Thursday, December 27, 2007

7


Meus poderes extra-sensoriais indicam a presença de uma presença.
Ali, naquele cinzeiro.
Deviam ter tapado o meu nariz.
Meu verdadeiro poder é o de sentir a presença em meio a tantos cigarros.


Mensagem a um colega socialista


Colega, ao invés então de debatermos os absolutos, vamos usar de senso de proporção.

Quando um liberal diz que Hitler era de esquerda, é porque ele controlava os meios de produção, a liberdade de expressão e o ir e vir. Enfim, era um totalitário que nada tinha a ver com o capitalismo. Se dizia inclusive realizador da obra de Marx e se aliou sim com Stálin.

Pra diferenciar-se dos socialistas, que pregavam uma ditadura de classe, o nacional-SOCIALISMO pregava uma ditadura de raça. O nazismo não tem a mais vaga semelhança com o liberalismo, e isso deve ficar bem claro.

Sobre Lula não ser socialista... Pode não ser da maneira que você gostaria que ele fosse, você provavelmente pensa (como todos os esquerdistas com quem já debati) que ele deveria simplesmente demitir o presidente do Banco Central e colocar um maluco do naipe de um Márcio Porchman na condução da moeda. Pra você ver, os socialistas querem mudar a única coisa que vem dando certo no governo atual, que é a continuidade da política monetária da época de FHC, que estabilizou o país e aumentou o poder de compra dos mais pobres, que na época dos "desenvolvimentistas" era constantemente corroido pela inflação.

Curioso, não? Ou você acha que as coisas estão melhores por causa do mensalão ou do PAC? As coisas tiveram uma melhora relativa porque há um mínimo de estabilidade e responsabilidade fiscal.

Conduzir um governo é o mesmo que conduzir um orçamento familiar. Não se pode gastar mais do que se ganha. Durante décadas, o governo brasileiro gastou mais do que arrecadou e por isso temos a dívida interna que temos. Por isso que os juros estão na estratosfera. O custo Brasil. E o que é a inflação? A inflação acontece quando o governo imprime dinheiro sem lastro, diminuindo o poder de compra das pessoas. Não é fruto, como querem fazer crer os socialistas, da "ganância dos empresários".

No mais, como explicar a aliança de Lula com Chávez e Morales no Foro de São Paulo? Eles não estão querendo "recuperar na América Latina o que foi perdido no Leste Europeu"? Não me diga que isso é paranóia que te mostro o vídeo do próprio PT enaltecendo o Foro.

Sobre as liberdades individuais, esse é realmente o fim de todo liberal. É uma grande conquista da civilização: a defesa da vida, da liberdade e da propriedade, sem dúvida.

Poder ir e vir. Poder se expressar. Poder se associar e ter direito aos frutos do seu trabalho. Não ter nenhum "ente superior" te dizendo o que você pode ou não pode fazer. Sua liberdade é apenas limitada pela liberdade dos outros.

E o que é essa tal de "liberdade coletiva" que você advoga? Como funcionaria na prática?

O indivíduo é o início, o meio e o fim de tudo, a "coletividade" é uma abstração que só faz sentido na cabeça da engenharia social, coisa que nunca funcionou em lugar nenhum. Se funcionou, me dê ao menos um exemplo.

Mas eu entendo. Você confunde liberdade com poder. Não entende que a riqueza e a prosperidade não são dados da natureza, são produtos da mente humana, da razão e do esforço.

A cabeça de um socialista hardcore como você funciona assim: imagina um futuro idílico, sem problemas, onde as coisas se reproduzem como que por encanto, o reino da abundância na Terra, e o compara com a dureza da realidade, com a escassez e as suas limitações.

Ora, é claro que, nesses termos, o conto da carochinha comunista parece tentador!

Mas é furada. E sabe por quê? Porque tem esse "pequeno detalhe" chamado ser humano, que insiste em correr atrás de seus próprios objetivos, um "egoísta" que não se emenda nunca, por mais que os planejadores tentem.

