O sistema fabril desenvolveu-se, tendo de lutar incessantemente contra inúmeros obstáculos. Teve de combater o preconceito popular, os velhos costumes tradicionais, as normas e regulamentos vigentes, a má vontade das autoridades, os interesses estabelecidos dos grupos privilegiados, a inveja das guildas. O capital fixo das firmas individuais era insuficiente, a obtenção de crédito extremamente difícil e cara. Faltava experiência tecnológica e comercial. A maior parte dos proprietários de fábricas foi à bancarrota;comparativamente, foram poucos os bem-sucedidos. Os lucros, às vezes, eram consideráveis, mas as perdas também o eram. Foram necessárias muitas décadas para que se estabelecesse o costume de reinvestir a maior parte dos lucros e a conseqüente acumulação de capital possibilitasse a produção em maior escala. A prosperidade das fábricas, apesar de todos esses entraves, pode ser atribuída a duas razões. Em primeiro lugar, aos ensinamentos da nova filosofia social que os economistas começavam a explicar e que demolia o prestígio do mercantilismo, do paternalismo e do restricionismo. A crença supersticiosa de que os equipamentos e processos economizadores de mão-de-obra causavam desemprego e condenavam as pessoas ao empobrecimento foi amplamente refutada.

Os economistas do laissez-faire foram os pioneiros do progresso
tecnológico sem precedentes dos últimos duzentos anos. Um segundo fator contribuiu para enfraquecer a oposição às inovações. As fábricas aliviaram as autoridades e a aristocracia rural de um embaraçoso problema que estas já não tinham como resolver. As novas instalações fabris proporcionavam trabalho às massas pobres que, dessa maneira, podiam ganhar seu sustento; esvaziaram os asilos, as casas de correção e as prisões. Converteram mendigos famintos em pessoas capazes de ganhar o seu próprio pão. Os proprietários das fábricas não tinham poderes para obrigar ninguém a aceitar um emprego nas suas empresas. Podiam apenas contratar pessoas que quisessem trabalhar pelos salários que lhes eram oferecidos. Mesmo que esses salários fossem baixos, eram ainda assim muito mais do que aqueles indigentes poderiam ganhar em qualquer outro lugar.

É uma
distorção dos fatos dizer que as fábricas arrancaram as donas de casa de seus lares ou as crianças de seus brinquedos. Essas mulheres não tinham como alimentar os seus filhos. Essas crianças estavam carentes e famintas. Seu único refúgio era a fábrica; salvou-as, no estrito senso do termo, de morrer de fome. É deplorável que tal situação existisse. Mas, se quisermos culpar os responsáveis, não devemos acusar os proprietários das fábricas, que - certamente movidos pelo egoísmo e não pelo altruísmo - fizeram todo o possível para erradicá-la. O que causava esses males era a ordem econômica do período pré-capitalista, a ordem dos "bons velhos tempos". Nas primeiras décadas da Revolução Industrial, o padrão de vida dos operários das fábricas era escandalosamente baixo em comparação com as condições de seus contemporâneos das classes superiores ou com as condições atuais do operariado industrial. A jornada de trabalho era longa, as condições sanitárias dos locais de trabalho eram deploráveis. A capacidade de trabalho do indivíduo se esgotava rapidamente.

Mas prevalece o fato de que,
para o excedente populacional - reduzido à mais triste miséria pela apropriação das terras rurais, e para o qual, literalmente, não havia espaço no contexto do sistema de produção vigente -, o trabalho nas fábricas representava uma salvação. Representava uma possibilidade de melhorar o seu padrão de vida, razão pela qual as pessoas afluíram em massa, a fim de aproveitar a oportunidade que lhes era oferecida pelas novas instalações industriais. A ideologia do laissez-faire e sua conseqüência, a "Revolução Industrial", destruíram as barreiras ideológicas e institucionais que impediam o progresso e o bem-estar. Demoliram a ordem social na qual um número cada vez maior de pessoas estava condenado a uma pobreza e a uma penúria humilhantes. A produção artesanal das épocas anteriores abastecia quase que exclusivamente os mais ricos. Sua expansão estava limitada pelo volume de produtos de luxo que o estrato mais rico da população pudesse comprar. Quem não estivesse engajado na produção de bens primários só poderia ganhar a vida se as classes superiores estivessem dispostas a utilizar os seus serviços ou o seu talento. Mas eis que surge um novo princípio: com o sistema fabril, tinha início um novo modo de comercialização e de produção. Sua característica principal consistia no fato de que os artigos produzidos não se destinavam apenas ao consumo dos mais abastados, mas ao consumo daqueles cujo papel comoconsumidores era, até então, insignificante.