Pol Pot, por exemplo, estava convencido de que criaria o "novo homem" no Cambodja. O resultado? O extermínio de 1/3 da população. Mao também, com seu livrinho vermelho e suas amantes adolescentes, matou de fome, sei lá, dezenas de milhões de pessoas.

Tudo em nome do "proletariado"! Ah, faça-me um favor...

O colega também diz que a atual liberdade de expressão "não passa da liberdade dos grandes oligopólios de comunicação despejarem sobre a maioria da população seus valores ideológicos e culturais".

Ora, se as pessoas não gostarem de ler o que a Veja (imagino que um grande "inimigo" de vocês) publica, ELAS PODEM SIMPLESMENTE PARAR DE COMPRAR A REVISTA.

Qual é a alternativa que você propõe? Censura? Desapropriação? Um jornal único, editado por um poder central como o soviético Pravda ("A verdade")? Como o Granma cubano? Pense bem no que você está propondo...

A imprensa deve ser livre, as editoras devem ser livres, a informação deve ser livre. Se você lamenta que, por exemplo, a Veja seja a revista mais vendida do país e a TV Globo líder de audiência, vá reclamar com o bispo. Ops! hehe

Sobre as concessões, é mesmo um problema. Mas note que esse não é um problema de mercado, é um problema causado pela centralização de poder estatal, que dá concessões pra seus "companheiros de viagem", os amigos do Rei, e barra a entrada de novos participantes.

Mas agora vem um verdadeiro clássico proferido pelo colega:

"Quase todos os suecos podem ter boas condições de vida porque quase todos os malineses morrem de fome."

Como que a riqueza sueca é explicada pela pobreza de Mali? Estou curioso.

Como explicar também a riqueza, por exemplo, da Austrália? Quem eles "exploraram"?

Esses países são ricos porque criaram prosperidade em um ambiente de liberdade, escorado em um estado que respeita minimamente os direitos individuais e as trocas voluntárias. A Suécia ficou tão próspera que se deu ao luxo de criar um estado de bem-estar social. Insustentável no longo prazo, é verdade, as últimas eleições dão essa pista, mas esse é um outro assunto.

Ah, e por qual democracia você está lutando então? Essa atual, "burguesa", não serve não? Uma "bolivariana" é a mais indicada?

Haha...

Colega, sei que você pensa essas bobagens de boa fé, na melhor das intenções, mas o que você defende, na prática, é uma ideologia nefasta, que esmaga o indivíduo e só cria a tal igualdade de todos na miséria, com liberdade zero.

Não se ofenda, por favor, não é nada pessoal.

Wednesday, December 26, 2007

Libertarianismo vs Liberalismo


São graus diferentes de liberalismo.

Se você faz a aplicação lógica dos direitos naturais até as últimas conseqüências, o estado é extinto e temos então o anarco-capitalismo.

No minarquismo o estado existe, cuidando apenas de justiça e segurança.

Liberais mais moderados podem defender que o estado forneça também saúde e educação. Alguns hereges (hehe) vão mais longe e postulam até um programa de renda mínima.

De qualquer maneira, não há dúvida que um liberal que se preza deve sempre questionar o estado e defender alternativas dentro do mercado. Mercado é cooperação, estado é coerção.

A mudança do quadro atual virá com a gradual percepção do mal que o excesso de burocratização e concentração de poder provoca no dia-a-dia das pessoas. Aos poucos, uma maratona, nos limites da democracia.

No estatismo em que vivemos, um liberal moderado como o Milton Friedman (foto) é considerado "radical".

http://pt.wikipedia.org/wiki/Libertarianismo

Saturday, December 22, 2007

6


Não sei se eu devia estar aqui posando...
Mas é tudo no maior bom gosto.
Super profissional.
Pior que fica bonito.
Melhor que fica bonito.

Friday, December 21, 2007

5


Magic Numbers.
7 + 8 = 15
108 - 92 = 16
Foda é explicar essa bochecha rosa.
?????
35. Idadedodândi.

4


Sim, nosso ramo de negócios é o da dedetização.
Exterminamos.
O "A" é de anarquismo.
Extreminamos.




3


Correr o país mostrando a nossa arte e ganhando o pão.
Hit the the road, Jack.
O bicho de pelúcia canta. Olha ele ali, em cima do atabaque.
É o nosso maior diferencial.
Claque.




2


Ih rapaz, todo mundo mutcho loco, meu.
Vibe estranha.
Aí, tem uma cabeça jogada ali no show.
Parece a carinha do Radiohead.
Ela faz filmes.
Parece o Thom Yorke.

1

Certo dia, um coelho chegou na farmácia e pediu um ansiolítico.
"Como é possível um coelho falar?", se indagou o atendente, enquanto embrulhava o tranqüilizante pro coelho.






Tuesday, December 18, 2007

Ação Humana


Trecho do "Ação Humana" de Mises, disponível em PDF no http://www.ordemlivre.org/

4. Racionalidade e irracionalidade; subjetivismo e objetividade da investigação praxeológica
Ação humana é necessariamente sempre racional. O termo “ação racional” é, portanto, pleonástico e, como tal deve ser rejeitado. Quando aplicados aos objetivos finais da ação, os termos racional e irracional são inadequados e sem sentido. O objetivo final da ação é sempre a satisfação de algum desejo do agente homem. Uma vez que ninguém tem condições de substituir os julgamentos de valor de um indivíduo pelo seu próprio julgamento, é inútil fazer julgamentos dos objetivos e das vontades de outras pessoas. Ninguém tem condições de afirmar o que faria outro homem mais feliz ou menos descontente. Aquele que critica está informando-nos o que imagina que faria se estivesse no lugar do seu semelhante, ou então está proclamando, com arrogância ditatorial, o comportamento do seu semelhante que lhe seria mais conveniente.
É usual qualificar uma ação como irracional se ela visa a obter satisfações ditas “ideais” ou “elevadas” à custa de vantagens tangíveis ou “materiais”. Neste sentido, as pessoas costumam dizer – algumas vezes aprovando, outras vezes desaprovando – que um homem que sacrifica sua vida, saúde ou riqueza para atingir objetivos “elevados” (como a fidelidade às suas convicções religiosas, filosóficas ou políticas, ou a libertação e florescimento de sua nação) está movido por considerações irracionais. Não obstante, a tentativa de atingir esses objetivos elevados não é mais nem menos racional ou irracional do que aquela feita para atingir outros objetivos humanos. É um erro admitir que a vontade de satisfazer as necessidades mais simples da vida e da saúde é mais racional, mais natural ou mais justificada que a tentativa para obter outros bens ou amenidades. É claro que o apetite por comida e abrigo é comum aos homens e a outros mamíferos e que, como regra, um homem, ao qual falta comida e abrigo, concentra seus esforços na satisfação dessas necessidades urgentes e não se importa muito com outras coisas. O impulso para viver, para preservar sua própria vida e para aproveitar as oportunidades de fortalecer suas forças vitais é característica primordial da vida, presente em todo ser vivo. Entretanto, ceder a este impulso não é – para o homem – uma necessidade inevitável.
Enquanto todos os animais são incondicionalmente guiados pelo impulso de preservação de sua própria vida e pelo de proliferação, o homem tem o poder de comandar até mesmo esses impulsos. Ele pode controlar tanto seus desejos sexuais, como sua vontade de viver. Pode renunciar à sua vida quando as condições para preservá-la parecem insuportáveis. O homem é capaz de morrer por uma causa e de suicidar-se. Viver, para o homem, é o resultado de uma escolha, de um julgamento de valor.