Coisas baratas, ao alcance do maior número possível de pessoas, era o objetivo do sistema fabril. A indústria típica dos primeiros tempos da Revolução Industrial era a tecelagem de algodão. Ora, os artigos de algodão não se
destinavam aos mais abastados. Os ricos preferiam a seda, o linho, a cambraia. Sempre que a fábrica, com os seus métodos de produção mecanizada, invadia um novo setor de produção, começava fabricando artigos baratos para consumo das massas. As fábricas só se voltaram para a produção de artigos mais refinados, e portanto mais caros, num estágio posterior, quando a melhoria sem precedentes no padrão de vida das massas tornou viável a aplicação dos métodos de produção em massa também aos artigos melhores. Assim, por exemplo, os sapatos fabricados em série eram comprados apenas pelos "proletários", enquanto os consumidores mais ricos continuavam a encomendar sapatos sob medida. As tão malfaladas fábricas que exploravam os trabalhadores, exigindo-lhes trabalho excessivo e pagando-lhes salário de fome, não produziam roupas para os ricos, mas para pessoas cujos recursos eram modestos. Os homens e mulheres elegantes preferiam, e ainda preferem, ternos e vestidos feitos pelo alfaiate e pela costureira. O fato marcante da Revolução Industrial foi o de ela ter iniciado uma era de produção em massa para atender às necessidades das massas.

Os assalariados já não são mais pessoas mourejando para proporcionar o bem-estar de outras pessoas; são eles mesmos os maiores consumidores dos produtos que as fábricas produzem. A grande empresa depende do consumo de massa. Não há atualmente na América uma só grande empresa que não atenda aos desejos das massas. A própria essência da atividade empresarial capitalista é a de prover para o homem comum.

Na qualidade de consumidor, o homem comum é o soberano que, ao comprar ou ao se abster de comprar, decide os rumos da atividade empresarial. Na economia de mercado não há outro meio de adquirir e preservar a riqueza, a não ser fornecendo às massas o que elas querem, da maneira melhor e mais barata possível.


Mais um trecho do "Ação Humana" de Mises, disponível no http://www.ordemlivre.org/?q=/ebooks

Friday, January 11, 2008

Será o capitalismo eterno?

Sim, o capitalismo é eterno, como Munrrah! hehe

Capitalismo nada mais é do que o respeito à vida, liberdade e propriedade num ambiente de trocas voluntárias.

O dar e receber, com o reconhecimento da posse do próprio corpo e da ação que ele produz.

Think, Costanza, think!

Thursday, January 10, 2008

Burocracia


A saga do empreendedor:
(texto extraído de palestra realizada no Encontro Anual de Exportadores – ENAEX/2005, pelo Vice-Presidente do Instituto Helio Beltrão e Vice-Presidentre da AEB, Guilherme Duque Estrada de Moraes)
(...) O fato é que o Brasil não é amigável para com empreendedores. Quem comprova isso é o Banco Mundial, mostrando, em estudo recentemente atualizado, que, o Brasil ocupa a 98ª posição em matéria de facilidade para se criar uma empresa. Canadá em primeiro lugar, Austrália na segunda posição, Estados Unidos na terceira, mas até ex-repúblicas soviéticas em situação melhor do que a nossa. Para lidar com licenças, estamos em 115° lugar. Para contratar ou demitir empregados, na 144ª posição! Para tocar um negócio, considerados todos os seus aspectos, estamos em 119° lugar. É simplesmente vergonhoso!

E é por isso que todos nós temos a obrigação de insistir na importância de se promover uma efetiva e radical desburocratização não apenas do comércio exterior, mas da atividade empresarial no País. Precisamos de um sistema tributário muito mais simples, de preferência com um IVA nacional compartilhado entre União, Estados e Municípios e sem essa miríade de outros impostos, contribuições e taxas, cujas obrigações acessórias infernizam o dia a dia das empresas; precisamos de uma legislação mais simples, transparente, adequadamente codificada e organizada, para que o empresário saiba com clareza quais são suas obrigações; precisamos de menos controles cruzados; precisamos de menos exigências desnecessárias; precisamos desburocratizar! Só assim poderemos ser mais competitivos no mercado internacional.

Tuesday, January 08, 2008

O caminho da servidão 2

"Se não há ser humano perfeito, nenhuma organização humana é perfeita. Nem a Igreja Católica (que alega ser iluminada pelo Espírito Santo) tem a audácia de se declarar perfeita, definindo-se como uma instituição "Santa e Pecadora". Entretanto os liberais têm a audácia de denominar o Deus Mercado (instituição humana) como infalível."

Liberal nenhum afirmou que o "mercado é perfeito". O que os liberais dizem é que o mercado é o cenário mais justo e eficiente na alocação de recursos.

E se vc é daqueles que considera que o estado deve dar "saúde, educação e segurança", vc há de convir que há muito o que se diminuir no estado brasileiro atual.

"Se uma constituição é regida por governantes democraticamente e legitimamente eleitos, assim como é cada governo, onde está o autoritarismo???"

Há autoritarismo quando o estado se arroga, através das leis, ao direito de dizer o que as pessoas podem ou não fazer. A liberdade de um termina quando começa a do outro. Se a legislação fosse menos positivista e respeitasse minimamente esse conceito, o estado não seria autoritário como é.

E democracia não é apenas a vontade da maioria, mas também o respeito aos direitos das minorias.

"Por outro lado, o Liberal realmente pensa que apenas o mercado é capaz de fomentar a cooperação e parece-lhe improvável que qualquer outro possa."