Oscar Niemeyer


"O que me faz levantar todas as manhãs é o mesmo de sempre: a luta, o comunismo puro e simples" - Oscar Niemeyer
Toda essa babação da mídia em torno do Niemeyer é antes fruto da admiração ideológica dos jornalistas anticapitalistas (tem muito por aí) do que a respeito de suas realizações como arquiteto, é bom que se diga, sempre numa simbiose com o estado.
Pode ter mesmo projetado coisas bonitas, como o MAC em Niterói, mas o objetivo aqui não é fazer um juízo de valor de Oscar Niemeyer como arquiteto, e sim como militante político.
Então digo que é triste perceber que nenhuma voz na grande imprensa questionou o comunossauro.
Que grande homem é esse que apoia o genocídio e a escravidão?
Niemeyer defende até hoje Stálin e Fidel, que estiveram no poder e foi o que se viu, genocídio e escravidão. Isso aconteceu em todos os lugares onde essa tara autoritária foi implementada. Sem exceção. E olha que foram dezenas de "experiências" da engenharia socialista.
Aí um defensor dessa estrovenga, que fez fama e fortuna projetando prédios públicos, professa que "NÃO, o socialismo ainda não morreu, as 100 milhões de mortes foram um acidente de percurso, a luta continua!"
Não se matou o suficiente, não se aniquilou as liberdades o suficiente, não se subjugou o indivíduo o suficiente, pois o sonho, de acordo com o comunossauro, ainda não acabou.
E inocentes úteis supostamente alfabetizados ainda defendem essa postura hipócrita.
"mas a questão é justamente essapra comunistas,anaqruitas, nos precismos de muito pouco para vivermos uma vida plana.Nos queremos o paradgma da abundancia,n ta escassez.Nos queremos tecnicas produtivas pra trabalhar menos e aproveitar mais a vida,n o contrario."
Quem decide o quanto as pessoas têm de trabalhar? Você?
Quem decide como as pessoas têm de "aproveitar a vida"? Você?
Você é autoritário e parece nem perceber.

Monday, December 17, 2007

Quem fiscaliza os fiscais?


Pois é, o estado, esse ente "benevolente", determina que fulano não pode trabalhar se não forem dadas pelo empregador essas e aquelas condições.

Essas condições são determinadas arbitrariamente por políticos e burocratas no conforto de seus ar-condicionados e de suas estabilidades, tudo, claro, na melhor das intenções.

Pra obrigar todos os empregadores a cumprirem essas regras, que o papel aceita sem problema mas que a realidade teima em contrariar, precisa-se de fiscais, muitos fiscais, que custam dinheiro, não sei se os intervencionistas reparam nesse detalhe: os custos.

Pra pagar esses fiscais, verdadeiros baluartes da dignidade no trabalho, o governo então cobra impostos, que saem dos bolsos de quem produz e vão pros bolsos do poder político, que só produz mesmo regras e propaganda.

Os empregadores então são obrigados pela coerção estatal a seguir essas exigências - e falo aqui do Roberto Justus ao Manoel da padaria - e muitos percebem que as boas intenções dos políticos não encontram eco na realidade de seus empreendimentos, e decidem então ignorar ou burlar essas regras.

Os valentes fiscais (quem fiscaliza os fiscais?) então descobrem lugares onde as mil regrinhas que o governo impõe não estão sendo respeitadas, e partem lá eles com seus crachás pra autuar o empregador explorador. Isso quando a coisa não se resolve com a mão do nobre agente público sendo molhada.

Fiscais corruptos? Imagina.

Aí o lugar fecha, os socialistas vibram ("o capitalismo é malvado!") e os empregados ficam então sem nenhum emprego.

O resultado é esse aí: mais da metade da mão de obra na informalidade, desemprego alto, produtividade baixa e uma multidão de gente - ninguém é bobo de ignorar os incentivos - tentando entrar pro serviço público, a verdadeira nobreza contemporânea.

E os intervencionistas, cegos pros fatos, ainda clamam: queremos mais regras e mais fiscais! O papel e as minhas boas intenções resolverão o problema!

Não rola.

Friday, December 14, 2007

Zandor


Texto escrito em 06 de abril de 2005:
Eu e um amigo voltando para a faculdade. Indecisão. No caminho, um abismo. Medo. Folheio uma revista de futebol numa banca de jornal gigantesca. Viagem próxima. Leio as perspectivas do Flamengo para o Campeonato Brasileiro. Abismo. Do nada, saio correndo para a outra extremidade da banca. Rompimento. O dono do estabelecimento me dá uma gravata, pensando se tratar de um roubo. Insegurança. Um português vem me defender, "o gajo é gente boa". Prenúncio de vitória. De repente, estou no meio da Avenida Presidente Vargas correndo entre os ônibus. Sucesso passageiro me olha meio faceiro O amigo reaparece com seu carro. Prosperidade. No banco do carona está Mel Lisboa. Fantasia. Num passe de mágica, entro no porta-mala do automóvel em movimento. Sou um "mala". Estamos os 3 num aeroporto. Mudança para melhor. Fim do sonho é regido pelo inconsciente, o gajo gente boa vê o filme de sua vida passar por um túnel de luz intensa, a sensação extra-corporal toma conta de sua alma finalmente dá o ar da graça deve ser limpinho o céu com são pedro coordenando a asséptica entrada dos que tiveram fé e foram premiados pelo misericordioso deus existe para 98% das pessoas raramente lembram dos seus sonhos são difíceis de confessar para o padre severo recomenda intermináveis pai-nossos e ave-marias para a expiação do pecado original, estrelando adão e eva
Uma tristeza a morte do Papa. Mas a Igreja vai continuar conservadora. É a função dela, zelar pela tradição cristã. As transformações independem de qualquer instituição. Os gays, por exemplo, não precisam mais da anuência de ninguém. Estão aí, integrados ao mainstream. Esse cabo-de-guerra entre o ideal e o real é permanente e necessário. Não acredito em Deus ou em "uma força maior", mas um dia hei de ter fé, nem que seja por desencargo de consciência e inconsciência se digladiam e criam o sonho "é a realização de um desejo", escreveu freud era ateu e judeu, jesus sofreu o diabo no filme do mel gibson os apóstolos se acovardaram na hora H, adão caiu em tentação e papou o fruto proibido antes do casamento com eva, os 2 viviam felizes e virginais com suas folhas de parreira decide atender ao clamor popular e convoca o gajo gente boa para a seleção brasileira é o sonho de qualquer jogador é ir cheio da grana pra las vegas congrega vários pecados terráqueos recepcionam E.T.s em mais um tema polêmico, o affair adão e eva gerou abel e caim parece som de cachorro chorando
Vim do planeta Zandor. Em missão de paz. Não se assuste rapaz. Minha nave leva e traz. Um barril cheio de antraz.
O gato de 3 patas. Anda manco atrás da dona. Querendo ração fresca. Para depois cochilar. Um felino frajola. Seu nome é Zé Pata nunca viu um E.T. mas acredita-se que os bichanos enxerguem fantasmas do inconsciente tomam forma nos sonhos se realizam os anseios castrados pela razão, esses "filmes" oníricos foram a base do surrealismo é o seguinte: adão volta pra casa cansado do trabalho, abre a porta de gelo de sua residência no fundo do mar e flagra eva enroscada com um demônio verde com um rabo de pom-pom azul de raiva e fome, adão se lembra da maçã falante e insinuante que faz ponto na casa da luz vermelha da serpente em forma de pente junta os amantes duram apenas algumas mordidas depois a pobre maçã já era o paraíso não admite a traição de eva e adão são mandados então para zandor, purgatório produtor de antraz e lendas celestiais de um tempo que não volta mais que o início da rima é lá atrás

Thursday, December 06, 2007

Quem tem medo de fantasma?


Se um esquerdista lhe dissesse que não existe realmente um direito inalienável à vida, que você na verdade só merece viver por permissão do governo - provavelmente você não perderia mais tempo falando com ele.

Se um esquerdista lhe dissesse que nada do que você faz realmente lhe pertence, que você só merece o que governo decidir que você pode ter - provavelmente você não daria ouvidos.
Se um esquerdista lhe dissesse que embora tenha a capacidade de pensar e fazer escolhas, você deve apenas escolher quem tomará suas decisões por você - provavelmente você riria da cara dele.

Os três direitos fundamentais, vida, propriedade e liberdade, são tão necessários para a vida humana que a esmagadora maioria das pessoas os reconhece implicitamente – mesmo que nunca tenha estudado filosofia política. Anti-capitalistas raramente têm coragem de atacar diretamente a base do Capitalismo. Não é difícil entender porque, já que Capitalismo não é nada além da defesa intransigente da vida, propriedade e liberdade de todos (todos mesmo, não só da maioria).