Sim, estado é coerção, mercado é cooperação, sem dúvida.

"a direita que vê os mais ricos como superiores."

Quem disse que os mais ricos são "superiores"? Liberais acreditam na igualdade perante as leis. Isso que vc fez agora foi um juízo de valor carregado de preconceito.

"O texto ignora este raciocínio para chegar à falsa conclusão que o Estado malvadão quer tomar tudo de nós."

Bem, certos estados DE FATO tiram tudo dos infelizes que ali vivem. Afinal, o que o socialismo faz?

Temos que nos distanciar disso, ao invés de ficar encontrando justificativas pra nos aproximar disso.

Temos que ter mais liberdade, e o estado, do jeito que está configurado, é a maior ameaça à liberdade.

Monday, January 07, 2008

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MARIJUANA WILL BEM LEGAL IN 5 YEARS.

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Ele vai dar aquele giro James Brown.
Get up, (get on up) Get up, (get on up) Stay on the scene, (get on up), like a sex machine, (get on up)
É o que dá beber...
Dá essas idéias de potência.
Esse aí tá mais pra pas-de-deux-oui-monsieur.
Hehe.

E aí?

"Não imagino ele defendendo um Estado cuidando exclusivamente da segurança dos homen$ de ben$, nem tampouco afirmando que educação, saúde e algum programa de renda mínima significa "escravização dos ricos"."

Se o colega realmente assina embaixo do que escreveu acima, então ele há de concordar que há muito o que diminuir e racionalizar no estado brasileiro.

Portanto, colega, é altamente contraproducente ficar tentando desqualificar os liberais, já que apenas com reformas LIBERAIS é que atingiremos esse estado que vc mencionou, cuidando, além de segurança, de saúde, educação e de uma renda mínima.

Concorda?

Ron Paul

Ron Paul é sensacional. Um libertário de verdade, inclusive a favor da legalização das drogas:

"All initiation of force is a violation of someone else's rights, whether initiated by an individual or the state, for the benefit of an individual or group of individuals, even if it's supposed to be for the benefit of another individual or group of individuals."

"Let it not be said that no one cared, that no one objected once it’s realized that our liberties and wealth are in jeopardy. A few have, and others will continue to do so, but too many—both in and out of government—close their eyes to the issue of personal liberty and ignore the fact that endless borrowing to finance endless demands cannot be sustained. True prosperity can only come from a healthy economy and sound money. That can only be achieved in a free society."

Dificilmente vencerá as prévias do Partido Republicano, mas pode sair candidato pelo Partido Libertário e fazer um barulhinho bom a nível mundial, alcançando talvez 2 dígitos nas eleições americanas.

Curioso é notar que a cobertura da grande imprensa nacional nem ao menos menciona o seu nome. É como se ele não existisse.


Já elegeram um queridinho politicamente correto: Barack Hussein Obama.

O lucro

A empresa que visa ao lucro está sujeita à soberania do consumidor, enquanto que as instituições sem fim lucrativo não dependem da resposta do público. A produção pelo lucro é necessariamente produção para o consumo, uma vez que os lucros só podem ser ganhos quando se fornece aos consumidores aquilo que eles, preferencialmente, desejam.

A crítica ao lucro feita pelos moralistas e pregadores erra o alvo. Não é culpa dos
empresários se o consumidor – o povo, o homem comum – prefere bebidas alcoólicas à bíblia e romances policiais a livros sérios, e se o governo prefere canhões a manteiga. O empresário não tem lucros maiores por vender coisas “más” em vez de vender coisas “boas”. Seus lucros são tanto maiores quanto mais consiga prover os consumidores com aquilo que eles mais desejam.

As pessoas não bebem bebidas fortes para satisfazer os “capitalistas do álcool”, nem
vão à guerra para aumentar os lucros dos “mercadores da morte”. A existência de uma indústria de armamentos é conseqüência do espírito beligerante, não sua causa. Não compete aos empresários fazer as pessoas substituírem ideologias malsãs por ideologias saudáveis. Cabe aos filósofos mudar as idéias e os ideais das pessoas. O empresário serve os consumidores tal como eles são hoje, por mais perversos e ignorantes que sejam. Podemos admirar aqueles que se abstêm de obter ganhos com a produção de armas ou de bebidas alcoólicas. Entretanto, sua conduta louvável é um mero gesto sem efeito prático. Mesmo que todos os capitalistas e empresários agissem assim, a guerra e o alcoolismo não desapareceriam.

Como ocorria na época pré-capitalista, os governos
produziriam suas próprias armas e os bebedores destilariam sua própria bebida.

Trecho do "Ação Humana" de Mises:


http://www.ordemlivre.org/?q=/ebooks

Friday, January 04, 2008

8

Juventude vontade aprovação grupo.

Do It Yourself, clichê punk rebeldia.

"Faça você mesmo", lema individualista liberal.

Alguns radicais aparência argumentos emocionais apóiam ideologias coletivistas aprofundam status quo meras peças engenharia social.

PLOFT!