É por isso que anti-capitalistas não atacam diretamente. Para ter sucesso em combater o que é tão obviamente certo, é preciso desvirtuar o debate ou evitá-lo completamente.
Não é surpreendente que a maioria dos esquerdistas evita discutir princípios a todo custo. Em vez de provar que a defesa dos direitos individuais é errada, dizem apenas que Capitalismo “não funciona”.

Os fantasmas criados pela esquerda ao longo da história são inúmeros. Cada vez que fica evidente que um problema não existe, se inventa outro. A única constante é que a solução oferecida é a interferência do governo na vida das pessoas.


Invariavelmente o fantasma que a esquerda promete combater é um problema criado pela falta de liberdade, ou seja, pela violação dos direitos individuais.

Nos dias de hoje, em que já não há país algum realmente Capitalista, o problema (quando realmente existe um problema) em geral é causado pela própria política de esquerda!
Alguns exemplos das assombrações que os anti-capitalistas usam para convencer as pessoas a entregarem suas vidas, seu trabalho e sua mente ao estado são: a pobreza, o abuso do poder econômico, a concentração de riqueza, os monopólios, a fome, a poluição e o aquecimento global (na década de 70 era resfriamento).

Cada um destes problemas é conseqüência de intervenção do governo além da simples proteção dos direitos individuais (e não ocorreria no Capitalismo) ou não é realmente um problema. Mas a resposta do anti-capitalista para todos eles é a mesma: dar ainda mais poder para o governo.


Aquilo que poucos aceitariam pela razão (vá lá, leia novamente os três primeiros parágrafos deste artigo), muitos aceitam pela emoção – pelo medo.


Infelizmente no mundo de hoje, e principalmente no Brasil, já não há mais uma voz alta e clara em defesa da liberdade individual. Aqui até quem se diz liberal é a favor da redistribuição de riqueza. Empresários se acotovelam para apoiar governos que os odeiam.

O único remédio é falar a verdade. Neste blog já abordei dois fantasmas da esquerda, a
pobreza e o poder econômico. Os outros terão sua vez.

Do blog "O Capitalista", de orientação libertária e objetivista:
http://ocapitalista.blogspot.com/

Wednesday, December 05, 2007

A moral liberal

Por Walter Block:

O liberalismo é uma filosofia política. Ele se preocupa exclusivamente com a utilização própria da força. Sua premissa central é que deve ser ilegal ameaçar ou iniciar violência contra uma pessoa ou sua propriedade sem sua permissão; a força é justificada apenas como defesa ou retaliação. Isso é tudo, em suma. O resto é explicação, elaboração e qualificação - bem como respostas a objeções mal concebidas.

Como uma filosofia política, o liberalismo nada diz a respeito de cultura, moral, costumes ou ética. Ele faz apenas uma pergunta, e oferece apenas uma resposta. Ele pergunta: "O ato em questão necessariamente envolve violência iniciatória invasiva?" Se sim, então é justificado o emprego de força (legal) para parar ou punir o ato; se não, este emprego é impróprio. Como nenhuma das atividades supramencionadas [consumo de drogas, prostituição] envolve esse "cruzamento de fronteiras", elas não podem ser legalmente proibidas. E, em termos práticos, como eu afirmo em "Defending the Undefendable", essas proibições têm todo tipo de efeitos deletérios.

Qual é a visão do liberalismo em relação a essas atividades, que eu rotularei "perversas"? Além de advogar sua legalização, o liberal [libertário] enquanto liberal, não tem absolutamente nenhuma visão sobre elas. (...)

Para deixar esse ponto perfeitamente claro, consideremos uma analogia. A teoria dos germes sustenta que não são "demônios" ou "espíritos" que causam doenças, mas germes. Qual, então, é a visão desta teoria da doença sobre a propriedade de pôr em quarentena um indivíduo afetado? Ou sobre a teoria química do elétron, ou sobre a astronomia? Que lado ela toma no debate sobre o aborto? Que posição teóricos dos germes defendem na guerra dos Bálcãs? Que dizem sobre práticas sexuais perversas? Nada, evidentemente. (...) A teoria dos germes é inteiramente irrelevante para todas essas outras questões, por mais importantes que elas sejam.

Tirado do texto do Álvaro Velloso n'O Indivíduo, http://www.oindividuo.com/alvaro/alvaro101.htm que escreve:

É certo, pois, que o liberalismo nada diz a respeito da moralidade de certas práticas, porque é exclusivamente uma teoria política. Além disso, a teoria liberal diz que certos atos não podem ser legalmente proibidos, porque só vê justiça na agressão feita como defesa ou punição - e, portanto, só admite que possam ser revogados os direitos naturais daqueles que violarem os direitos naturais alheios. Mas isso não significa que o liberalismo seja uma teoria imoralista, porque, se a liberdade é a condição para a prática do pecado, ela também é a condição para a prática da virtude. Assim, Thomas Fleming está equivocado em sua afirmação de que os liberais estejam exclusivamente preocupados com os direitos de drogados e prostitutas (embora isso certamente se aplique aos chamados "left-libertarians", que estão mais preocupados em demolir qualquer restrição social a suas perversidades preferidas do que em combater a tirania estatal); ao contrário, com sua ênfase nos direitos de propriedade e de livre associação, o liberalismo é a única forma de restaurar as autoridades morais legítimas e voluntárias que são destruídas pela expansão estatal; é a forma de devolver o dever do ensino moral às religiões e às famílias e de devolver as escolhas morais aos indivíduos; é a única forma de restaurar as sanções sociais - como a exclusão e o banimento - que garantem a preservação dos valores das comunidades.

Argentino propõe criação de imposto sobre beleza


O capitalismo não é um sistema de "dominadores" e "dominados". As trocas voluntárias, ao contrário, estimulam a cooperação.

Claro que existem pessoas mais fortes, mais baixas, mais inteligentes, mais acomodadas, mais atléticas, mais capazes nisso ou naquilo, com uma base familiar mais ou menos equilibrada, com mais ou menos condição financeira, etc...

São, enfim, as circunstâncias de cada um. Isso não impede ninguém de correr atrás dos seus objetivos. Todos temos algum potencial.

O mundo não é estático, as coisas estão sempre em movimento, o futuro é incerto e aquele que parece estar por cima hoje pode estar por baixo amanhã e vice e versa. É a vida.

Meu ponto é que, pra essa dinâmica acontecer, é necessário um sistema que valorize a liberdade e a respectiva responsabilidade, que dê os incentivos corretos ao se premiar os acertos e se punir os erros. E quais seriam esses "erros"? Violar a vida, a liberdade e a propriedade alheias.

O modo de organização social capaz de fazer isso é o capitalismo liberal.

Existem desigualdades? Óbvio que sim. Quem não enxerga isso está cego pra realidade. Mas isso não significa que esse fato deva ser mudado à força, na base da engenharia social.

Não funcionou, não funciona e não funcionará jamais.

Se existem pessoas sem nenhuma oportunidade, que se pense então nos melhores meios de inseri-las. No Brasil, a maioria parece estar certa de que o meio correto de "inclusão social" é através da mão pesada do estado.

Os liberais discordam, pois sabem que o excesso de intervenção nessa dinâmica espontânea tem o efeito oposto ao pretendido pelos planejadores.

Se é educação, que se dê vouchers e se estimule a competição entre as escolas com um currículo livre.

Se é saúde, que se privatize o sistema e dê ao desassistido um plano de saúde.

O Instituto Liberal fez anos atrás um estudo que mostrava que, com todo o dinheiro gasto pelo governo atualmente com saúde e educação, dava pra dar vouchers e seguros de saúde pra todas as pessoas mais carentes.

Os serviços melhorariam e ficariam mais baratos.

No sistema atual, os incentivos estão equivocados e o custo da burocracia e da corrupção é imenso.

Tuesday, December 04, 2007

Intervencionismo

Download do PDF do "Intervencionismo" de Mises, com tradução e comentários de Donald Stewart Jr:

http://abdieldamon.wordpress.com/2007/11/22/245/